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Category: Fraternidade São Pio XConteúdo sindicalizado

Os Tribunais de Anulação Matrimonial

OS TRIBUNAIS DE ANULAÇÃO MATRIMONIAL

Apresentamos o artigo publicado no Boletim da Fraternidade São Pio X, dos EUA, pelo seu Superior do Distrito, Pe. Scott, explicando as razões graves para a Fraternidade manter Tribunais para analisar os casos de nulidade de casamento.

A Legitimidade e o Estatuto dos nossos Tribunais

Diante dos ataques injustos e absurdos que a Fraternidade São Pio X tem recebido em certos meios, publicamos já há algum tempo, dois artigos explicando porque a existência de tribunais para julgar casos de nulidade de casamento não constitui usurpação de direitos ou ato cismático. Acreditamos que esses dois artigos são suficientes para esclarecer as almas que não se movam pela má-fé. Porém, para os que têm capacidades teológicas mais apuradas, publicamos hoje esta conferência de dom Tissier de Mallerais que analisa os detalhes canônicos de tais tribunais.

Sugerimos a prévia leitura da Encíclica de Pio XI sobre o matrimônio católico, Casti Conubii, de Pio XI

A Legitimidade e o Status dos nossos Tribunais

Dom Bernard Tissier de Mallerais, FSSPX

Conferência dada em 25 de Agosto de 1998
no Seminário de Direito Canônico em Ecône, Suiça.

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Conservadores ou Católicos?

Dom Lourenço Fleichman OSB

 A crise da Igreja trouxe para a nossa sociedade matizes religiosos diferentes e supreendentes. Por si só, a multiplicação dos estudos e o conseqüente aumento do conhecimento do objeto material da fé, gera discussão, análise, grupos mais ou menos coesos e diversidade de opiniões. Estas se formam tanto em relação aos objetos questionáveis da Religião, como também, em muitos casos, quanto ao que a Religião tem de inquestionável, definido e eterno.

Por exemplo: discute-se se é pecado ou não uma atitude, um comportamento. Ouvir tal música, ou vestir tal roupa. Assuntos controvertidos, sujeitos a argumentos a favor ou contra, logo, sujeito a opiniões. Mas discute-se também sobre o Concílio Vaticano II e nossa adesão a ele, matéria relativa à fé, onde os critérios já serão dogmáticos e, na sua argumentação mesma, tenderão a posições definidas, certas ou erradas. Isso faz parte da vida católica, sem dúvida, e poderia ser saudável.

Mas ocorre freqüentemente das opiniões livres serem vistas como dogmas e, ao contrário, os dogmas serem discutidos como sujeitos a opiniões. Leia mais

Em defesa da Fraternidade São Pio X

Dom Lourenço Fleichman OSB

O Fratres in unum tirou a máscara. Já há muito que se percebia um apoio constante aos "conservadores" ligados à Ecclesia Dei, enquanto que a Fraternidade São Pio X, que eles diziam apoiar, só aparecia ali quando alguma entrevista para os jornais, por si mesmas mais superficiais e amenas, levava os seus superiores a evitar críticas ao papa ou aos bispos. Mas um Superior de Distrito da Fraternidade não escreve um Comunicado da gravidade daquele publicado no site do distrito francês, como se falasse a jornalistas. É evidente. Qualquer superior militar sabe distinguir entre um aviso aos jornais e um comunicado aos seus soldados. Nada mais natural do que um chefe do combate espiritual dessa guerra que travamos, assim proceda. Não existe nisso contradição.

O texto publicado contra a Fraternidade São Pio X no Fratres in unum é um panfleto maldoso, cheio de erros de interpretação, de erros de tradução, de má fé. Seu autor, não podendo encontrar respostas ao grito de Fé do padre de Cacqueray, apela para um artigo de 2008, de outro padre, em contexto completamente diferente, e que, mesmo assim, é analisado de modo a induzir em erro seus leitores.
Pessoalmente, sempre achei que a situação atual, mesmo sendo necessária, induzia muitos a um erro de avaliação, ao julgarem que a ida da Fraternidade a Roma para as discussões teológicas significaria uma adesão desta à reforma da reforma trabalhada por Bento XVI. Bastou um ato mais forte do papa na direção dos erros do ecumenismo para essa gente dar gritinhos escandalizados, não com o gritante erro dos chefes, mas com a reação saudável dos filhos que não podem aceitar a nudez do pai. Aos que preferem rir-se da nudez do papa, embrigado de ecumenismo naturalista, só nos resta aquela condenação de Noé convertido, depois que passou o efeito do vinho: "Maldito seja Canaã!" (Gênesis, 9, 25) Para restabelecer a justiça gravemente ferida pelo Fratres in unum, publicamos aqui as pungentes palavras do padre de Cacqueray a seus padres e a seus féis franceses. Que elas sirvam de alerta para nossos leitores e amigos. A tradução é da Permanência. Leia a continuação

A Fraternidade São Pio X e os Esotéricos

 

Como foi difundido na internet que os quatro bispos da Fraternidade São Pio X teriam sido levados ao seminário por um esotérico islâmico, chamado Rama Coomaraswamy, discípulo de Frithjof Schuon, damos aqui os esclarecimentos devidos, que não deixam sombra de dúvidas.
 
A Fraternidade S. Pio X e os esotéricos 
 
Não é a primeira vez que o Olavo de Carvalho dirige elogios à nossa Permanência, o que muito nos honra. Repetiu-se o fato, recentemente, numa de suas emissões pela internet ao declarar equivocadamente, que o prof. Antônio Araújo, que mantém o blog do Angueth (http://angueth.blogspot.com/) pertence ao nosso movimento. O próprio autor citado tratou de esclarecer, com o texto "Quem sou eu", de 10/6, que não é assim, apesar dos pontos em comum que encontramos no combate. Acontece que em sua emissão de áudio, Olavo voltou a afirmar certos relacionamentos entre autores esotéricos e islâmicos e a Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Como a coisa ganhou certa importância, pareceu-me necessário esclarecer alguns pontos do debate. Mesmo não sendo da Fraternidade S. Pio X, convivi e convivo ainda hoje com os padres e com os bispos desta instituição católica. Dois dos padres tradicionais saídos da Permanência foram ordenados por Mons. Lefebvre (Dom Tomás de Aquino e eu mesmo). Os outros seis foram ordenados pelos bispos sagrados por Mons Lefebvre. Além disso, a Permanência está engajada neste combate há quarenta anos, tendo certa experiência no assunto. Por isso tudo, sinto-me à vontade para trazer a público as seguintes correções:

Falsas Lições sobre Gustavo Corção

 Dom Lourenço Fleichman OSB

 

Quando escrevi o prefácio ao livro O Pensamento de Dom Antônio de Castro Mayer, procurei denunciar a falsificação que seus sucessores e seus padres realizavam ao esconder e abandonar toda referência aos textos do grande bispo, com data a partir da década de 1970. Nesta época tornaram-se mais claras as causas dramáticas da crise da Igreja e por todo o mundo apareceram críticas mais severas ao Concílio Vaticano II e sua obra. LEIA A CONTINUAÇÃO
 

Ordenação Sacerdotal

Mais um padre saído da Permanência

Tendo hoje voltado da Argentina onde assisti à ordenação sacerdotal do Padre Fábio Calixto, da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, senti a necessidade de lhes falar um pouco sobre todos aqueles sacerdotes que, tendo conhecido a Tradição, a fé católica, dentro do nosso movimento Permanência, receberam das mãos de Mons. Marcel Lefebvre, ou dos bispos por este consagrados, o sacramento da Ordem, que os tornou para sempre Sacerdotes de Jesus Cristo.

Andei falando por aí que o Padre Fábio Calixto era o décimo sacerdote saído do nosso pequeno grupo de fiéis da Tradição. Enganei-me. Na verdade ele é o nono. Mas a diminuição de um não elimina a espantosa marca. Sempre fomos pequenos, mesmo nos tempos em que nosso fundador, Gustavo Corção, ainda dava suas aulas aos amigos e companheiros saídos do Centro Dom Vital. Desse pequenino rebanho de fiéis, nove padres ordenados significa uma proporção muito grande, frutos abundantes que só podem se explicar pela santidade da obra de Gustavo Corção. Não, Corção não se tornou um velho manipulado, como pretendem certos autores atuais, quando levantou-se com as armas da sua pluma penetrante e vigorosa em defesa da nossa Fé. A prova está aí, na ordenação de um jovem que nem mesmo o conheceu, mas que respirou em nossas Capelas o ar puro da graça, da oração e da inteligência da fé católica que persiste em Permanecer entre nós. Apesar de nós não estarmos à altura do nosso fundador, apesar de não termos o vigor daqueles antigos que nos precederam. Mas, pela graça de Deus, Permanecemos!

Por mais que a vida católica nas famílias da Tradição seja um dos grandes objetivos do nosso trabalho, não podemos deixar de nos admirar diante da grandeza do sacerdócio de Cristo. Que tipo de atitude devemos ter diante de alguém que recebeu tal poder?

"Pertence ao sacerdote oferecer o Sacrifício, abençoar, presidir, pregar e batizar" (Ritual da ordenação).

Oferecer o Sacrifício é a mais alta dignidade que se pode receber nesta terra. Nesse ponto não há diferença entre o bispo e o simples padre. Quando um sucessor dos Apóstolos celebra a missa, usa seu poder sacerdotal para oferecer o Sacrifício, o mesmo poder que ele mesmo confere aos padres. É assim que a Santa Igreja transmite a um homem mortal um don divino e sobrenatural, uma força, uma virtus, capaz de mudar a natureza do pão e do vinho, trazendo sobre o Altar do sacrifício o Salvador. O padre também interfere no tempo, com seu ato sacrifical, ao trazer para hoje a morte de Cristo na Cruz.

Abençoar é um poder imenso, poucas vezes bem avaliado, sobretudo nos tempos atuais. Muitos hoje usam essa expressão: "Deus o abençoe". Mas a bênção que os leigos distribuem é apenas um desejo, uma oração. Só o padre abençoa com a eficácia própria de um poder seu, recebido nessa hora, no sacramento da Ordem.

Presidir é a função de orientação das almas, de autoridade litúrgica e espiritual, jamais substituída pelos leigos, como se vê no progressismo. O padre, em sua Paróquia, toma a dianteira, mostra o caminho,  para conduzir ao céu as almas que lhe foram confiadas. Só mesmo a revolução litúrgica poderia arrancar do sacerdote seu poder sacrifical, fabricando uma nova missa refeição, e fingir que o padre preside à mesa, como um pai de família faz em sua casa. Uma nova missa para um novo sacerdócio, um como o outro de inspiração protestante.

Pregar é a função sacerdotal da autoridade doutrinária diante das almas dos fiéis. O padre, enquanto colaborador do bispo, ensina a doutrina com a firmeza e retidão necessárias para que a Fé seja preservada. Só ele recebe de Deus essa missão. Mesmo quando grandes intelectuais conseguem falar das coisas de Deus com retidão e profundidade, devem estar atentos para não pretenderem substituir o sacerdote no seu múnus de orientar as almas no conhecimento de Deus, na prudência do saber, na sabedoria divina. Quantas vezes vemos leigos se arvorarem no papel de orientar os jovens, supostamente em nome de Deus, mas sem qualquer força vinda do sacramento.

Batizar é a função do ministro ordinário do primeiro sacramento. Grande graça para um homem poder derramar sobre a cabeça de uma criança a água que abre sua alma para a vida da graça, tornando-a participante da vida divina. Tudo virá em seguida segundo a primeira graça recebida.

E o bispo segue louvando as virtudes que devem animar o jovem revestido dos poderes sacerdotais. E continua:

"Procurai, pois, ser tais  que possais dignamente ser escolhidos com a graça de Deus, para auxiliares de Moisés e dos doze Apóstolos, isto é, dos bispos católicos".

Diante dessa realidade que está prestes a ser conferida aos jovens diáconos, o bispo dirige-se a eles de modo mais pessoal:

 

"Conservai nos vossos costumes a integridade de uma vida casta e santa. Compenetrai-vos do que fazeis - imitais o que operais e, já que celebrais o Mistério da morte do Senhor, procurai mortificar os vossos membros fazendo-os morrer para todo o vício e para toda a concupiscência. Que a vossa doutrina seja uma medicina espiritual para o povo de Deus. Que o perfume da vossa vida faça as delícias da Igreja de Cristo."

 

 

Esta linda oração terminada, os diáconos fazem a prostração durante as Ladainhas. Logo em seguida vem a imposição das mãos. Trata-se da matéria do sacramento da Ordem. O único ministro da cerimônia, o bispo, impõe suas mãos silenciosamente sobre a cabeça dos ordenandos. Pronto. Está aplicada a matéria. Falta a forma sacramental, que está presente no belo Prefácio que o bispo vai agora cantar. Porém, sempre cheia de surpresas e mistérios, a Santa Igreja introduziu aqui um complemento ao singular gesto do celebrante. Cada sacerdote presente na cerimônia, revestido da Estola, que é o símbolo mesmo do seu poder sacerdotal, aproxima-se dos diáconos e, por sua vez, eles também impõem suas mãos silenciosas sobre suas cabeças. O silêncio é total, o gesto de uma beleza impar, solene, ganha ainda mais força pelo fato de todos aqueles que já passaram diante dos ordenandos, manterem sua mão direita levantada, como que atestando publicamente terem tido a honra de manifestar a união de todos os sacerdotes ao bispo celebrante e, por meio deste, ao único Sacerdote que é Nosso Senhor Jesus Cristo. No meu fraco entender, este rito tão singelo, silencioso, austero, todo ele concentrado no essencial, ou seja, sem acessórios desnecessários, é uma das maiores evidências da santidade da Igreja. Qualquer rito fabricado pelo homem escorregaria no supérfluo.

Tendo todos os padres imposto suas mãos, o bispo encerra esse rito conjunto com uma curta oração, e os padres voltam aos seus lugares, enquanto o prelado inicia o Prefácio consecratório. Ao chegar na Forma sacramental, o bispo muda o tom do canto e diz:

"Dai a estes Vossos servos, nós vo-lo pedimos, ó Pai onipotente, a dignidade do Sacerdócio; renovai em seus corações o espírito de santidade, para que exerçam dignamente o cargo que receberam de Vós, ó Deus, e o exemplo da sua vida seja uma censura para os costumes depravados".

Pronto. O essencial do sacramento da Ordem lhes foi conferido. Já pode-se dizer que são sacerdotes de Jesus Cristo. Outros ritos virão, cada um com sua importância e seu significado, mas todos eles serão complementos daquilo que já receberam, o caráter sacerdotal que os transformou em "Sacerdotes da eternidade, segundo a ordem de Melquisedeque" (Sl. 109)

 

O padre recebe, assim, as vestes sacerdotais, a estola e a casula. Depois disso, ungirá as mãos dos ordenandos com o Óleo dos Catecúmenos, dizendo esta belíssima oração: "Dignai-Vos, Senhor, consagrar e santificar estas mãos, por esta unção e pela nossa bênção. Amén.  Para que tudo o que elas abençoarem seja abençoado, e o que elas consagrarem seja consagrado e santificado, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo."

 

 

Suas mãos, já ungidas e consagradas, são amarradas ainda molhadas com o óleo santo. Assim tocarão elas no cálice, na patena e na hóstia (não consagrada). É o rito da Porrecção dos Instrumentos, pelo qual são transmitidos ao neosacerdote os objetos próprios do seu ofício.

Só depois disso é que suas mãos são desamarradas. Em nossas terras, é costume que as mães as desamarrem, guardando consigo aquela faixa de linho branco.

A Santa Missa seguirá seu curso. A partir do Ofertório, os neosacerdotes acompanham o bispo em todas as orações, inclusive consagrando o pão e o vinho em conjunto com o celebrante principal.

Após a comunhão, o bispo entoa um lindo Responsório: "Já não vos chamarei servos, mas meus amigos, porque vós conhecestes tudo o que eu operei no meio de vós." Em seguida o bispo impõe novamente as mãos sobre a cabeça dos ordenandos para lhes transmitir o poder de perdoar os pecados. "Recebe o Espírito Santo, àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ao perdoados; a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos". E o bispo desdobra a parte posterior da casula que tinha ficado dobrada quando da imposição das vestes sacerdotais.

E após um rito de submissão e obediência, termina a missa ao som dos órgãos e no júbilo dos corações.

Que estes pequenos comentários ao ritual da ordenação sacerdotal faça crescer nos nossos leitores o amor pela santa Igreja, a reverência pelos padres, a adoração a N. Sr. Jesus Cristo, único Sacerdote. E que os nove sacerdotes que fincaram suas raízes na nossa Permanência, por sua oração e por seu sacrifício, ajudem a que muitas outras vocações apareçam, tanto sacerdotais quanto religiosas.

"Senhor, dai-nos muitos santos sacerdotes".

O dever da desobediência

Dentro do trabalho de defesa da fé que empreendemos há cinco anos aqui no site da Capela faltavam algumas explicações sobre a delicada questão da obediência ao Papa. Iniciamos hoje com algumas explicações de Dom Lefebvre num texto que tem um valor histórico extraordinário. Ele foi escrito dois meses antes da assinatura do famoso protocolo de intenções, entre o Vaticano e Dom Marcel Lefebvre, de 5 de maio de 1988 (cf. Tradição versus Vaticano, ed. Permanência, 2001). Como sempre costumamos fazer, daremos ênfase às explicações doutrinárias, aos fundamentos claros e objetivos tirados da fé católica, da prática bi-milenar da Igreja, mais do que a questões de opinião pessoal. Que nossos críticos saibam responder com argumentação tão criteriosa quanto a nossa.

Sermão de D. Alfonso de Galarreta sobre as negociações com Roma, em 3 de junho de 2001

Econe, 3 de junho de 2001
 
Eu queria vos dar meu ponto de vista no que concerne os contatos que temos com Roma. Roma deu uma resposta oficial por escrito onde as duas condições que tínhamos posto foram recusadas. Desde o começo queríamos uma discussão sobre os problemas da fé, sobre a apostasia atual, sobre a doutrina, a teologia... As autoridades romanas quiseram imprimir uma orientação prática aos contatos, puramente prática. Isto não nos interessava mais tanto, porque sabíamos qual seria o resultado. Nesta carta então, o Vaticano põe, de um modo implícito, as condições de sempre, a saber, aceitar o Concílio, aceitar a Missa nova, a nova liturgia. Abreviando: aceitar todas as reformas e desenvolvimentos provenientes do Concílio. Como vocês vêem, volta-se as condições de sempre. O que é evidentemente impossível de aceitar. Eles nos dão e nos tiram: é um passo de caranguejo. Ele propõe nos reconhecer tais como somos, mas proíbe de nos opormos às reformas. Para nós é precisamente uma condição sine qua non. Nós lhes dissemos: já que os senhores querem colocar-se num ponto de vista puramente prático deixando de lado a doutrina, reconheça-nos tais como somos e dêem-nos a liberdade de falar contra todas essas coisas. Eles, por outro lado, põe a mesma condição mas no sentido contrário! Então o problema de fundo ressurgiu! Naturalmente, já esperávamos.

Entrevista com Julio Fleichman

 A CRISE É DE FÉ

Alguns anos antes de falecer, após 35 anos de militância como presidente da Permanência, Júlio Fleichman narrou sua trajetória ao lado de Gustavo Corção — o mais firme de nossos polemistas católicos — os eventos decisivos na formação de seu posicionamento diante desta terrível crise de nosso tempo, e de seu combate aos inimigos da Igreja.

 

Hoje, os membros de Permanência e os novos católicos que vão se convertendo à defesa da Tradição, reúnem-se na Capela S. Miguel Arcanjo, às sextas e domingos, no Cosme Velho, para assistir a "Missa de sempre" — a Missa Tridentina, celebrada por D. Lourenço Fleichman, OSB — e prosseguir no combate.

  

Como foi o seu encontro com Gustavo Corção? Como o senhor chegou a conhecê-lo?
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