Como não existem reedições dos livros de Gustavo Corção, apresentamos abaixo uma bibliografia comentada. Caso o leitor encontre nos sebos estes livros, poderá saber do que se trata. Mas gostaria de sublinhar o fato que o pensamento político de Gustavo Corção, muito influenciado pela obra do filósofo francês Jacques Maritain, até os anos 60, foi corrigido em seu último livro, pelas retratações feitas pelo autor na Introdução. Assim, ao reler hoje páginas antigas deste mestre da língua portuguesa no Brasil, que o leitor se lembre do que Corção escreveu no início do seu Século do Nada, que cito agora, para iniciar esta bibliografia:
«Nestas páginas de introdução, tentarei dar ao leitor algumas explicações pessoais sobre posições tomadas, que hoje me obrigam às retratações e me estimulam à busca das causas. O tom será aqui e ali pessoal, evocativo e afetivo, porque na verdade vou reabrir feridas, ou ferir-me onde me julgava ileso. Deixarei correr a memória sem preocupação de método e de sistematização, mas depois desse desabafo no ombro imaginário de um leitor imaginariamente amigo, levantarei vôo para as terras onde todo o drama deste século se iniciou e se desenrolou, e então tratarei de esquecer-me de mim e do leitor, para entregar-me de corpo e alma à observação do registro dos fatos que nos trouxeram tão inimagináveis calamidades.(...) Terei de fazer várias retificações, várias retratações, mas agora acode-me a idéia de uma omissão que implica uma série de recolocações e pela qual eu estremeceria de vergonha e tristeza se, no momento de dizer o nunc dimittis, me viesse à mente o relâmpago do negrume de tão espantosa omissão. Qual? A de nunca ter escrito em minha longa vida de escritor, entre tantas páginas de louvor e de admiração, de entusiasmo e de apologia, estas poucas palavras exigidas pela mais clara verdade e pela mais límpida justiça; sim, estas poucas palavras que já deviam ter transbordado de meu coração agradecido e deslumbrado:
Honra e glória à Espanha católica de 1936
Honra e glória a Dom José Moscardó Ituarte, defensor do Alcazar, a seu filho Luis Moscardó, a Queipo de Llano e a José Antônio Primo de Rivera.
España libre, España bella
Con roquetés y Falanges
Con el tercio muy valiente..."
Honra e glória aos doze bispos mártires e aos quinze mil padres, frades e religiosas "verdadeiros mártires em todo o sagrado e glorioso significado da palavra" (Pio XI).
Honra e glória a todos os que morreram testemunhando com sangre: "Viva Cristo Rey"!»
(O Século do Nada, introdução)
Pois foi justamente este novo posicionamento de Gustavo Corção que abriu-lhe caminho para compreender a grande crise que começava a se abater sobre a Igreja. A partir daí, Corção torna-se o mais completo pensador que o Brasil já conheceu. Vem reforçar esta tese o fato dele ter sido completamente marginalizado, esquecido, enterrado. Façam uma busca nas livrarias e nos sites de antologia da língua portuguesa. Uma única leve menção a Lições de Abismo, e só. Esta grande injustiça nacional será aqui em parte reparada, pela modesta homenagem que queremos lhe prestar.
1- A Descoberta do Outro, Agir, 1944. 10ª edição, 2000. Traduzido em inglês, espanhol e francês.
Numa primeira abordagem, o primeiro livro de Gustavo Corção aparece como uma espécie de autobiografia espiritual. O autor descreve os passos de sua conversão, ou se preferirem, de sua volta ao catolicismo. Porém, uma leitura mais atenta nos mostra que este livro se situa num plano mais profundo e sério. Depois de descrever diversas situações que marcaram seu itinerário em direção à fé, Corção analisa, com uma inteligência aguda e particular, os meandros da alma na busca da verdade. Mostra ao leitor o quanto vivemos mergulhados em vícios intelectuais que nos impedem de sermos verdadeiros e objetivos; o quanto somos apegados às nossas próprias opiniões, e o quanto isto nos cega diante da grande realidade que é a Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo e seu amor por nós. O autor procura nos ajudar a harmonizar nossa vida racional para que estejamos aptos a alcançar de Deus a harmonia sobrenatural, divina.
De certa forma este livro estará presente em toda a obra literária de Gustavo Corção. Ele é uma espécie de marco inicial, mas já carregado de genialidade literária e de grande sabedoria espiritual. «Quando este escritor veio à tona, – escreve Josué Montelo em artigo de 1987 – não precisou aprender o seu ofício diante do público. Já trazia um estilo, um cabedal de idéias, uma visão do mundo que de pronto ajustou à singularidade de sua prosa muito pessoal. Não se parecia com ninguém. Era ele mesmo, sem deixar de ajustar-se à índole e à tradição da língua portuguesa».
A propósito da última edição, publicada no ano 2000, pela Agir, devo fazer alguns reparos.
- Tiveram a ousadia de corrigir o texto, não por erros de tipografia, mas no estilo. Ora, Corção era considerado um mestre da lingua portuguesa. O autor destas fraudes deve ser, no mínimo, um gênio da literatura universal.
Na orelha da capa, a biografia e a bibliografia de Gustavo Corção vieram alteradas:
- Corção não nasceu em 1898, e sim em 1896, no dia 17 de dezembro, ou seja, há cento e quatro anos exatamente.
- na lista de jornais onde Corção escrevia não aparece O Globo. Curiosa omissão. A mais importante tribuna deste arauto da verdade, tribuna onde escreveu durante dez anos, duas vezes por semana, desaparece como por encanto. Mais de duzentos artigos, muitos deles obras-primas, não pesam, para eles, na obra de Gustavo Corção.
- na lista de livros editados, não aparecem os dois últimos livros, justamente os mais importantes de sua carreira literária. Se a omissão fosse apenas de "O Século do Nada" (1973), poderíamos achar que, sendo uma edição da Record, a Agir não quis mencioná-lo. Mas "Dois Amores Duas Cidades" (1967) foi publicado na própria Agir, e também está ausente da lista. Ora, esses dois livros juntos formam talvez a mais importante obra de análise da civilização moderna escrito entre nós, digna de grandes filósofos e pensadores estrangeiros.
Não posso deixar de pensar que essas três omissões, abrangendo todas elas a mesma época, ou seja, os dez últimos anos de vida do pensador, tenham algo de proposital. É a época do Corção mais lúcido, mais combativo, defensor da Tradição Católica, defensor da Santa Igreja.
Sinto pena deles. Se soubessem avaliar as coisas sem a coação das idéias dominantes, saberiam que é justamente nesta época que manifestou-se a mais brilhante inteligência das nossas letras e da nossa fé.
2- Três Alqueires e Uma Vaca, Agir, 1946. 6ª edição, 1973. Traduzido em espanhol
É com certa nostalgia que se lê este ensaio de Gustavo Corção sobre a obra e o pensamento de Chesterton. De um lado estamos diante de uma análise de alto nível sobre o grande escritor inglês, feita por um autor que dele herdou todo um posicionamento espiritual. Por outro lado, vemos alguns enganos próprios à época, onde Corção enaltece as convicções democráticas de Chesterton. Na verdade, basta uma leitura para descobrir que esta palavra "democracia", no pensamento destes dois autores, nada tem a ver com o que vivemos hoje, com este vocábulo que brota espontaneamente da mente deturpada de políticos, educadores, padres da novidade e arruaceiros. Para os antigos, democracia era sinônimo de vida saudável, de moralidade, da liberdade de educar seus filhos, de andar nas ruas, de pensar. Era, principalmente, oposição à escravidão socialista. Mais tarde Corção descobrirá que o que ele chamava de democracia não existia nos políticos de qualquer partido que fosse.
3- Lições de Abismo, Agir, 1950. 13ª edição. Traduzido em inglês, italiano, holandês, polonês e alemão.
Este romance, premiado pela Unesco em 1954, o único da carreira de Corção, conta a volta à fé de um professor com leucemia. Nos últimos meses de vida José Maria escreve num diário suas reflexões sobre a alma, a verdade, o absoluto e termina reencontrando a vida da graça. O tradutor de Corção para o francês, Hugues Kéraly, assim definia, numa carta, o que pensava de Lições de Abismo: «O senhor tem razão. Li e reli. Literariamente, dramaticamente, liricamente, psicologicamente e até espiritualmente, Lições de Abismo é sua obra mais tocante, mais acabada».
4- As Fronteiras da Técnica, Agir, 1954. 5ª edição, 1963
É uma reunião de várias conferências e aulas, tratando com simplicidade temas profundos e difíceis: O tecnicismo - O fazer e o agir - Política e técnica - A técnica de Deus, sua arte e seu amor - Patriotismo e nacionalismo - A missão da mulher - O valor da vida. A riqueza e a arte do português de Gustavo Corção brilham aqui como nos outros livros. Aqui no site apresentamos boa parte do capítulo A Missão da Mulher que termina por um comentário das Bodas de Caná, surpreendente e profundo. Algumas posições políticas, como as comentadas no Três Alqueires e Uma Vaca serão motivo de retratações em seu último livro, O Século do Nada. Mas mesmo assim, é com muita profundidade e inteligência que o autor trata desses assuntos.
5- Dez Anos, Agir, 1956, 2ª edição, 1958.
Coletânea de artigos publicados nos jornais ao longo de dez anos.
6- Claro Escuro, Agir, 1958. 3ª edição, 1963.
Ensaio sobre a família, casamento, divórcio.
7- Machado de Assis, Agir, 1959. 2ª edição, 1965
Apresentação, comentários e notas sobre os romances de Machado de Assis (1839-1908).
8- Patriotismo e Nacionalismo, Ed. Presença, 1960
Artigos e conferências sobre política.
9- O Desconcerto do Mundo, Agir, 1965 Leia a carta de Manuel Bandeira, propondo Corção para Prêmio Nobel por este livro.
Um livro que nos fala sobre a alma humana, suas capacidades racionais, o pecado original e suas conseqüências, tudo isso e mais ainda através da visão dos poetas, romancistas e pintores. Assim é construído O Desconcerto do Mundo.
Corção parte de uma estrofe de Camões para analisar as razões dos líricos queixumes. De início exige de si mesmo um questionamento sério e verdadeiro: «Não, não pode ser convencional, nem pode deixar de ser verdadeiro esse recado de mágoa que vem de longe, e que parece ser uma dor do Universo expressa por boca humana; sim, que parece ser uma dor primeira que remonta às origens do mundo». Em seguida procura no pensamento dos poetas e pensadores o porque dessa aflição: Chesterton, Pascal, Camus, Hugo. E em todas as religiões do mundo, a mesma dor, a mesma confusão. A análise do problema do mal continua com o Eclesiastes e o livro de Jó, elevando-se a considerações de ordem sobrenatural com a teologia das bem-aventuranças.
A segunda parte deste grande livro é uma análise da obra de Machado de Assis, mostrando alguns aspectos importantes, como a genialidade que vem se somar ao talento, a partir de Memórias Póstumas de Brás Cubas, o que há de verdadeiro por detrás do propalado pessimismo do grande escritor, a presença do sábio do Eclesiastes na obra de Machado. Corção mostra a grandeza dos personagens de Machado para, em seguida, mostrar outro grande romancista, Eça de Queirós, cujos personagens são pobres, mas que encontra toda sua arte na contemplação de certas descrições lentas e aparentemente monótonas. Em suma, uma aula sobre o valor de um romance, seu conteúdo mais misterioso e elevado, que ilumina a alma do escritor.
Enfim, na terceira parte, Corção muda de ambiente sem mudar de tom. É já nas artes plásticas dos grandes pintores que nos ensinará a enxergar por detrás das tintas e das molduras, buscando o pensamento, a elevação, a razão formal da arte.
Em três momentos distintos, poesia, romance e pintura, nosso autor nos faz ver além da superficialidade comum dos eruditos, destilando para nós um ensinamento de verdadeira cultura, de vida, de sabedoria.
10- Dois Amores Duas Cidades, Agir, 1967
Talvez não exista no Brasil uma análise tão profunda e verdadeira da chamada Civilização Moderna. Em dois volumes, mais de 700 páginas, Corção mostra que esta nova Civilização é, na verdade, um novo posicionamento do homem, que perde seu eixo sobrenatural para centralizar-se em si mesmo, no seu orgulho. Corção mantém neste livro suas posições herdadas de Maritain, mas compreende, ao terminá-lo que algo não está bem explicado. Escreve assim sua Inconclusão, analisando a crise que começa a flagelar a Igreja. Com isso, ao terminar este livro de modo tão incômodo, Gustavo Corção recomeça seu estudo buscando as fontes desta crise, o que o leva a escrever uma longa conclusão, que será seu último livro, O Século do Nada (ver adiante)
Por causa disso, este livro possui um contexto todo especial, e resolvemos deixar ao próprio Corção, no artigo Cristianismo e Humanismo, as explicações que se tornam necessárias.
11- O Século do Nada, Record, 1973. 2ª edição. Traduzido em francês.
Uma vez entendido o fundo da questão, todo o século XX merece ser revisto nas causas dos seus principais acontecimentos. Quem poderia pensar, aqui no Brasil, que uma crise no governo francês, o Affaire Dreyfus, tivesse importância para o século que começava? Corção vê estas causas e descreve como a política geralmente ensinada e propalada está cheia de enganos e erros. Assim também para a condenação da Action Française, de Charles Maurras, o papel de Franco na salvação da Espanha e todos os demais acontecimentos do século XX. Termina com um pungente capítulo sobre a Igreja, sobre o Concílio Vaticano II, que abre as portas aos progressistas, dando início ao que Corção chamou de pecado terminal.
12- A Tempo e Contra-tempo, Permanência, 1969
Coletânea de artigos sobre a crise da Igreja.
13- Progresso e Progressismo, Agir, 1970
Coletânea de textos de diversos autores sobre o tema. A parte II é de Gustavo Corção.
14- As Descontinuidades da Criação, Permanência, 1992
A Editora Permanência publica neste volume as conferências que Corção fez em seu auditório sobre Filosofia da Natureza e Evolucionismo. Refuta o erro do evolucionismo na visão do físico-matemático, na visão do filósofo e na visão do teólogo. Queria levar adiante seu estudo mostrando que nada, na natureza humana, previa que Deus a elevaria à vida divina pela graça. Infelizmente não teve tempo de terminar, o que nos leva a publicar só a primeira parte.
***
Tendo iniciado esta bibliografia citando a Introdução de O Século do Nada, gostaria de terminá-la com sua Conclusão. Se em Dois Amores Duas Cidades, Corção achou-se mal acomodado para concluir, neste é com a pluma transformada em espada de guerreiro e santo que nos lega suas últimas palavras publicadas em livro. Continuará escrevendo seus artigos até sua morte, e deixará inacabado um esboço de livro, escrito em francês, entitulado Petit Traité sur l'Amour Propre (Pequeno Tratado sobre o Amor-próprio).
«Em nome de um otimismo confiante nos recursos humanos, na ida à Lua e nos transplantes de corações logo rejeitados, em nome de um novo humanismo que ousa dar o qualificativo de novo ao capricho inconstante dos homens, em nome do nada e da vaidade das vaidades, perseguição de vento, o caudal de erros se alargou neste estuário de disparates que inunda o mundo e produz na Igreja devastações incalculáveis. Que nome daremos ao mal deste século?
Este: desesperança
Ei-lo, o mal de nosso tormentoso e turbulento século que ousou horizontalizar as promessas de Deus transformadas em promessas humanas. Que ousou tentar a secularização do Reino de Deus que não é deste mundo. Ei-los os escavadores do nada a construir em baixo-relevo, en creux, a nova torre de Babel. Esperantes às avessas, eles querem fazer revoluções niilistas, querem voltar ao zero, querem destruir, querem contestar, rejeitar, querem niilizar. E se chamam "progressistas".
No século anterior as agressões e traições convergiram contra a Fé, como se viu na crise modernista que São Pio X represou. Tremo de pensar que o próximo século será o do desamor. Perguntando ao mar, às árvores, ao vento, o que querem esses homens que se agitam e meditam coisas vãs, parece-me ouvir uma resposta de pesadelo. Eles querem produzir uma sinarquia, uma espécie de unanimidade, uma espécie terrível de paz e bem-estar. Qual?
Querem chegar ao pecado terminal
(...)
Que fazer? Lutar. Combater. Clamar. Guerrear. Mas lutar sabendo que lutamos não somente contra a carne e o mundo, mas contra o principado das trevas. É preciso gritar por cima dos telhados que, se o cristianismo se diluir, se a Igreja tiver ainda menos visível o ouro de sua santa visibilidade, se seu brilho se empanar pela estupidez e pela perversidade de seus levitas, o mundo se tornará por um milênio espantosamente, inacreditavelmente, inimaginavelmente estúpido e cruel.
Roguemos pois a Deus, com todas as forças; desfaçamo-nos em lágrimas de rogo e gritemos a súplica que nos estala o coração: enviai-nos, Senhor, ainda neste século, um reforço de grandes santos, de grandes soldados que queiram dar a vida, no sangue ou na mortificação de cada dia, pela honra e glória de Nosso Senhor Jesus Cristo. Compadecei-vos, Senhor, de nossa extrema miséria, e sacudi os homens para que eles saibam quem é o Senhor!
É preciso lutar; e sobretudo não desanimar quando nos disserem que o inimigo cerca a Cidade de Deus com cavalos e carros de combate. Ouçamos Eliseu: "Não tenhais medo porque os que estão conosco são muito mais fortes do que os que estão contra nós". E elevando a voz Eliseu exclamou: "Senhor, abri-lhes os olhos para que eles vejam. E abrindo-lhes os olhos o Senhor, eles viram, em torno de Eliseu, a montanha coberta com cavalos de guerra e carros de fogo". (II Reis, VI,16)
E para bem encerrar estas páginas tão sofridas, ouçamos depois do Profeta a voz do grande santo Papa que pusemos no frontispício desta obra. Ouçamos a voz de São Pio X, que desde o princípio deste século de desesperança clamou para despertar as indiferenças, quebrar os orgulhos e pelo santo temor preparar o caminho da Salvação:
"Qual seja o desenlace desse combate contra Deus empreendido por fracos mortais, nenhum espírito sensato poderá duvidar. É certamente fácil, para o homem que quer abusar da liberdade, violar os direitos e a autoridade suprema do Criador; mas ao Criador caberá sempre a vitória. Digamos mais: a derrota se aproxima do homem justamente quando mais audaciosamente se ergue certo do triunfo. E é disto que Deus mesmo nos adverte: "Ele fecha os olhos para os pecados dos homens" como que esquecido de seu poder e de sua majestade, mas logo depois desse aparente recuo, despertando como um homem cuja força a embriaguez aumentara, ele esmagará a cabeça de seus inimigos, a fim de que todos saibam "que o Rei da terra inteira é Deus" e que os povos compreendam que não são senão homens". »
(O Século do Nada, Conclusão)