Category: João Paulo II
Pe. Dominique Bourmaud - FSSPX
«Esperamos que a Providência conserve-nos por muito tempo a Paulo VI, mas o dia em que precisarmos de um Papa, eu já tenho o meu candidato: é Wojtyla. Só que isso é impossível, não tem a menor probabilidade!» -- De Lubac .
De Lubac tinhas seus motivos para apoiar a eleição de um cardeal polonês, cuja eleição surpreendeu muitas pessoas. Durante o conclave, estava presente, obviamente, o cardeal primaz Wyszynski, que encarnava a Igreja dos mártires. Mas ele não era nenhum papabile, porque denunciava muito abertamente a Igreja pós-conciliar, uma Igreja cujo credo tornou-se elástico e cuja moral fez-se relativista, uma Igreja mergulhada na penumbra, uma Igreja que havia fechado os olhos diante do pecado. Por outro lado, o cardeal Wojtyla era moderno e, mais ainda, um modernista de fato e de direito. O arcebispo de Cracóvia apoiava a edição polonesa da revista Communio e, uma vez eleito Papa, não tardaria em promover ao cardinalato os seus três fundadores, Ratzinger, De Lubac e Von Balthasar, embora este último tenha vindo a falecer na véspera de sua entronização.
O padre Meinvielle, em um livro memorável escrito em 1970, anunciava a formação de uma dupla Igreja: a Igreja da promessa, que professaria a fé incorruptível de seu Fundador, e a Igreja da propaganda, a serviço da gnose cristã e progressista. O mesmo Papa poderia, inclusive, presidir ambas as Igrejas. Professaria a doutrina imaculada da fé, mas em seus atos equívocos sustentaria a Igreja da propaganda. Este livro, escrito no tempo de Paulo VI, descreve-o admiravelmente. Sob o pontificado de João Paulo II, não é necessário dizê-lo, a duplicidade e o engano sobre o depósito revelado tornou-se algo comum em Roma. Depois de esboçar uma rápida biografia do Papa, estudaremos seu verdadeiro pensamento. Deste modo estaremos em melhores condições para definir a finalidade do seu pontificado: o estabelecimento da religião universal. Se Paulo VI foi qualificado simplesmente de novo Moisés, João Paulo II é melhor qualificado como um segundo São Paulo, mas de um novo tipo. (Continue a ler)
Apresentação de D. Lourenço Fleichman OSB
O texto que segue foi publicado no nosso antigo site Capela. Como o tema volta à atualidade com o anúncio da canonização de João XXIII e de João Paulo II, aproveitamos para republicá-lo. A introdução antiga segue abaixo:
Que algumas canonizações atuais deixam perplexos os católicos, tanto no ambiente tradicional como mesmo entre muitos oficialistas, todos já sabem. De um modo geral, o que se ouve nas conversas e discussões sobre este assunto são afirmações de opiniões, ou petições de princípio. O Papa é infalível nas canonizações, logo, não haveria com o que se preocupar. Se João XXIII ou Escrivá de Balaguer não parecem santos em suas vidas, seria unicamente por erro de avaliação de alguns católicos sectários e exagerados. Leia mais
Há quase um ano, o Capítulo Geral da Fraternidade São Pio X reunificou em um mesmo espírito algumas diferenças que haviam surgido ao longo do ano de 2011 e início de 2012, diante da possibilidade de haver um acordo prático com as autoridades do Vaticano. Infelizmente, nessa ocasião, alguns padres da Fraternidade e outros de comunidades religiosas amigas da Fraternidade, resolveram precipitadamente romper com a Fraternidade, alegando que esta já havia traído a orientação de Dom Marcel Lefebvre. Não havia atos ou documentos que pudessem servir de base segura para tal atitude, e esses padres, insistindo em analisar argumentos anteriores ao Capítulo de julho de 2012, cometeram um grave equívoco que só serviu para dividir a Tradição. Da nossa parte, insistimos em que se devia desviar a atenção da internet e seus blogs e redes sociais, para nos dedicarmos à oração e ao silêncio, muito necessários nessas horas para guardarmos um mínimo de sabedoria. Após o Capítulo, o próprio Dom Fellay, assim como Dom Galarreta, fizeram sermões e conferências mostrando que o Capítulo tinha, de fato, sido um momento da graça, retomando critérios importantes para evitar quedas e divisões da Fraternidade. Mas os dissidentes insistiam em afirmar que um acordo já tinha sido feito e que Dom Fellay estava apenas enganando os resistentes. Uma calúnia, na verdade, sem fundamento. Hoje, queremos publicar a Carta aos amigos e benfeitores que Dom Fellay acaba de escrever, onde fica definitivamente marcada a defesa da fé, como sempre foi a pauta da Fraternidade São Pio X ao longo desses anos todos. Pedimos a São José que amanse os corações endurecidos trazendo-os à humildade, para que saibam retornar a essa unidade que, só ela, pode nos manter fortes no combate.
Dom Lourenço Fleichman OSB
Apresentação
Quando os nossos leitores abrirem esta carta para ler, a cidade de Assis estará sendo palco de mais um “atentado terrorista” contra a fé católica. Mais uma vez a Igreja Católica estará achatada e humilhada, quando seus principais hierarcas, usando indevidamente o seu nome, abusando do poder que lhes foi confiado pelo Divino Espírito Santo, ao invés de pregar e defender a fé, estarão pactuando com o erro, com a heresia, com as falsas religiões. Já publicamos neste dossiê sobre Assis 2002 as passagens da Encíclica Mortalium Animos, do Papa Pio XI, que condena toda e qualquer reunião ecumênica. Cabe explicitar a razão principal dada pelo Papa: só a Igreja Católica é divinamente Revelada por Deus. Todas as demais religiões são invenções humanas que podem servir para exprimir um sentimento natural de religiosidade, mas nunca poderão representar a vontade divina e seus ensinamentos infalíveis. É assim rebaixar a Igreja Católica levá-la a se juntar com as falsas religiões. Para mostrar o quanto o ecumenismo atual, pregado por Vaticano II e pelo “Espírito de Assis”, é falso e condenado pela Igreja, publicamos hoje esta carta, editada em 1985 pelo jornal francês “Courrier de Rome” (nº 66) e retomada pelo Boletim da Fraternidade São Pio X na Internet (DICI nº 38). Esta carta é dirigida ao Papa João Paulo II e rebate suas afirmações ecumênicas com citações e explicações da doutrina católica. LEIA A CONTINUAÇÃO
Dom Marcel Lefebvre e Dom Antônio de Castro Mayer
Por ocasião da reunião de Assis, de 1986, Dom Marcel Lefebvre e Dom Antônio de Castro Mayer fizeram esta declaração conjunta para manifestar o caráter anti-católico daquela reunião. Hoje, quando o Papa chama novamente 250 chefes de falsas religiões para repetir o escândalo de Assis, é preciso reler estes preciosos textos dos dois grandes bispos da Tradição.
DECLARAÇÃO
como conseqüência dos acontecimentos da visita de João Paulo II à Sinagoga e ao Congresso das Religiões em Assis. LEIA A CONTINUAÇÃO
NOVA REUNIÃO ECUMÊNICA EM ASSIS
25 ANOS DEPOIS - REPETIÇÃO DO SACRILÉGIO DE 1986
ATO DE REPARAÇÃO
Capelas N. Sra da Conceição (Niterói) e São Miguel (Rio)
Quinta-feira, 27 de outubro
18:30 - Via Sacra - Missa Votiva pela Propagação da Fé.
Em Janeiro de 2002 publicávamos este artigo para alertar nossos leitores e amigos, para que rezassem na intenção de reparar a blasfêmia e o sacrilégio. Infelizmente, o papa Bento XVI continua a obra do falso ecumenismo do seu predecessor.
«Não farás aliança com eles, nem com os seus deuses. Não habitem na tua terra para que te não façam pecar contra mim, servindo os seus deuses, o que certamente seria para ti um escândalo»
(Êxodo, 23, 32-33 - Recomendações de Deus a Moisés antes deste subir ao Monte Sinai)
O Patriarca supremo dos Budistas, não se levantou do trono para receber ao Vigário de Cristo, que se sentou na cadeira
Padre Yves Le Roux, FSSPX
Caros amigos e benfeitores,
“Eu não conheço este Homem!” A sorte está lançada; a negação, consumada.
Com vigorosas imprecações e juramentos, repudiou São Pedro ao Mestre. A voz da criada e as observações sarcásticas dos que o cercavam foram suficientes para vencer o amor demasiado humano de Pedro por Jesus. Por três vezes renovou o repudio e, quando enfim seus olhos fitaram os de Cristo, congelou-lhe o sangue nas veias. Ao longe, cantava o galo. Então recordou-se Pedro das palavras do Mestre e fugiu, chorando amargamente, entre arrependido e convertido.
“Eu não conheço este Homem!” Vai a sorte de novo ser lançada, vai-se consumar outra negação? Certamente. Pela terceira vez, o Papa convida à renovação da negação, que é o encontro de Assis.