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Category: Paulo VIConteúdo sindicalizado

Paulo VI e a auto-demolição da Igreja

Pe. François Marie-Chautard, FSSPX

 

“É preciso reconhecer que o papa Paulo VI trouxe um sério problema à consciência dos católicos.

Esse papa causou mais males à Igreja que a Revolução de 1789”. (Dom Marcel Lefebvre)1

 

Quando em junho de 1963 Paulo VI tomou posse do segundo e terceiro andares do Palácio Apostólico, tradicionalmente reservados ao Santo Padre, tratou de arrumá-los a seu gosto. Amante de arte contemporânea, queria dar um aspecto moderno a seus apartamentos. Tapeçaria e poltronas antigas foram substituídas por tecidos e móveis de estilo recente, os aposentos renovados foram adornados com obras de artistas em voga, e sua capela privada foi transformada no espírito dos anos 60.

A história do seu pontificado revelaria que essa nova decoração era representativa da maneira com a qual o novo papa iria considerar e reger a Tradição da Igreja. (Continue a ler)

  1. 1. Dom Marcel Lefebvre, Carta aberta aos católicos perplexos, Editora Permanência.

Paulo VI (1887-1978), um novo santo?

Pe. Thierry Gaudray, FSSPX

 

No dia 5 de agosto passado, o Papa Francisco falou à multidão reunida na praça São Pedro para a oração do Angelus: “Há quarenta anos, o Beato Papa Paulo VI estava vivendo as suas últimas horas nesta terra. Morreu, de fato, na noite de 6 de agosto de 1978. Recordemos dele com muita veneração e gratidão, à espera da sua canonização, em 14 de outubro próximo. Do céu interceda pela Igreja, que tanto amou, e pela paz no mundo. Este grande Papa da modernidade, o saudemos com um aplauso, todos!

Não há dúvida que, ao canonizar Paulo VI, após tê-lo feito com João XXIII e João Paulo II, Francisco tem a intenção de confirmar os católicos nas novas orientações tomadas pela Igreja desde o Concílio, e dar um novo lustro à liturgia reformada1. Paulo VI foi, de resto, o primeiro papa a lançar mão da canonização dos santos para avalizar o Concílio, anunciando, no dia 18 de novembro de 1965, antes do seu término, portanto, a introdução das causas de beatificação de Pio XII, mas também de João XXIII2. (Continue a leitura)

  1. 1. Junto com a missa dita de São Pio V, qualificada de ‘rito extraordinário’, haverá a de “São Paulo VI”
  2. 2. Yves Chiron, Paul VI, le pape écartelé, p. 247, édition Perrin.

Paulo VI, o sepultador da Tradição

Nota da Permanência: Apresentamos a seguir um capítulo do livro “Cem anos de modernismo” (Cent ans de modernsime. Généalogie du Concile Vatican II, Editions Clovis, 2003) do padre Dominique Bourmaud, FSSPX.

Capítulo XXII

Há mais de um século que os Carbonários, a maçonaria italiana, tinham planejado destruir o papado:

“O trabalho que empreenderemos não é obra de um dia, nem de um mês, nem de um ano: pode durar vários anos, talvez um século; mas em nossas fileiras morre o soldado e a luta continua… O que devemos buscar e esperar, como os judeus esperam o Messias, é um Papa de acordo com nossas necessidades… E este pontífice, como a maioria dos seus contemporâneos, estará mais ou menos imbuído dos princípios humanitários que começaremos a pôr em circulação… Quereis estabelecer o reino dos escolhidos sobre o trono da prostituta da Babilônia? Que o clero marche sob o vosso estandarte, crendo sempre marchar sob a bandeira das Chaves Apostólicas… Estendei vossas redes… no fundo das sacristias, dos seminários, dos conventos… Tereis pregado uma revolução de tiara e capa pluvial, marchando com a cruz e a bandeira, uma revolução que não necessitará senão ser ligeiramente estimulada para atear fogo em todos os extremos da terra”[1].  Leia mais

Enfim, o cisma

Dom Lourenço Fleichman OSB

Em 1976, amigos franceses enviaram a Gustavo Corção notícias de um bispo italiano que escrevera para seus padres e fiéis denunciando o comunismo. Os amigos que enviaram a auspiciosa notícia ao jornalista e escritor católico estavam entusiasmados com a novidade, achando que aquela reação podia significar uma mudança de ares na Igreja.

Gustavo Corção escreveu sobre o fato um artigo em que mostrava aos seus amigos e leitores que o entusiasmo não era cabível. Antes de mostrar quão superficial era a crítica do bispo ao comunismo, Corção explicou:

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A Propósito das Canonizações Atuais

 

Apresentação de D. Lourenço Fleichman OSB

O texto que segue foi publicado no nosso antigo site Capela. Como o tema volta à atualidade com o anúncio da canonização de João XXIII e de João Paulo II,  aproveitamos para republicá-lo. A introdução antiga segue abaixo:

Que algumas canonizações atuais deixam perplexos os católicos, tanto no ambiente tradicional como mesmo entre muitos oficialistas, todos já sabem. De um modo geral, o que se ouve nas conversas e discussões sobre este assunto são afirmações de opiniões, ou petições de princípio. O Papa é infalível nas canonizações, logo, não haveria com o que se preocupar. Se João XXIII ou Escrivá de Balaguer não parecem santos em suas vidas, seria unicamente por erro de avaliação de alguns católicos sectários e exagerados. Leia mais

A nova Carta aos amigos e benfeitores de Dom Fellay

Há quase um ano, o Capítulo Geral da Fraternidade São Pio X reunificou em um mesmo espírito algumas diferenças que haviam surgido ao longo do ano de 2011 e início de 2012, diante da possibilidade de haver um acordo prático com as autoridades do Vaticano. Infelizmente, nessa ocasião, alguns padres da Fraternidade e outros de comunidades religiosas amigas da Fraternidade, resolveram precipitadamente romper com a Fraternidade, alegando que esta já havia traído a orientação de Dom Marcel Lefebvre. Não havia atos ou documentos que pudessem servir de base segura para tal atitude, e esses padres, insistindo em analisar argumentos anteriores ao Capítulo de julho de 2012, cometeram um grave equívoco que só serviu para dividir a Tradição. Da nossa parte, insistimos em que se devia desviar a atenção da internet e seus blogs e redes sociais, para nos dedicarmos à oração e ao silêncio, muito necessários nessas horas para guardarmos um mínimo de sabedoria. Após o Capítulo, o próprio Dom Fellay, assim como Dom Galarreta, fizeram sermões e conferências mostrando que o Capítulo tinha, de fato, sido um momento da graça, retomando critérios importantes para evitar quedas e divisões da Fraternidade. Mas os dissidentes insistiam em afirmar que um acordo já tinha sido feito e que Dom Fellay estava apenas enganando os resistentes. Uma calúnia, na verdade, sem fundamento. Hoje, queremos publicar a Carta aos amigos e benfeitores que Dom Fellay acaba de escrever, onde fica definitivamente marcada a defesa da fé, como sempre foi a pauta da Fraternidade São Pio X ao longo desses anos todos. Pedimos a São José que amanse os corações endurecidos trazendo-os à humildade, para que saibam retornar a essa unidade que, só ela, pode nos manter fortes no combate. 
 
Dom Lourenço Fleichman OSB
Leia a continuação
 
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