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Liturgia (134)

Santo Nome de Jesus

Jesus é o preço de sangue do cordeiro de Deus; Jesus é o nome do céu para a salvação do mundo; Jesus é a luz das almas, a alegria dos corações e o tesouro incomparável de quem O ama.
 
Jesus é a ciência dos apóstolos, a força dos mártires, a paz dos confessores, o contentamento das virgens e a coroa dos santos.
 
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Jesus é a glória do céu, a esperança da terra e o terror do inferno.
 
Jesus é o nome único do único esposo, é nosso bem, alegria, paraíso, tudo enfim. Fora de Jesus, nada possuímos; sem Jesus, tudo é nada.
 
Jesus, vosso nome mal saiu da boca e quanta matéria há aí para meditação. Jesus! Dá-nos a conhecer, a amar e a regozijar Jesus, só a Jesus, para sempre Jesus.

Circuncisão de Nosso Senhor

Esta lei de sangue, esta lei de homens pecadores, não abrange o Filho de Deus, que veio a ser o filho de Maria. Todavia, submete-se à lei; dura, humilhante e impiedosa que seja, ele se submete.
 
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Contai-nos, o suave cordeiro, por que vos submeteis a esta lei? Sobre vós assumis o pecado de todos nós; na vossa carne quereis expiar e reparar as concupiscências e os desregramentos da carne; nossos pecados converteis em vossos pecados, pois que quereis de vossa justiça fazer a nossa justiça.
 
Sede bendito, ó suavíssimo cordeiro, pelas vossas chagas, pelo vosso sangue e pelas dores de vossa circuncisão puríssima e purificante.
 
Recebestes o Santo Nome de Jesus como galardão de vosso sangue. Faça-nos a virtude do sangue precioso amar-vos e falar-vos com amor o Santo Nome – Jesus.

Natal

Nasceu o Menino Jesus!
 
Antes do advento dos séculos, Ele nasceu do Pai; nesta noite ditosa, Ele nasceu de Maria.
 
Da parte do Pai, Seu nascimento é todo resplendor e luz; da parte de Maria, é todo silêncio de noite profunda.
 
Mas nesta noite, Ele é luz. Nasceu, e de uma mãe virgem e de pai virgem e excelso; nasceu, e celebraram-No os anjos; nasceu, e Seu nascimento a Deus dá glórias e a nós a paz.
 
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Neste mistério tudo é imenso! Quão sublime é Maria, ao dá-Lo ao mundo, ao envolvê-Lo em panos, ao aninhá-Lo na manjedoura, ao adorá-Lo e amá-Lo! Quão sublime é a Divina Criança? Ela está muda e parece que nada percebe à Sua roda, mas como fala aquele silêncio e quantas maravilhas declara! Abrem-se Seus olhos, não tanto para enxergar quanto para chorar, o coração é todo de amor.
 
Jesus, meu Deus! Amo-Vos acima de tudo.

26 de dezembro: Cristo nasceu passível e mortal

26 de dezembro
 
Enviou Deus seu Filho em carne semelhante à do pecado (Rm 8, 3)
 
Não foi conveniente que Deus assumisse uma carne impassível e imortal, mas antes uma carne passível e mortal.
 
Primeiro porque foi necessário aos homens conhecerem o benefício da Encarnação para que, por esse motivo, se inflamassem do amor divino. E foi conveniente que assumisse uma carne semelhante à dos outros homens, passível e mortal, para manifestar a veracidade da Encarnação. Porém, se tivesse assumido uma carne impassível e imortal, aos homens, que desconheciam essa carne, pareceria que fosse um fantasma, e não verdadeira carne.
 
Segundo, porque foi necessário que Deus assumisse a carne para satisfazer pelo pecado do gênero humano. Ora, um satisfaz pelo outro, quando um assume voluntariamente para si a pena devida ao pecado do outro, mas não devida a si. Ora, a pena devida ao pecado do gênero humano são a morte e os sofrimentos da presente vida. Por isso, foi conveniente que Deus assumisse a carne passível, mortal e sem pecado, para que, sofrendo e morrendo, satisfizesse por nós e afastasse o pecado.
 
Terceiro, porque, pelo fato de que teve uma carne passível e mortal, nos deu exemplos mais eficazes de virtude, de mais fortemente superar as paixões da carne e utilizá-las para fim virtuoso.
 
Quarto, porque somos mais confortados na esperança da mortalidade, por ter ele se transferido do estado de carne passível e mortal para o de carne impassível e imortal. E isto nós também podemos esperar para nós, que carregamos agora uma carne passível e mortal. Se, porém, tivesse desde o início assumido carne impassível e imortal, nenhuma esperança de imortalidade teria sido dada aos que experimentam em si a mortalidade e a corrupção.
 
A Encarnação, como se realizou, foi ainda conveniente ao ofício de mediador, que conosco tem de comum a carne passível e mortal e, com Deus, a virtude e a glória. Sendo assim, podia tirar de nós o que de comum conosco tinha, isto é, a passividade e a morte, e nos conduzir ao que tinha de comum com Deus. Com efeito, foi mediador unindo-nos com Deus.
 
(Suma Contra Gentios, 4, 55)

25 de dezembro: Bondade e utilidade de Cristo ao nascer [*]

25 de dezembro
 
I.             Manifestou-se a bondade de Deus nosso Salvador e o seu amor pelos homens. (Tt 3, 4)
 
Nosso Senhor nos prova sua bondade pela comunicação de sua divindade; e sua misericórdia, tomando nossa humanidade.

Noite de Natal

 NOITE DE NATAL

Dom Lourenço Fleichman OSB


Noite de Natal. Nossos presépios preparados, aguardando ansiosos a entrada das crianças carregando o Divino Filho para, enfim, completar as imagens piedosas que marcam, todos os anos, nossa adoração.

Noite de Natal. Nossos sinos majestosos, aguardando silenciosos a chegada do Menino Deus para, enfim, soltarem a voz, ressoando pelo mundo o repicar alegre do angélico canto.

Noite de Natal. Vemos São José chegando a Belém, conduzindo sua esposa, Maria, prestes a dar à luz a Luz do mundo. Triste e aflito José.  LEIA MAIS

24 de dezembro

 

 
A Encarnação, auxílio para o homem que busca a bem-aventurança
 
Se alguém atenta e piamente considera os mistérios da Encarnação, encontrará neles grande profundeza de sabedoria que excede o conhecimento humano. Por isso, a quem os considera com piedade, apresentam-se cada vez mais as suas razões admiráveis.
 
Ora, deve-se ver que a Encarnação de Deus foi um eficacíssimo auxílio para o homem que busca a bem-aventurança: LEIA MAIS

 

O fruto do conhecimento de Deus

Dizia João, precursor do Cristo (Jo 1, 27): Esse é o que há de vir depois de mim, ao qual eu não sou digno de desatar a correia das sandálias. Era como se falasse: não julgueis que seja Ele superior a mim em dignidade, do mesmo modo que um homem o possa ser a outro; antes, me é superior de modo tão iminente, que nada sou comparado a ele. Por isso diz não sou digno de desatar a correia das sandálias, que é o mínimo obséquio que se pode fazer a outrem.

A excelência da natureza divina

[1] Deus não está compreendido no tempo: é eterno. Com razão se diz que Deus é eterno, pois carece de princípio e de fim, e também porque seu ser não se varia no passado ou no futuro. Nada se lhe subtrai, nada lhe pode advir de novo. Por isso disse a Moisés (Ex 3, 14): Sou aquele que sou, pois o ser dele não conhece nem passado nem futuro, mas encontra-se num perpetuo presente.

O Latim na Liturgia - I

Tantas razões e tão decisivas em favor da manutenção do latim como língua litúrgica na Igreja Ocidental, tão pobres e tão desastrosos os pretextos invocados em favor das línguas vulgares, que temos dificuldade de nos incumbirmos de examinar uma mera questão, sobre a qual não deveria existir senão uma opinião, não apenas entre os católicos, mas entre os civilizados. Certamente, não teríamos pensado em colocar esta questão do latim na liturgia, nem imaginado que alguém pudesse fazê-lo. Todavia, vemos que a colocam, recolocam, debatem e disputam. Sem provas propriamente ditas — mas com muitos indícios convergentes que equivalem a uma prova — temos o sentimento de estar em presença de homens muito determinados em seu empreendimento, decididos a aproveitar todas as ocasiões para suprimir o latim, para forçar a Santa Sé, para colocá-la, se puderem, perante um fato consumado, até o dia — para eles, desejável, para nós, nefasto (mas esse dia nunca virá) — em que a autoridade soberana, julgando a causa perdida, resolver-se a canonizar o emprego litúrgico das línguas vulgares.
  
Deduziremos por ordem nossos argumentos nesta “defesa e ilustração”, não do “latim litúrgico”, pois que não fazemos aqui absolutamente um estudo de gramática ou de estilo, mas do emprego da língua latina na liturgia.

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