Cheguei a uma conclusão aterradora: a quase totalidade do mundo que se diz católico ainda não percebeu claramente, dolorosamente e irreversivelmente que existam duas Igrejas com a mesma denominação e com a mesma hierarquia: uma que é Una, intransigente, e outra que é pluralista, múltipla e que, para começar quer envolver a Católica, enrolando-se em torno dela como mata-pau em torno da árvore, cuja seiva deseja absorver; uma que é dogmática e crê firmemente que “passará o céu e a terra, mas as palavras de Jesus não passarão”, e outra, ao contrário, que é progressista, evolucionista, e cuja hierarquia não terá melhor profissão de fé do que a declaração feita na reunião de Itaici por Dom Clemente José Carlos Isnard, Presidente da Comissão Nacional de Liturgia da CNBB: “... não é missão da Comissão Nacional da Liturgia reprimir quaisquer abusos; mas é missão desta entidade incitar e encorajar abusos, ainda que esses abusos cheguem à profanação do Corpo de Deus”. Perdão! O vezo do professor levou-me a dizer com mais clareza exatamente o mesmo que Dom Clemente disse com outras palavras, apresso-me a retificar a citação transcrevendo rigorosamente o que Dom Clemente diz no SEDOC de abril de 75, pág. 978: “ julgo, porém, de meu dever repetir mais uma vez que os abusos em matéria litúrgica não podem ser medidos com a mesma escala. Há transgressões da disciplina vigente que embora ilícitas, estão na linha duma evolução facilmente previsível e que em pouco tempo poderão estar sancionadas por uma legislação proveniente de autoridade competente”.