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Category: Luce QuenetteConteúdo sindicalizado

Educadora católica francesa, uma das mais brilhantes colaboradoras da revista Itineraires.

Crianças de hoje

Luce Quenette

Em toda sociedade civilizada, há um constante apelo à honra, o que naturalmente provoca sentimento de culpa nos que violam suas leis e usos. Alguém dirá que uma tal sociedade engendra a hipocrisia. Pois bem! Quando a virtude e a decência são honradas, o homem perverso não tem outro recurso, se não quiser converter-se, que o de dissimular, fingindo virtude. E finge tão mal, que as pessoas honestas chamam-no hipócrita. Mas, “a hipocrisia é uma homenagem que o vicio presta à virtude”. A decência e a virtude não lhe servem de causa, mas de ocasião. A honra a que elas têm direito e que lhes prestamos é ocasião de inveja, dissimulação, astúcia e furto. Ora, toda lei justa, a começar pelos Dez Mandamentos, é ocasião de pecado para o coração concupiscente. A lei protege o fariseu, evidentemente. Poder-se-ia dizer que a lei é má, como fala São Paulo? Longe disto. Ela é boa. Mas por si mesma, sem a graça de Jesus Cristo, não pode nada. Toda organização da sociedade cristã esta aí. É preciso que Ele reine.

A cura de toda hipocrisia e de todo cinismo é o conhecimento da lei em estado de graça.

* * *

Quem vos fala é uma mãe. Ela leva a Péraudière seu filho mais velho, de cinco anos e meio. Com coragem, seu marido e ela percebem o rosto ligeiramente angustiado do pequeno João, que nunca deixara o doce lar:

“Nós o teríamos colocado no Sacré-Coeur, com os jesuítas, bem próximo de nossa casa, mas soubemos que nas turmas da 10a. série, sim, no Sacré-Coeur (!), havia lições de iniciação sexual, e com imagens. Foi uma mãe que nos disse isso. Ela tinha acabado de levar seu filhinho para a entrada do colégio. Disse a ela: “a senhora precisa tirá-lo de lá, não pode deixar que se cometa este atentado.” Ela suspirou: “Que posso fazer? Isso agora é permitido”. Horrorizada, interroguei outros pais na mesma situação e cheguei a esta terrível conclusão: não somente eles o admitiam, mas SE JUSTIFICAVAM, pensando que estavam legitimamente dispensados de dar aos filhos uma iniciação que os embaraçava; eles calavam sua repugnância com o slogan criminoso: você sabe, hoje em dia, é um pouco mais cedo ou um pouco mais tarde!”

* * *

Eis um pequeno idoso (de um ano de idade) que foi, antes do mais, insuportável e que, de volta das férias, mantinha-se ereto, com um aspeto respeitoso e altivo entre o pai e a mãe. Eu sentia, no entanto, que aquilo era demais. A mãe fez com que o filho fosse dar uma volta e me disse que, durante as férias, a criança fora terrível. “Bom, disse eu, é preciso chamá-lo e dizer tudo na frente dele.” É o que eu faço. Meu filho abaixa a cabeça, confuso, envergonhado, arrependido. A mãe, tímida: “Sabe, filho, não é para te machucar nem te fazer sofrer que dizemos essas coisas.” — “Mas sim, Madame, é para fazer sofrer, para machucar seu coração, que ama a mamãe, para que ele se arrependa e que, nas próximas férias, vocês tenham um filho carinhoso. Ele entende muito bem e sabe que estamos certos.” Dois olhares: Alan eleva os olhos, que oferecem seu acordo e humildade. Por sua vez, o olhar bom da mãe é de espanto e admiração. Quanto ao pai (pois há ainda sua opinião), este se inclina perto da mãe e diz, contente: “Viste, bem que te avisei!”

Que estes amigos encantadores perdoem-me de mostrar, por meio deles, na alma do educador e do filho deles, a passagem de uma correção derrisória, conforme a moda, à nobre beleza da justiça cristã.

* * *

É espantoso o zelo com que as crianças cristãs recebem o apelo doutrinal à conversão. Seu coração, preparado pelo batismo e pela fé de seus pais, instintivamente repugna à justificação conforme o mundo. Claro, uma criança mimada se compraz, em seu egoísmo e sensualidade, de ser “compreendida” e não “repreendida”. Serve-se gulosa e insolentemente das falsas desculpas e explicações que lhes oferecem para seus pecados. Mas isso a enerva, a excita, e não a acalma. Os grandes ingênuos que “compreendem” sua gulodice, sua preguiça, sua tirania, ele os despreza e explora. Mas, se os pais são cristãos, se estão resolvidos a preservar a alma de suas crianças, custe o que custar, ainda que lhes faltem algumas luzes e, por conseguinte, o savoir-faire, nada estará perdido. Nós vemos isso claramente. O pequeno novato entra na Péraudière convencido de que é preciso fugir do mal que o assediou, que respirou e que cometeu nas más escolas; ele sabe que vai aprender a servir a Deus segundo a Tradição e que é por isso que seus pais se separaram dele. A disposição fundamental é justa.

Então, convém, o quanto antes, após alguns dias em que se terá experimentado a afeição e a solicitude, levá-lo à conversão. O que eu disse aqui é fruto da experiência dentro de uma escola, em busca de nosso fim essencial; isso, eu digo para todos os fundadores de escola e para todas as famílias.

Graças a Deus e a pais santos, as crianças já entram na escola convertidos. Mas, para tantos outros, a reeducação da alma, afetada pela terrível psicologia que justifica o mal, deve começar pela conversão. Resumirei isso tudo com a seguinte e surpreendente declaração de uma criança de dez anos, que guardo comigo há muitos anos, como a fórmula mesma da conversão do coração: “Pareceu-me, de repente, disse-me esta criança, que Deus me dizia: Olha para tua vida! Daí, enxerguei todos os meus pecados, quis que eu nunca voltasse a cometê-los e fui para o confessionário.”

Eis o ponto de partida, todo resto é vão: as exortações para se dedicar, para agradar àqueles que o amam etc, etc, tudo é vão, antes.

Olha, meu filho, e vê, à luz das lições do catecismo, da lição sobre o pecado, dos novíssimos, do exame de consciência seguindo os mandamentos, à luz da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Olha, minha criança, olha para tua vida! A criança volta-se para si mesma, se entristece na contrição e examina seus pecados cuidadosamente, com uma seriedade que nos faz repetir para nós mesmos: “Se não fores semelhantes a um desses pequeninos!” E finalmente, com confiança e humildade, se entrega ao Tribunal da Penitência.

Bendito o padre, ministro fiel de Jesus, que recebe com respeito e atenção este retorno do filho pródigo! Digo mesmo “retorno do filho pródigo” porque sei que, mesmo entre pessoas piedosas, que se dizem fiéis e tradicionalistas, ainda reina o instinto estúpido de não levar a sério as faltas de uma criança, de sorrir de sua gravidade, de não dar importância a seu arrependimento pela maneira pueril de a acolher.

Muitos educadores me acusam de dar muita importância a esta reviravolta na alma de uma criança, de levá-la mesmo às raias do escrúpulo e, porque não, de ser jansenista...

Julga-se a árvore pelos seus frutos: a criança convertida sai do Tribunal da Penitência radiante, banhada pela misericórdia, começando uma nova vida; ela corre para diante do Tabernáculo, reza sua penitência com os mesmos sentimentos de Joinville ao partir para a cruzada.

É preciso saber que tudo que se subtrai da gravidade do pecado por meio de um freudismo disfarçado, subtrai-se da misericórdia de Deus e da dignidade livre do animal racional.

Após este banho salutar de penitência, a criança convertida não está ao abrigo das tentações; contudo, a experiência permite dizer que elas são bem menos freqüentes e que “dão menos vontade”. A Santa Virgem esmaga a cabeça da serpente, sobretudo se temos o hábito do recurso filial e contínuo à sua Santa Maternidade, através do terço cotidiano e da invocação repetida.

A criança convertida é mais calma, mais feliz; possui “esta moderação das pessoas felizes” da qual fala La Rochefoucauld. Ficam mais espaçadas as cóleras de criança mimada e sem vida interior, que se revoltava à privação de um prazer ou à perspectiva de um esforço.

A criança convertida é mais inteligente. O nível intelectual das crianças saídas das escolas de hoje é lamentável. Na verdade, as classes atuais não fazem mais pensar. As novas matemáticas ajudariam a preencher este vazio, se a inacreditável preguiça não o impedisse. Ora, a conversão opera o mais profundo movimento das faculdades espirituais. A graça exige da alma no que toca a inteligência, intuição, lucidez, atenção; no que toca a vontade, humildade, resolução, execução, além do sábio governo da sensibilidade.

É possível mensurar de quantos bens naturais e sobrenaturais estão privadas as crianças de hoje, por obra de uma heresia que as submete à vigílias de penitência e à sacrílegas absolvições coletivas, sem confissão de pecados?

* * *

É preciso que os pais católicos estejam convencidos da necessidade sobrenatural da penitência e da conversão; e que, nesta perspectiva (de guardar as crianças na fé de Jesus Cristo, quer dizer, em estado de graça), eles tornem-se severos.

Outro fruto da experiência: as crianças convertidas têm orgulho de ter pais severos. Isso é evidente: a criança contestadora se insurge contra toda proibição, pois despreza a lei e aqueles que a anunciam. A criança cristã honra a autoridade, que a quer em paz com o Céu.

Isso é evidente, comprovado.

Recebi, em meados de setembro, duas cartas de dois irmãos terríveis, briguentos, mas convertidos. Ei-las: “No final destas férias, tornamo-nos insuportáveis de novo. Mas nossos pais agiram bem: brigaram conosco e nos puniram como merecíamos.”

Esta é uma apreciação de espíritos livres e clarividentes, sem sombra de insolência, mas profundamente satisfeitos da ordem justa das coisas.

Mais um fato, dentre os muitos do ano passado: explicávamos, no catecismo, o quarto mandamento; quatro meninos, de seis a oito anos, enxugavam a louça; criam-se a sós; mas, enquanto isso, uma senhorita corrigia seus cadernos numa sala vizinha, cuja porta estava aberta. Estes são os mais velhos, que tem o hábito de lavar a louça em paz e conscienciosamente.

A conversa a sós estava bem animada:

          Roberto: tua mãe te dá muita bronca?

          Carlos: Ah sim, e me castiga mais que às meninas.

          Roberto: Por quê?

          Carlos (sem modéstia): Porque as meninas fazem menos besteiras do que os meninos (ele tem três irmãzinhas).

          João: E quando tua mãe te castiga, ela te bate?

          Carlos: Antes ela me explica, sempre, e depois que eu entendo, ela bate bem forte. Aí, então, tomo juízo.

          Roberto: Quem me bate é o papai. Ele pega um couro e bate bem forte. E o teu pai, ele é duro contigo?

          Carlos: Menos que a mamãe, porque ele quase sempre está fora. Mas mamãe conta pra ele.

          João: Meu pai começou a dar bronca há pouco; desde que estou na Péraudière, ele dá muito mais bronca.

          O quarto menino não disse nada. E você, que teu pai e tua mãe fazem?

          Paulo, (envergonhado e, mesmo assim, tentando se gabar): Mamãe se zanga e meu pai também.

          João: Mas eles te castigam?

          Paulo: Eles dizem que isso certamente vai acontecer.

          João: Então, fala para eles... Explica como se faz.

* * *

Alguém dirá: “Mas você não tem o direito de ‘julgar’ a culpa de ninguém”. Compreendamos: eu certamente não tenho o direito de julgar o seu grau de culpa e de responsabilidade. Não tenho este direito porque não tenho como exercê-lo. Não enxergamos o interior dos corações. Só Deus julga. Mas tenho o dever de julgar a espécie moral do ato. Dever inscrito na economia mesma da Lei: não matarásnão atentarás contra a castidadenão tomarás o bem alheio. Isto evidentemente significa que o homicídio, o adultério e o roubo são crimes e que aquele que os comete é culpado, é pecador.

A Caridade, a verdadeira, está em preveni-los disso; o que significa, em conformidade com a justa e familiar expressão, “fazer com que se sintam culpados”.

O sentimento de culpa, que é uma emoção, tal qual o pudor no inocente, é advertência e prevenção. É a ressonância na sensibilidade dos ditames da consciência; a culpa é a vingança da honra, a vitória da justiça, da justiça de Deus e de uma sociedade que reconhece o valor absoluto do Bem.

Bendita e terrível culpa, colada ao dogma do pecado original: tiveram vergonha e se ocultaram. “E o Senhor Deus chamou por Adão, e disse-lhe: Onde estás?”. O inimigo da Salvação enganou-os mortalmente: “sereis como deuses” A terrível e austera ironia do Todo-Poderoso faz crescer a culpa, torna-a aguda, cortante, até que os humilhe e mortifique: “Eis que Adão se tornou como um de nós!”

A alma envergonhada experimenta a feiúra e o ridículo do pecado. Então, ela escuta a promessa de um Redentor.

Açular o vício atacando o sentimento de culpa, não é caridade, mas crueldade satânica.

Face à Onipotência de Deus, à morte, ao inferno, ao amor de Nosso Senhor, à clareza dos seus mandamentos e da Cruz, confesso: sim, isto eu fiz. Em verdade, digo que fui insensato. Eu me levantarei e irei ao meu Pai.

Demonstrar, pela razão e pela fé, a loucura do pecado à criança, após o ter meditado e vivido por si mesmo, é fortalecer seu coração e defendê-lo contra Satã; é despertar, ressuscitar de algum modo a inteligência; é incendiar de amor sua vontade e enchê-la de força para todo o sempre, quaisquer que sejam as quedas possíveis. 

Mas, ao contrário, “compreender” o pecado, pretender justificá-lo, é desarmar e desesperar (porque é enganar) a natureza livre resgatada por Jesus Cristo.

“Fatal”, “inevitável”, “renovador”, “enriquecedor”, — o pecado compreendido desta forma escapa à Redenção, e nos conduz ao inferno; o pecado, assim travestido, tornar-se-á inconsolável, inexpiável, irremissível.

* * *

Se compreender o ato pecaminoso é enfatizar as circunstâncias atenuantes, o melhor é recorrer à própria doutrina da Redenção. Aí, a psicologia há de encontrar tudo que é preciso.

O catecismo nos ensina que o pecado do anjo é irremissível, porque o anjo, puro espírito, vê diretamente, sem o véu da carne, a obrigação absoluta do serviço de Deus. Quando este diz: “Non serviam”, sua clarividência é completa, assim como seu consentimento; daí, precipita-se no inferno.

O homem, feito de corpo e alma, vê o Bem e a obrigação do serviço de Deus, mas sob os véus dos seus sentidos, aos quais falam as coisas sensíveis. O fruto proibido não era, para o homem, apenas proibido, mas “bom para comer e formoso aos olhos”. A mulher escuta a serpente e o fruto proibido é, em seguida, apresentado por Eva à Adão, que é fraco e complacente com relação à Eva.

Deus pode condená-lo e precipitá-lo no inferno; mas Ele condescende, porque o homem fora induzido pela fraqueza da carne, prometendo-lhe um Salvador após o seu arrependimento.

Mas o ato do pecado em si, em sua malicia essencial, é absurdo e incompreensível. É o mistério da iniqüidade em cada consciência. Preferir a criatura à Vontade do Criador, o prazer à eternidade da alegria, sublevar-se contra o amor de Nosso Senhor e recusar-Lhe submissão e obediência quando a razão e a fé gritam sua necessidade, isto, em si, no ato mesmo, é algo que não se pode compreender, é algo de incompreensível, e tão errado quando mau.

Daí ser preciso, para a conversão, contemplar, se assim podemos dizer, o absurdo do pecado e, depois de haver compreendido suas tristes circunstâncias (a fraqueza da carne, a cegueira da razão, a tibieza da fé), compreender também que tudo isso não explica a malicia intrínseca deste consentimento interior ao mal.

Neste ponto, o catecismo é esclarecedor. Para que haja pecado mortal, é preciso que haja:

1) matéria grave;

2) plena consciência;

3) pleno consentimento.

Isto é demonstrar o absurdo do pecado, em sua própria natureza; ora, um dos motivos mais eficazes de conversão, e que assegura a sua solidez, é a consideração do absurdo do pecado.

* * *

Muitas mães se preocupam com o catecismo. Querem encontrar catequistas, mas não pensam em ensinar o catecismo elas mesmas. Ficamos estarrecidos de ver tantas mães em tal situação. A mãe, a irmã ou o irmão mais velho e, porque não, o pai, os avós devem ser ou tornar-se capazes, o mais rápido possível, de ensinar em casa a doutrina cristã que receberam.

É preciso estudar. É um dever estrito, uma obrigação pela qual prestaremos contas no Tribunal de Deus.

Fiquei surpresa, no retorno às aulas, ao constatar que alguns destes pequeninos (6, 7 anos de idades) não sabiam o pelo-sinal, que os meninos maiores ignoravam o Pai Nosso e a Ave Maria em latim, ou responder o Angelus em latim.

Como é fácil remediar isso tudo!

Pacientemente repetimos que é preciso trabalhar o catecismo de São Pio X todo dia, o qual deve ser procurado, além do Catecismo do Padre Emmanuel (Catecismo da Família Cristã), sobre o qual Jean Madiran escreveu: “Se tiverem outros catecismos, este não será redundante. Se preferirem ter apenas um livro de catecismo, é este que recomendamos. É útil para a família inteira, em família; serve aos grandes e aos pequenos, aos pais e aos filhos.”

Mãos à obra! todo dia! A Santa Virgem abençoará esta meia hora arrancada, na busca do Céu, das ocupações da terra. As graças atuais serão dadas à professor materna,

junto com os frutos da luz e da paz no coração dos pequenos.

( Continua )

A Revolução

“A revolução é o apetite e a avidez do estômago vazia, que só se sacia quando destrói e cuja única realidade é a fome (…)”
 
“A existência da revolução está fundada sobre os não-revolucionários. Sem dúvida, encontram-se entre os iludidos os entusiastas do “mundo melhor” – pessoas cândidas e hipnotizadas, cujos corações a revolução mantém cativos; serão eles os primeiros devorados. Além desses, há o exército incontável dos aterrorizados e exterminados. Contudo, a verdadeira vitalidade da revolução não está nas deportações e nos massacres, mas nos acordos bilaterais de paz que seus inimigos professos assinam com ela. (...) Mais e mais, a revolução prefere rastejar diante dos inimigos a esmagá-los.”
 
A paz é miragem que significa “extermínio adiado, mas a caminho”; seus oponentes são considerados como semeadores da discórdia e obstáculos à paz. A paz revolucionária é sempre o prenúncio da guerra – grande ou pequena –, sem a qual é impossível a revolução viver, pois toda síntese nasce da guerra e está prenhe de outra.
 
 
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