Category: Arquivo Pio XII
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A KGB fez da corrupção da Igreja uma prioridade.
A União Soviética nunca se sentiu à vontade em conviver com o Vaticano no mesmo mundo. Documentos recém-revelados mostram que o Kremlin estava preparado para, a todo custo, fazer face ao forte anti-comunismo da Igreja Católica.
Carta recebida
"Eu, ao menos, estou perplexo diante da última invenção do Papa: pedir perdão a todos pelos "crimes" cometidos pela Igreja no decurso de toda a sua longa história até a virada radical representada pelo Vaticano II: desculpas aos muçulmanos pelas cruzadas; aos judeus pelo "anti semitismo"; aos hereges pela Santa Inquisição, aos protestantes pelas incompreensões,aos franceses pelo apoio dado ao governo de Vichy, aos espanhóis pelo sustentáculo oferecido a Franco, (um e outro, Pétain e Franco — eram valentes defensores da Igreja católica contra o comunismo ateu e inimigo do homem), etc. ... E tudo isto sem ter havido, na parte oposta, nenhuma vontade de reconhecer, por seu lado, os seus delitos. Não vos parece que esta atitude que raia pelo masoquismo ou pela sede de martírio que os Padres da Igreja condenaram sabiamente, seja extremamente perigosa por servir de aval à idéia de que a Igreja de Cristo foi, durante 2000 anos, o Império do Mal, o reino de Satanás, tendo-se assim manchado de faltas tão horríveis?
Sinceramente, que pensais a respeito?
Reconhecimento dos judeus no passado:
"No governo de Napoleão, em 1806, foi convocada uma assembléia dos judeus do Império da França e do Reino da Itália. Tratava-se duma Assembléia dos Notáveis, pessoas importantes e respeitadas, representantes oficiais e autorizadas das comunidades judaicas dos diferentes países. Durante os trabalhos, um dos membros, M. Avigdor, a 30 de maio de 1806, fez um discurso, aprovado por toda a assembléia, no qual ele agradecia calorosamente ao Papa e ao Clero católico pela proteção dispensada aos judeus no decurso dos séculos, tendo-os acolhido nos Estados da Igreja quando tinham sido expulsos dos outros Estados e por ter contribuído, em vista disso, para proteger a sua identidade nacional. Esta comunicação se encontra no livro do sacerdote francês de origem judaica, Joseph Lémann, datado dos fins do século XIX, com o título de "Napoleão e os judeus", e reeditado pela Casa Avalon. Limitamo-nos a citar alguns trechos significativos dele, expostos cronologicamente, em particular:
As seguintes imagens, todas tiradas do livro "Pope Pius XII - Architect for Peace", de Margherita Marchione, dão claro testemunho do que foi a atuação do Papa durante o horror da guerra.
A agência católica de Bruxelas relatava em 21 de fevereiro de 2001 que o Rabino David Dalin, de Nova Iorque, pedia que Pio XII fosse oficialmente reconhecido como um "justo entre as nações". Fazendo coro com o escritor Antonio Gaspari e sua obra Les juifs sauvés par Pie XII, publicada em fevereiro do mesmo ano, a voz do rabino americano vem em socorro do Papa Pacelli, acusado por alguns de cumplicidade passiva com o regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Para ele, "no Talmude está escrito: Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro; e, mais que ninguém no século XX, Pio XII respeitou este princípio. Nenhum outro papa foi tão magnânimo com os Judeus. Toda a geração de sobrevivente do Holocausto testemunha que Pio XII foi autenticamente e profundamente um justo."
Seguindo em nosso propósito de contrapor provas documentais às acusações difamatórias do "Silêncio de Pio XII", apresentamos, depois da alocução em que o Papa condena explicitamente "o expectro satânico levantado pelo nazismo", esta nossa tradução para o Editorial de Natal de 1941 do New York Times. Como se poderá ver, a oposição de Pio XII ao regime Nacional Socialista era pública e inequívoca no tempo de seu governo.
O texto que se vai ler é a íntegra da mensagem de 2 Junho de 1945 do Papa Pio XII aos Cardeais, sobre a condição da Igreja após a rendição dos Alemães. Repetindo as inequívocas condenações ao Nazismo proferidas por seu egrégio predecessor, esta alocução elucida o real posicionamento da Igreja com relação a Alemanha de Hitler, e constitui prova documentalde que jamais existiu tal coisa como "o silêncio de Pio XII":