Category: Carlos de Laet
Publicista católico (1847-1927), Carlos de Laet chegou a ser considerado, ao lado de Rui Barbosa e Machado de Assis, parte da "tríade gloriosa da suprema perfeição lingüística" nacional.
Sumário: Entrevista (portuguesmente interview) que com uma freira de certo convento, prestes a ser profanado, teve um jornalista que se julga livre-prosador.
Desejara não escrever sobre o caro morto. Outros já o têm feito. Outros ainda o farão melhor. Em sua glória, aliás, e definitiva colocação no panteon literário, nada pode influir o meu juízo nestas páginas efêmeras da imprensa, amanhã já dispersas, e que com razão têm sido comparadas aos antigos oráculos de Dodona, lançados em folhas de carvalho, com pretensões a dirigirem os povos, e logo tomadas pelo vento e por ele arrastadas ao limbo do olvido. Mas ninguém faz como quer. Insensivelmente se me volve o espírito para a câmara ardente onde no seu esquife enflorado se embarca o velho amigo, caminho da eternidade.
MICROCOSMOS
Sumário: — Um pensamento de Pascal — Não crer no Cristo mas na mesa falante — O Cagliostro desta República — Entre Voltaire e Mesmer — Algumas notas sobre a Cabala e os cabalistas — Um anagrama notável — A visão do Sr. Múcio — Esconjuro e interpretação... — Do que dependem as instituições.
Pretendendo invalidar as refutações que tenho produzido contra suas erradas apreciações históricas, voltou de novo o Sr. pastor Alvaro Reis, que não se dedigna de comigo cruzar as armas do debate, posto que (diz ele) já me conheça a ousadia e indelicadeza.
Proferido no Colégio Diocesano de São José no Rio de Janeiro em 8 de dezembro de 1905, como paraninfo na colação do grau de bacharel em ciências e letras.
Exm. E Revm. Sr. Governador do Arcebispado.
Revd. Visitador da Congregação dos Maristas.
Revd. Reitor do Colégio Diocesano.
Exma. Senhoras.
Meus Senhores.
Triunfante a revolução e separado da Igreja o Estado; rotos assim os vínculos que através do Brasil Império nos vinham desde as mais remotas origens da nossa nacionalidade; proclamado o indiferentismo religioso no mundo oficial e erguida uma barreira entre a Nação Brasileira e o Deus de nossos pais, — nem por isto se aniquilou a crença dos brasileiros e antes lhes recresceu o dever de acudir às necessidades da religião, entre as quais avulta a da educação dos filhos.
Conferência feita em 24 de Outubro de 1901 no Círculo Católico da Mocidade em presença do Exmo. e Revmo. Sr. D. Joaquim Arcoverde Arcebispo do Rio de Janeiro pelo Dr. Carlos de Laet.
Com aprovação da autoridade diocesana.
ADVERTÊNCIAS NECESSÁRIAS
1ª Havendo, nesta conferência, exposição de matéria que entende com o dogma e a moral, o autor muito voluntariamente a submete às decisões da autoridade eclesiástica.
2ª Aqui se publicam por extenso algumas leituras que, por não se fatigar o auditório, apenas foram resumidas ou indicadas pelo orador.
E, 3ª: foram suprimidas as notas de aprovação ou aplauso; e somente se registra a benção com que ao terminar o seu discurso, foi o orador premiado pelo Exmo. E Revmo. sr. Arcebispo.
SUMÁRIO
I. — Caráter do indiferentismo nos tempos atuais e na sociedade brasileira. — Matizes do indiferentismo. — Algumas palavras sobre o materialismo e o positivismo. — A pseudo-religião de Comte.
II. — Deístas, latitudinários. — O deus de Epicuro. — A religião natural. — Como do protestantismo nasceu o deísmo. — perigo de certas concessões... — A solidariedade no erro. — Bayle contra os latitudinários.
III. — A razão como arquiteto de religiões. — Pretensa intolerância e estreiteza do dogma católico. — Quanto, ao invés disto, se evidencia a sua caridosa lição. — O indiferentismo albergue de ruins paixões.
IV. — O indiferentismo religioso na família, — No exército e na armada. — O Estado separado da Igreja. — Vãos receios de uma religião de Estado opressora. — A tolerância dos indiferentes. — Um pouco de estatística. — Entre a moral e o dogma. — Harmonia no divórcio.
V. — (Conclusão) — O caminho da verdade, do belo e do bem. — CHRISTUS regnat!
A Idade Média! "Época de trevas, caos em que se imergiram as luzes da antiga civilização, pulverizada pelo formidável embate dos Bárbaros..."Com estas e outras declamações parece-nos estar ouvindo algum pedante que só tenha aprendido da história o que rezam os manuais franceses, e que da tomada da Bastilha faça datar a carta de alforria do gênero humano.
Sumário: — Catecismo Revolucionário, por Manuel da Benarda, Lisboa, 1910 — Um volume, in-8o., de 606 páginas, com XIII de prólogo, por Teófilo Ibérico, e finíssimas estampas.
"Laet é atualíssimo", diz-nos Leopoldo Aires. E eis outro artigo que o prova: mesmo tratando de notícias e filosofias relativas a seu tempo, este delicioso texto também se aplica com precisão à mentalidade de nossos dias.