As Superioras, inclinando-se perante os sinais certos da vontade do Céu - sinais em que não podemos deter-nos para não avolumar este pequeno opúsculo – decidiram-se, pouco a pouco, apesar das apreensões, entregá-la às exigências de Jesus Crucificado.
A Irmã Maria Marta vê-se primeiro convidada a passar as noites estendida no soalho da cela. Depois recebe a ordem de trazer noite e dia um rude cilício. Em breve deve entrançar uma coroa de agudos espinhos que não lhe permite mais apoiar a cabeça, sem sentir dolorosos sofrimentos.
No fim de oito meses, em maio de 1867, não contente com as noites passadas no chão, com o cilício e a coroa de espinhos, Jesus exige à Irmã Maria Marta o sacrifício do próprio sono, pedindo-lhe que vele sozinha, junto do SS.mo Sacramento, enquanto tudo dorme no Mosteiro. Em tais exigências não encontra a natureza satisfação! Mas não é este o preço habitual dos favores divinos?... No silêncio das noites, Nosso Senhor comunicava-se à sua serva da maneira mais maravilhosa. Algumas vezes, é certo, Ele a deixava lutar penosamente, durante longas horas, com a fadiga e o sono, mas o mais freqüente era apoderar-se dela imediatamente e arrebatá-la a uma espécie de êxtase. Confiava-lhe as suas penas e os seus segredos de amor, enchia-a de carícias, tirava-lhe o coração para o meter dentro do seu. O seu trabalho nesta alma tão humilde, tão simples e dócil, aumentava todos os dias.