Três dias de êxtase
No mês de Setembro de 1867, a Irmã Maria Marta caiu, como lho tinha anunciado o Divino Mestre, num estado incompreensível, que difìcilmente se pode definir: estava deitada no seu leito, imóvel, sem falar, sem ver, não tomando alimento algum; mas o pulso continuava muito regular e tinha o rosto levemente colorido. Isto durou três dias, 26, 27 e 28, em honra da SS.ma Trindade, e foram, para a triste vidente, três dias de graças excepcionais... Todo o esplendor dos Céus veio iluminar o humilde lugar onde desceu a Trindade Santíssima. Deus Pai, apresentando-lhe Jesus numa hóstia, disse-lhe: “Eu te dou Aquele que tu me ofereces tantas vezes”, e deu-lhe a Comunhão. Depois desvendou·lhe os mistérios de Belém e da Cruz, iluminando a sua alma com vivas luzes sobre a Encarnação e a Redenção. Tirando depois de Si mesmo o seu Espírito como um raio de fogo, deu-lho afirmando-lhe: “Ele contém a luz, o sofrimento e o amor!... O amor será para mim; a luz para descobrires a minha vontade; o sofrimento, enfim, para sofreres, de momento a momento, como Eu quero que sofras.”
No último dia, convidando-a a contemplar, num raio que descia do Céu sobre ela, a Cruz do Filho, o Pai Celeste “fez-lhe compreender melhor as Chagas de Jesus, para o seu bem pessoal”. Ao mesmo tempo, num outro raio que partia da terra para o Céu, viu ela claramente a sua missão e como devia fazer valer os méritos das Chagas de Jesus para o mundo inteiro.