Giuseppe Sarto nasceu em 1853, padre em 1858, cura em 1867, vigário geral em 1875, bispo de Mantua em 1885, cardeal em 1893, patriarca de Veneza em 1894, foi eleito papa em 1903 e tomou o nome de Pio X. Depois de onze anos de pontificado, entrega sua alma a Deus em 20 de agosto de 1914.
Foi o último papa a ser canonizado.
Impressionante é a fecundidade de sua ação para “Instaurare Omnia in Christo”. Seu pontificado foi a ocasião da renovação da vida sacramental nas paróquias, renovação do canto litúrgico, renovação do ensino catequético, renovação dos seminários, renovação do direito canônico. Ele favorece e encoraja o apostolado dos leigos. A Cúria romana lhe deve uma reorganização que a tornou mais eficaz e mais rápida em suas decisões.
Em seu pontificado houve também a condenação do modernismo com a encíclica Pascendi. Condenação corajosa, pois São Pio X não se contenta com uma análise clara e profunda, mas coloca em sua encíclica medidas disciplinares para impedir o modernismo de se infiltrar no interior da Igreja. A Pascendi foi ainda profética, pois o Papa previu as conseqüências graves para a fé se os erros triunfassem. Depois do Concílio Vaticano II e suas reformas, podemos constatar como Pio X tinha razão.
Por sua santidade, por seu espírito eminentemente sobrenatural, pela sabedoria de seu governo, o Papa São Pio X deixa o exemplo sempre atual para nossa época de apostasia geral.
“Para fazer reinar Jesus Cristo, nada é mais necessário do que a santidade do clero”. (carta ao Cardeal Respighi, 1904).
“Estamos, infelizmente, num tempo em que se acolhem e adotam com grande facilidade certas idéias de conciliação da fé com o espírito moderno, idéias que conduzem muito mais longe do que se pensa, não somente à fraqueza mas à perda total da fé” (alocução aos cardeais, 27 de maio de 1914).
O modernismo: “síntese de todas as heresias”, “caminho para o ateísmo”, “ataque aos fundamentos da fé”.
“Vocês alargam as portas para introduzir aqueles que estão fora, e enquanto isso fazem sair aqueles que estão dentro” (São Pio X ao modernista Semeria).
Os compromissos “sem converter nenhum de nossos adversários (...) causam grande dano aos bons: estes, procurando a luz, encontram as trevas (...). Nossa bandeira deve ser desfraldada; é somente pela lealdade e franqueza que podermos fazer algum bem” (carta ao Prévost de Casalpusterlengo, 20 de outubro de 1912).
(Revista SIM SIM NÃO NÃO n° 9 ― Setembro de 1993)