Skip to content

Como fazer com que as crianças amem a Santíssima Virgem?

Irmãs da Fraternidade Sacerdotal São Pio X

 

«Ó Mamãe, não posso dizer o quanto eu te amo!» Que mãe não se emocionaria ao ouvir essas palavras balbuciadas por sua filhinha de quatro anos? É assim que a criança mostra sua gratidão. É claro que a grandeza do sacrifício materno e do seu grande amor permanece parcialmente oculta. Mas a criança, mesmo pequenina, percebe o amor no coração de sua mamãe. Ele vê — antes, ele sabe — que sua mãe está sempre presente para ele. Se ele cai enquanto brinca: é para a mãe que corre. Se sua noite é interrompida por pesadelos: seu choro é pela mamãe. Se está com sede ou doente: não tem nem de pensar, ele sabe que sua mãe irá ajudá-lo.

Sim, mesmo aos olhos das criancinhas, o coração materno é necessário e sem limites. À sua maneira, procura retribuir demostrando o seu amor. Ela colhe flores com muito carinho para oferecê-las à mamãe! «Se o papai faz, eu também posso fazer isso pela mamãe». Se sua mãe está doente ou cansada, a criança se aproxima com um copo d'água, acompanhando seu gesto com um beijo. «Mamãe faz assim quando estou doente, também vou fazer»

Vocês sabem bem, queridas mães, que seu filho tem outra mãe, a do próprio Deus. O vosso grande desejo é que ele conheça esta Mãe por excelência que, sem estar visivelmente presente em casa, dá todo o seu carinho maternal a cada um dos seus filhos. Em face das inevitáveis ​​separações aqui embaixo entre mãe e filho, que consolo saber que esta mesma Mãe lhes assistirá!

Como pôr em prática essa verdade, como tornar a nossa Mãe Celeste conhecida e amada pelas crianças? Ainda tão pequenino, é ele capaz de entender?

 

fotos e buquês

Desde cedo, os ouvidos do pequeno ouvem o que mamãe e papai falam. O bebê reconhece rapidamente a voz de seus pais e não demora muito para reconhecer os rostos ao seu redor. Não falamos com ele antes mesmo que saiba balbuciar “mamãe”...”papai”? Esses nomes lhe são repetidos muitas vezes antes do dia em que os pronunciará. Por que não adicionar os Santos Nomes de “Jesus” e de “Maria” à lista das primeiras palavras? Aproveite para mostrar-lhe imagens dos membros da sua família celestial: ele logo os reconhecerá.

Em cada etapa do despertar de sua alma, há ocasiões para apresentar canções, belas histórias ou livrinhos que lhe falem da Virgem Maria. Além disso, se as estátuas ou imagens da Santíssima Virgem ocuparem lugar de honra na sala de estar, a criança naturalmente dirigirá seus pensamentos para a rainha da família. Cada palavra, cada ação que procede do amor do papai e da mamãe pela Santíssima Virgem não será ignorada. Ao contrário, a criança batizada considera tudo isso normal e o imita.

São inúmeras as ocasiões para mover o coração dos pequeninos: mamãe coloca o buquê que papai ou que a criança lhe deu diante da imagem da Virgem; Papai vai rezar em frente da estátua de Maria depois da missa dominical; toda a família vai à procissão de 15 de agosto ou às cerimônias em honra da Virgem Peregrina.

E o terço... Com que idade pode ser introduzido? Como fazê-lo? É pedir demais para as crianças? Pensemos nisso.

 

O terço dos pequeninos

O terço consiste nas orações fundamentais que todo católico deve saber de cor. Que melhor maneira para uma criança aprender essas orações do que as repetir enquanto reza o Rosário?

A criança nunca é jovem demais para começar a fazer suas orações da manhã e da noite e para se habituar a voltar seus pensamentos para Deus muitas vezes ao longo do dia. O terço rezado em família só pode ajudá-la a fazê-lo.

Assim que percebermos que a criança é capaz de aprender a Ave Maria, podemos deixá-la rezar a primeira parte de uma dezena. Claro, é preciso ter muita paciência no início, para ela dizer cada palavra com mamãe ou papai. Em um clima de encorajamento, a criança aprenderá mais rapidamente e com mais vontade.

O terço! Que lição eficaz para o pequeno ter um livro no qual acompanha a vida de Jesus e de Maria ao ritmo dos mistérios do rosário! Depois da oração, que alegria para os pequeninos se revezarem apagando a vela acesa diante da imagem da Virgem, enquanto os mais velhos levam a sério o privilégio de acendê-la antes da oração em família!

Convenhamos, o terço em família exige muito esforço no início. É preciso escolher um horário conveniente, em que todos possam participar (sem escolher um horário em que todos estejam exaustos!). Deus dá a graça de ser fiel ao terço e, pouco a pouco, ele se torna um hábito. Vinte minutos por dia, é tanto tempo assim para passar com quem realmente amamos?

Nossa Senhora, ela mesma, pediu aos três pastorzinhos de Fátima que rezassem o Rosário, e os três videntes, ainda muito jovens, já tinham o hábito de o fazer.

Por fim, admiremos a educação religiosa dada pela Sra. Vianney aos seus filhos. Ainda pequeno, o santo Cura escutava sua mamãe lhe falar sobre o Céu, sobre a Santíssima Virgem antes de dar-lhe a boa noite. Tão logo o pequeno Jean-Marie foi capaz de fazê-lo – tinha três anos – aprendeu a rezar a Ave Maria, a oração, dizia ele, que jamais cansa a Deus. Anos mais tarde diria: “A Santa Virgem é a minha afeição mais antiga; eu a amei antes mesmo de conhecê-la... Depois de Deus, foi obra da minha mãe, quanta sabedoria ela tinha!”

 

Fideliter n° 191 – setembro-outubro, 2009

AdaptiveThemes