Oitava da Páscoa e primeiro domingo depois da Páscoa
Paramentos brancos
Chama-se este domingo – Quasi modo – das primeiras palavras do Intróito e in albis porque nele depunham outrora a túnica branca do batismo.
Para ensinar os seus filhos recém-nascidos para a graça com que generosidade devem confessar o nome de Jesus, a Igreja os conduz à Basílica de São Pancrácio, que, aos doze anos, rendeu ao Senhor o testemunho do sangue.
Todo cristão deve dar testemunho de Cristo. A fé no Filho de Deus ressuscitado dar-lhe-á coragem para vencer os poderes do mal, para vencer o mundo, como diz São João. É necessário, pois, que esta fé em Jesus tenha uma base sólida; e a Igreja no-la oferece na missa de hoje. Esta fé deve ter por base, diz São João, o testemunho das três Pessoas Divinas e o da água, do sangue e do espírito que no batismo, no calvário e na vida da Igreja e dos cristãos dá testemunho da divindade de Jesus. A dupla aparição do Senhor aos apóstolos e a incredulidade de Tomé que cede à evidência mais nos confirmam nesta fé.
Pela nossa crença esclarecida e forte e pela nossa conduta impoluta rendamos à divindade do Senhor, no meio desta sociedade corrompida, o testemunho sincero da nossa alma.
Do Evangelho: “A dureza dos discípulos em acreditar na Ressurreição, diz S. Gregório, não foi apenas sinal de que eram ainda enfermos na fé, mas antes argumento para firmar a nossa fraqueza. Menos me aproveita a mim Madalena que logo acreditou, que Tomé que duvidou por muito tempo; porque o apóstolo, tocando nas chagas, amputou-nos do peito a raiz da dúvida”
Missal Quotidiano e Vesperal por Dom Gaspar Lefebvre, Beneditino da Abadia de S. André. Bruges, Bélgica: Desclée de Brouwer e Cie, 1952.