Skip to content

15. Os pecadores

Os Pecadores

 

Mesmo depois da Comunidade se ter submetido aos pedidos de N. S., sobre estes dois pontos, Jesus não deixou de continuar a pedir. Era cada vez mais solícito em apresentar as suas Chagas como fontes de graças para os pecadores e como lições eloqüentes para as almas religiosas:

“Há muito tempo - é sempre Jesus que fala - que Eu desejo ver-vos distribuir os frutos da minha Redenção! Vós fazeis agora o que Eu quero pela salvação do mundo. - A cada palavra que pronunciais do terço da misericórdia, Eu deixo e cair uma gota do meu Sangue sobre a alma dum pecador.”

“Os homens calcam aos pés o meu Sangue, e Eu quero que vós, minhas esposas, me ameis e trabalheis por meu amor. Se com todas as riquezas encerradas nas minhas Chagas para vós, não vos aproveitásseis delas, seríeis bem culpadas...”

“- As almas que não veneram as minhas Santas Chagas e que, pelo contrário, as ridicularizam, essas almas rejeito-as.”

“Os pecadores desprezam o Crucifixo; agora tenho paciencia, mas virá um dia em que me vingarei.”

“Vem com o teu coração, minha esposa, vem com o teu coração bem vazio, porque Eu tenho bem com que o encher. Vem à conquista das almas.”

E mostrando-lhe no mundo uma quantidade de pecadores disse:

“Eu tos mostro, para que não percas tempo.”

Durante o mês do Preciosíssimo Sangue, a visão de Jesus Crucificado tornava-se habitualmente constante à Irmã Maria Marta:

“Minha filha, sofri tanto por uma só alma, como por todas juntas... A Redenção foi abundante!”

E o Sangue Redentor corria em abundância das Chagas adoráveis, e Jesus dizia com amor:

“Este é o Sangue do teu Esposo!... do teu Pai!... Pelas vossas almas é que ele foi derramado! - Só Eu podia derramar assim este Sangue Divino!... Minha filha, Eu sou teu Esposo! Sou todo teu, por amor das almas!...”

Algumas vezes, via ela a Justiça de Deus irritada, pronta a castigar o mundo:

“Não me peças, quero castigar”, dizia Jesus Cristo na sua indignação.

“O mundo para ser regenerado precisava duma segunda redenção.”

O Padre Eterno, intervindo, declarava:

“Nao posso dar o meu Filho uma segunda vez.”

Mas a nossa Irmã compreendia que, pela oferta repetida das Santas Chagas, nós podíamos operar esta redenção. - À medida que ela as oferecia, via a cólera divina transformar-se em graças suavíssimas, as quais se derramavam sobre o mundo.

“Minha filha - dizia noutra ocasião Nosso Senhor - é preciso ganhar a palma da vitória: ela vem da minha Santa Paixão... No Calvário, parecia a Vitória impossível e, todavia, foi lá que o meu triunfo se manifestou. - Desejo constantemente que os homens aproveitem a minha Redenção, mas - sejam fiéis ou não - sempre hão-de contribuir para a minha glória.”

Nosso Senhor assustou-a mostrando-lhe a sua justiça excitada pelos pecados dos homens... Ela, consternada, exclamou, humilhando-se profundamente:

“Meu Deus, não olheis para a nossa miséria, mas olhai para a vossa misericórdia.”

E recomeçou a aplacar o Salvador com as invocações multiplicadas às Santas Chagas.

“Oferece-mas muitas vezes para me ganhar pecadores, dizia o Bom Mestre, animando-a, porque Eu tenho fome de almas!...”

AdaptiveThemes