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Capítulo 7 -- A Igreja desfigurada

John Vennari

Podemos dizer seguramente que a devoção à Sagrada Face tem uma importância especial para o nosso tempo, principalmente por esta razão: o Céu nos disse por meio da Irmã Maria de São Pedro que a Sagrada Face de Jesus é um símbolo da religião católica. Ainda mais, a imagem de sua Face que Ele nos deu para nossos tempos não é uma imagem bela, saudável e encantadora, mas surrada, sofredora e desfigurada: a imagem sofrida do Véu de Verônica1.

Como não ver nisso uma profecia velada para a Igreja de nossos dias? A crise de Fé que atingiu a Igreja desde os anos 1960 desfigurou a face do Catolicismo. Desfigurados foram o Santo Sacrifício da Missa, a teologia, a instrução religiosa católica para adultos e crianças, a formação nos seminários, os conventos e a vida religiosa, o interior de nossas igrejas; até o ensinamento católico sobre o sacramento do matrimônio está sendo desfigurado2. Em suma, a religião católica, representada pela Sagrada Face de Cristo, está agora desfigurada pelo cruel açoite do aggiornamento. Na mesma linha, há razões adicionais para considerar as revelações da Irmã Maria de São Pedro uma profecia para os dias de hoje.

 

1) A Igreja será eclipsada”

Como já mencionado, há uma conexão entre as revelações de Nosso Senhor para a Irmã Maria e as de Nossa Senhora em La Salette. Ambas alertaram para a necessidade de reparação pelos pecados de blasfêmia e de profanação dos domingos. Mas nossa Bem-Aventurada Mãe também previu uma grande crise na Igreja. Entre outros avisos, Nossa Senhora de La Salette disse: “A Igreja será eclipsada.” 3 Esse período de provação para a Igreja, predito por Nossa Senhora, parece ter seu reflexo na Face desfigurada de Jesus, que é o símbolo da religião católica esbofeteada por seus inimigos. Lembremo-nos das palavras de Nosso Senhor:

“A Terra está coberta de crimes! Meu Pai está irado com a violação dos três primeiros Mandamentos de Deus. A blasfêmia para com o Santo Nome de Deus e a profanação do Santo Dia do Senhor completam a medida das iniqüidades. Esses pecados subiram ao Trono de Deus e provocaram sua cólera, que irromperá se sua justiça não for aplacada. Em nenhuma outra época esses crimes alcançaram tal ponto.” 4

Até esse ponto, nossa ênfase tem sido nos avisos do Céu sobre as violações ao Segundo e Terceiro Mandamentos, que são os pecados da blasfêmia e da profanação dos domingos. Contudo, Nosso Senhor, na citação acima, está indo além e menciona especificamente “a violação dos três primeiros Mandamentos”, que inclui o Primeiro: Eu sou o Senhor teu Deus. Não terás outros deuses diante de Mim.” O que constitui, então, um pecado contra o Primeiro Mandamento? A resposta encontra-se no Catecismo do Concílio de Trento, no Catecismo de São Pio X e no Catecismo de Baltimore5. Em resumo, o Primeiro Mandamento proíbe idolatria, superstição, espiritismo, tentar a Deus, sacrilégio e pecados contra a Fé. O catecismo então pergunta: “Como um católico peca contra a Fé?” Resposta: “Um católico peca contra a Fé por apostasia, heresia, indiferentismo e ao tomar parte num culto não católico.” 6

Ao tomar parte num culto não católico! Isso é, de fato, uma poderosa acusação contra a presente prática ecumênica, que tem varrido e desfigurado a Igreja desde o Concílio. Por causa do ecumenismo, testemunhamos o inaudito escândalo de prelados, padres e leigos católicos rezando publicamente com membros de falsas religiões, e até mesmo conduzindo liturgias interdenominacionais [que não são liturgia de forma alguma] dentro de igrejas protestantes. Vemos nossos líderes do mais alto escalão na Igreja dialogando com a heresia, em vez de combatê-la aberta e corajosamente. Pela primeira vez em nossa história sagrada, desafiando dois mil anos de ensinamento católico, é política eclesiástica aceitar membros de falsas religiões com suas falsas crenças, em vez de combater seus erros e trabalhar para convertê-los à única verdadeira Igreja de Cristo. Isso é particularmente evidente na conhecida declaração do Cardeal Walter Kasper, então prefeito do Pontifício Conselho do Vaticano para Promoção da Unidade Cristã: “...hoje em dia não entendemos mais o ecumenismo no sentido de um retorno, pelo qual os outros ‘seriam convertidos’ e voltariam a ser ‘católicos’. Isso foi expressamente abandonado no Vaticano II.” 7

Essa declaração, que despreza o exaustivamente definido dogma de que “fora da Igreja não há salvação”, realmente reflete o verdadeiro “Espírito do Vaticano II”. O Padre Joseph Ratzinger, em seu livro de 1966 Theological Highlights of Vatican II, disse a mesma coisa sobre a nova orientação do Concílio em relação aos não-católicos:

“A Igreja Católica não tem qualquer direito de absorver as outras Igrejas... [uma] unidade básica ― de Igrejas que permanecem Igrejas, mas que se tornam uma só Igreja ― tem de substituir a idéia de conversão, mesmo que a conversão retenha sua significância para aqueles motivados em consciência a buscá-la.” 8

Essa nova orientação, que alega que não-católicos não precisam se converter porque já são “de alguma forma misteriosa” 9 parte da Igreja de Cristo, desafia o ensinamento perene da Igreja sobre a necessidade de não-católicos abandonarem seus erros e retornarem à única verdadeira Igreja de Jesus Cristo, como resumido por Pio XII, em 1949, numa Instrução sobre o movimento ecumênico:

“...a doutrina católica completa e inteira deve ser apresentada e explicada: de forma alguma é permitido deixar em silêncio ou dissimular por termos ambíguos a verdade católica sobre [...] a única verdadeira união que acontece por meio do retorno dos dissidentes à única Igreja de Cristo10. [a Igreja Católica]”

Além disso, essa recusa em combater a heresia, particularmente a heresia do protestantismo, traz à mente as palavras do renomado escritor do século XIX, o Padre Frederick Faber: “Onde não há ódio pela heresia, não há santidade.” 11

Uma das muitas razões pelas quais a Igreja sempre proibiu esse tipo de prática ecumênica propagada desde o Vaticano II deve-se ao fato de que ela põe a única verdadeira religião estabelecida por Nosso Senhor em pé de igualdade com credos inventados pelo homem. De fato, os dois mil anos de ensinamento católico condenando o ecumenismo estão sumarizados na Encíclica de Pio XI de 1928, Mortalium Animos; uma condenação profética e completa do ecumenismo do Vaticano II. Foi ali que o Papa Pio XI alertou:

“...é manifestamente claro que a Santa Sé não pode, de modo algum, participar de suas assembléias e que, aos católicos, de nenhum modo é lícito aprovar ou contribuir para essas iniciativas [ecumênicas]: se o fizerem concederão autoridade a uma falsa religião cristã, sobremaneira alheia à única Igreja de Cristo.” 12

Da mesma forma, o bispo Dom George Hay demonstra magistralmente a condenação das Escrituras a respeito da associação religiosa com não-católicos, especialmente em seu livro The Sincere Christian (O Cristão Sincero), sob o título “Sobre a comunicação em religião com aqueles que estão separados da Igreja de Cristo”.

Tragicamente, o “pan-cristianismo” condenado por Pio XI, por todos os seus predecessores e pelas Sagradas Escrituras é visto agora pelos homens nos mais altos escalões de nossa Igreja como um limiar de esperança. Assim, na ordem objetiva13, o acomodamento do ecumenismo com falsas religiões constitui um pecado contra o Primeiro Mandamento, um dos três que Nosso Senhor disse estarem sendo especialmente violados em nosso tempo e merecedor de severo castigo. E temos visto os resultados do ecumenismo: desfigura e eclipsa o Catolicismo, porque tenta acomodar a verdade católica com os erros dos hereges. A Missa Nova, fabricada de acordo com os princípios do ecumenismo e elogiada por muitos protestantes como aceitável para eles14, é provavelmente o exemplo mais notável de como o ecumenismo desfigura a verdadeira Fé católica. Mais exemplos serão dados adiante.

 

2) A Blasfêmia dos Hereges

Nosso Senhor queixou-se com a Irmã Maria de São Pedro sobre os pecados contra o Segundo Mandamento, nomeadamente a blasfêmia. Se consultarmos o Catecismo do Concílio de Trento, veremos que quem apóia a heresia e “destitui a Sagrada Escritura de seu sentido reto e verdadeiro” é culpado de pecado contra o Segundo Mandamento15. Assim, aqueles que distorcem o significado das Escrituras ― especificamente, os protestantes ― são, na ordem objetiva, culpados desse pecado, porque a perversão das Sagradas Escrituras é uma irreverência em relação à Santa Palavra de Deus. Em contraste, em nome do ecumenismo, católicos são agora encorajados a assistir a palestras de pastores em templos protestantes16. Além disso, o Diretório para a Aplicação dos Princípios e Normas sobre o Ecumenismo, publicado pelo Vaticano em 1993, encoraja uma inaudita camaradagem ecumênica entre católicos e não-católicos, algo sempre considerado pela Igreja como um grave pecado contra a Fé. O Diretório:

  • encoraja “exercícios espirituais” e “retiros” em comum entre católicos e protestantes [#114];
  • permite que não-católicos ensinem em Seminários [#81];
  • encoraja os bispos diocesanos a emprestarem as igrejas paroquiais de sua diocese para que não-católicos realizem ali seus cultos [#137];
  • incentiva a promoção de cultos interdenominacionais entre católicos e protestantes em suas respectivas igrejas [#112];
  • encoraja a publicação conjunta de uma Bíblia interdenominacional entre católicos e protestantes [#185];
  • desencoraja católicos a tentarem converter não-católicos [#23, #79, #81, #125];
  • recomenda a construção de uma igreja única que pertença a católicos e não-católicos e por ambos seja utilizada [#138];
  • recomenda ainda que, nessas igrejas compartilhadas, o Santíssimo Sacramento seja colocado numa capela ou sala separada para não ofender aos que não crêem [#139] 17.

Os líderes de nossa Igreja praticamente abandonaram o ensinamento tradicional do Catecismo do Concílio de Trento. Enviam agora católicos para os braços dos protestantes que, na ordem objetiva, blasfemam contra Nosso Senhor por meio da perversão de Sua Palavra nas Sagradas Escrituras. À luz dos pedidos de reparação de Nosso Senhor à Irmã Maria de São Pedro pelos pecados contra o Segundo Mandamento, talvez possamos empreender a prática diária da oração da Seta de Ouro em reparação a Nosso Senhor pela irreverência dos protestantes em relação às Sagradas Escrituras e pelos iludidos “ecumenistas católicos” que promovem a camaradagem religiosa com membros de falsas religiões e dela participam.

 

3) A Infiltração Comunista na Igreja

Há uma terceira razão pela qual as revelações de Nosso Senhor à Irmã Maria de São Pedro parecem ter uma aplicação especial para nossa época. Em 1847, Nosso Senhor nomeou os comunistas como “os inimigos da Igreja e de seu Cristo” 18. Disse também que puniria o mundo não por meio dos elementos, mas antes pela “malícia dos homens rebeldes” 19. Mais de cem anos depois, vivemos agora num período em que as ações maliciosas desses “homens rebeldes” têm uma influência direta na desfiguração da religião católica, representada na Face torturada de Cristo.

A Dra. Bella V. Dodd foi uma comunista de alto escalão, designada como Advogada Geral do Partido Comunista nos Estados Unidos. Posteriormente, entretanto, retornou à Fé católica, que tinha abandonado cedo em sua vida. Na década de 1950, após sua conversão, ministrou numerosas palestras sobre a bem-sucedida infiltração comunista nas instituições religiosas e na Igreja Católica em particular, explicando que, nos anos 30 e 40, o Comitê Central havia decidido enviar radicais aos seminários para subverter a Igreja desde dentro. Agentes comunistas começaram a fazer isso por todo o Ocidente e a própria Bella Dodd, segundo conta, recrutou pessoalmente mais de mil jovens radicais para que entrassem em seminários católicos ― e ela foi apenas uma dentre os comunistas que assim fizeram20.

Outro ex-comunista, o Sr. Manning Johnson, deu um testemunho similar. Em 1953, declarou ao Comitê de Atividades Antiamericanas:

“Uma vez que a tática de infiltração em instituições religiosas foi estabelecida pelo Kremlin, (...) os comunistas descobriram que a destruição da religião poderia ocorrer muito mais rapidamente por meio da infiltração da Igreja por comunistas que operassem de dentro dela.”

E completou: “O sucesso dessa política de infiltração de seminários foi além de nossas expectativas comunistas.” 21 Provavelmente não foi coincidência que, ao mesmo tempo em que o Sr. Johnson dava esse testemunho, os dominicanos franceses tivessem se tornado tão comunistas em sua conduta a ponto de, em 1953, a Ordem ter escapado por pouco de ser dissolvida por comando do Papa Pio XII22. Falando da infiltração de instituições religiosas em geral, Manning Johnson explicou:

“...o grande plano para tomar as organizações religiosas foi gestado realmente durante aquele período particular [1935], e o fato de que os comunistas possam se gabar nas manchetes do Daily Worker de terem o apoio de 2.300 ministros protestantes é resultado daquele plano, que começou nos anos 30, quando eu era membro do Partido Comunista.” 23

Outro depoimento de Bella Dodd chegou-me por uma testemunha de primeira mão, um conhecido meu, agora falecido, que a ouviu pessoalmente no início da década de 1950 dizendo que os comunistas, àquela altura, tinham seus homens instalados nos mais altos postos da Igreja Católica. Esses homens estavam trabalhando para que a Igreja sofresse tal mudança que não seria mais capaz de fazer algo efetivo contra o comunismo. No início dos anos 50, descrevendo as mudanças que aconteceriam no futuro, Bella Dodd previu que “em dez ou quinze anos, vocês não reconhecerão a Igreja Católica.” Ela explicou que a tática era destruir não a instituição da Igreja, mas antes a Fé das pessoas, e até usar a própria instituição, se possível, para destruir a Fé por meio da promoção de uma pseudo-religião ― algo que se parecesse com o catolicismo, mas que não o fosse realmente24.

A Sra. Dodd também afirmou que os comunistas eram uma força atuante nas Nações Unidas25, e que o Conselho Mundial de Igrejas pertencia, “de cabo a rabo”, a eles. Isso é especialmente digno de nota, já que esse Conselho foi um pioneiro em termos de “diálogo” e ecumenismo. O CMI vangloria-se de ser “o instrumento mais abrangente do movimento ecumênico no mundo de hoje.” 26

O período de tempo indicado por Bella Dodd para a violenta convulsão na Igreja (“dez ou quinze anos” a partir do início da década de 1950) coincide precisamente com o acordo Roma-Moscou. Às vésperas do Vaticano II, os líderes de nossa Igreja prometeram não condenar o comunismo em troca da participação de observadores russo-ortodoxos no Concílio27. Esse acordo também forma a base da Ostpolitik28 da Igreja com a China comunista, sendo ainda parte da nova abordagem do Vaticano II que promove a alegada “abertura ao mundo”, em lugar da confrontação corajosa dos graves males. O resultado foi aquele previsto por Bella Dodd: a Igreja Católica não é mais capaz de fazer algo efetivo, nem mesmo remotamente, contra o comunismo e outros programas anticristãos29. A previsão de Bella Dodd também coincide com a violenta onda que atingiu a Igreja nos anos 60 devido ao progressismo e ao ecumenismo do Concílio Vaticano II, que continua a desfigurar nossa religião até hoje30.

Por essas e outras razões, penso que podemos considerar as revelações de Nosso Senhor sobre a reparação à Sagrada Face como uma profecia velada sobre a presente crise de Fé. Praticar essa devoção, creio, é um meio especial de fazer reparação a Nosso Senhor pelos ultrajes que Ele sofre em nossos tempos, e poderia até nos dar, talvez, graças especiais para sermos fiéis até a morte ao ensinamento e à prática tradicionais da Igreja durante este período de ― nas palavras da Irmã Lúcia de Fátima ― “desorientação diabólica” da alta hierarquia. E mesmo que essa devoção não nos dê essas graças automaticamente, podemos certamente pedi-las em nossas orações à Sagrada Face. Nosso Senhor nos deu grande esperança em uma das Nove Promessas31: “Por essa oferta [de sua Sagrada Face], nada vos será recusado.”

Para encerrar esta seção sobre a presente crise na Igreja, há uma última citação de Nosso Senhor que tem especial relevância. Em 13 de fevereiro de 1848, numa das mensagens finais dadas à Irmã Maria de São Pedro, Nosso Senhor fez um apelo urgente: “A Igreja está ameaçada por uma horrível tempestade. Rezai! Rezai!” 32

Os comentaristas da época interpretaram essas palavras como uma previsão dos sofrimentos pelos quais a Igreja passou durante as revoluções do século XIX na França e na Itália. Mas à luz das considerações acima, essa previsão parece aplicar-se ainda mais à crise de Fé existente desde o Concílio Vaticano II, porque, de fato, a Igreja passa agora por “uma horrível tempestade”. Até o Papa Paulo VI teve de admitir em 1972 que “a fumaça de Satanás entrou na Igreja de Deus.” 33 Tragicamente, tudo na Igreja tornou-se ainda mais desfigurado desde que Paulo VI pronunciou essas terríveis palavras.

  1. 1. Disse a Irmã Maria de São Pedro: “Uma luz interior me fez compreender que a Igreja é a Face do Corpo Místico de Jesus Cristo e que está agora coberta de feridas pelos ímpios!” VSSP, p. 398.
  2. 2. Ver “A Short Carthism on the Synod of Surrender”, Catholic Family News, set/2015; e “Synod 2015: A New Phase of Conciliar Destruction”, Catholic Family News, nov/2015, ambos de John Vennari.
  3. 3. Citação traduzida do livro Le Secret de La Salette et L’Apparition de la Très Sainte Vierge sur la Saint Montagne, de Mélanie Calvet, a Pastora de La Salette (Paris, 1905), com Imprimatur de 1879 de Dom Zola, bispo de Lecce, p. 16. Essa edição também contém a famosa profecia de Nossa Senhora: “Roma perderá a Fé e se tornará a sede do Anticristo,” p. 15.
  4. 4. VSSP, pp. 149-150. Vale notar que Nosso Senhor comunicou esse alerta nos anos 1840, que poderiam ser chamados de “bons e velhos tempos”. Ao entrarmos no 50º aniversário da revolução do Vaticano II, tudo na Igreja e no mundo está muito pior.
  5. 5. O Catecismo de Baltimore foi preparado por ordem do Terceiro Concílio de Baltimore (1884) e utilizado no ensino católico nos Estados Unidos entre 1885 e o final da década de 1960. [N. do T.]
  6. 6. Citação extraída de Scriptural References for the Baltimore Catechism, do Rev. G.H. Guyot. Publicado originalmente [com imprimatur] em 1946. Republicado por Roman Catholic Books, Harrison, NY. Questão Nº 205 do Catecismo, p. 60.
  7. 7. Adisti, 26 de fevereiro de 2001. Traduzido da versão inglesa incluída no artigo “Where Have They Hidden the Body?” de Christopher Ferrara, The Remnant, 30 de junho de 2001.
  8. 8. [Negritos nossos] Theological Highlights of Vatican II, Joseph Ratzinger [Paulist Press, New York, 1966], pp. 65-66. Para uma discussão mais completa do livro do Padre Ratzinger, ver “Vatican II vs. the Unity Willed by Christ”, de J. Vennari, Catholic Family News, dezembro de 2000.
  9. 9. A controversa terminologia utilizada pelo Vaticano II para favorecer essa falsa noção encontra-se em Lumen Gentium 8, onde se diz “A Igreja de Cristo subsiste na Igreja Católica” em lugar da definição de Pio XII de que a Igreja de Cristo É a Igreja Católica [Mystici Corporis, Papa Pio XII]. O Cardeal Joseph Ratzinger, que sempre foi um progressista, admitiu que o termo “subsiste” foi usado no Concílio para favorecer a [falsa] noção de que a Igreja de Cristo é realmente maior do que a Igreja Católica. Ratzinger disse: “Quando os Padres Conciliares substituíram a palavra ‘é’ pela palavra ‘subsiste’, fizeram-no por uma razão muito precisa. O conceito expresso por ‘é’ (ser) é bem mais amplo do que o expresso por ‘subsistir’. ‘Subsistir’ é uma forma de ser muito precisa, a saber, ser como um sujeito, que existe em si mesmo. Assim, os Padres Conciliares quiseram dizer que o ser da Igreja como tal é uma entidade mais ampla que a Igreja Católica Romana, mas dentro desta aquela adquire, de uma forma incomparável, o caráter de um verdadeiro e próprio sujeito.” – Entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine [22 de setembro de 2000]. Para mais informações, ver o título “The Neo-Modernists Hail the ‘New’ Church of Vatican II”, em The Devil’s Final Battle, 2ª edição, 2010, publicado por The Missionary Association, pp. 64-65.
  10. 10. Traduzido da versão em inglês de Instruction of the Holy Office on the Ecumenical Movement (20 de dezembro de 1949), disponível em http://www.ewtn.com/library/curia/cdfecum.htm.
  11. 11. Faber, Padre Frederick W., The Precious Blood, Capítulo VI, “The Devotion To The Precious Blood”, publicado originalmente por Burns Oates & Washbourne Ltd., editores para a Santa Sé. Publicado atualmente por Tan Books & Publishers, Rockford, IL, pp. 270-271.
  12. 12. Encíclica Mortalium Animos, Sobre a Promoção da Verdadeira Unidade de Religião, Papa Pio XI, 6 de janeiro de 1928. Disponível em www.vatican.va.
  13. 13. Este é o primeiro princípio dado por Dom George Hay em sua exposição sobre a proibição das Sagradas Escrituras a respeito da comunicação religiosa entre católicos e não-católicos: “O primeiro se baseia na luz sob a qual se consideram todas as falsas religiões nas Sagradas Escrituras; porque lá somos assegurados de que aquelas surgem de falsos mestres, chamados de sedutores dos povos, lobos vorazes, falsos profetas, que falam coisas perversas: que são anticristos e inimigos da cruz de Cristo; que, afastando-se da verdadeira fé de Cristo, dão atenção ao espírito de erro; que suas doutrinas são doutrinas de demônios mentirosos; que seus caminhos são perniciosos, suas heresias execráveis, e assim por diante. Em conseqüência, esta ordem geral de evitar toda comunicação com eles em matéria de religião é dada pelo Apóstolo: “Não vos prendais ao jugo com os infiéis. Porque que união pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comércio entre a luz e as trevas? E que concórdia entre Cristo e Belial? Ou que sociedade entre o fiel e o infiel? E que consenso entre o templo de Deus e os ídolos? Porque vós sois o templo de Deus vivo.” [2Cor 6,14-16] Bispo Hay, The Sincere Christian, [James Duffy & Sons, Dublin – Imprimatur de G. J. Walsh, Arcebispo de Dublin] pp. 548-549. Essa seção da obra de Dom Hay está publicada em Catholic Family News, fevereiro de 2014.
  14. 14. Por exemplo, o irmão protestante Roger Schultz, de Taizé, disse: “As novas Orações Eucarísticas têm uma estrutura correspondente à da missa luterana.” M. G. Siegle, professor de teologia dogmática na faculdade protestante de Estrasburgo, escreveu: “Nada na Missa renovada precisa realmente preocupar o protestante evangélico.” Esses testemunhos de protestantes, juntamente com inúmeros outros, fizeram o filósofo católico Romano Amerio lamentar: “Deve-se, portanto, reconhecer que a reforma transformou uma Missa católica que era inaceitável para protestantes numa Missa católica que é aceitável para protestantes.” Romano Amerio, Iota Unum [Sarto House, 1996], pp. 651-652.
  15. 15. O Catecismo ensina: “Ao proibir o perjúrio, a Escritura acrescenta: ‘Não mancharás o Nome do teu Deus’ (Lv 19,12). Assim proíbe, outrossim, o menosprezo de outras coisas, às quais se deve veneração, em virtude deste mesmo preceito. Tal se dá com a palavra de Deus, cuja majestade não só os homens piedosos, mas às vezes até os ímpios acatam com temor, como se conta na história dos Juízes a respeito de Eglon, rei dos Moabitas (Jz 3,30). Ora, gravíssima injúria faz à palavra de Deus quem destitui a Sagrada Escritura de seu sentido reto e verdadeiro, para abonar doutrinas e heresias de homens ímpios. Contra tal crime nos põe em guarda o Príncipe dos Apóstolos com as palavras: ‘Há algumas coisas difíceis de entender [nas epístolas de São Paulo], que pessoas ignorantes adulteram para a sua própria perdição, bem como outras passagens da Escritura.’ (2Pd 3,16)” Citação extraída do Catecismo Romano, versão portuguesa baseada na edição autêntica de 1566, por Frei Leopoldo Pires Martins, O.F.M. (1951), p. 432.
  16. 16. O Bispo Fabian Bruskewitz, na diocese de Lincoln, Nebraska, permitiu que se divulgasse um programa de sermões que encorajava os católicos a assistirem a palestras de protestantes em templos metodistas, congregacionais e luteranos. [Conforme boletim paroquial da Igreja de Santa Maria da Assunção, David City, NE, de 1996 a 1998.] Documentação fornecida no artigo “Bishop Bruskewitz’s Diocese Oozing with Pentecostalism, Ecumenism and Polka Masses”, John Vennari, Catholic Family News, janeiro de 1999.
  17. 17. Ver o Diretório para a Aplicação dos Princípios e Normas sobre o Ecumenismo [1993], publicado pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, disponível em www.vatican.va em alemão, espanhol, francês, inglês e italiano. Um tratamento conciso desse documento encontra-se no artigo The Ecumenical Church of the Third Millenium, Catholic Family News, janeiro de 1998.
  18. 18. VSSP, p. 298.
  19. 19. VSSP, p. 267.
  20. 20. Testemunho citado pelo Padre John O’Connor na palestra “The Subversion of Our Church and Our Country” (“A Subversão de Nossa Igreja e de Nosso País”). Oltyn Library Services, Buffalo, NY 14216.
  21. 21. Testemunho de Manning Jonhson, Investigação das Atividades Comunistas na área de New York City ― Parte 7, Audiência diante do Comitê de Atividades Antiamericanas, Câmara dos Representantes, 83º Congresso, 1ª Sessão, 8 de julho de 1953, [publicado pelo Government Printing Office, Washington, 1953] p. 2214.
  22. 22. Dr. Dietrich von Hildebrand, Satan at Work, Remnant Press.
  23. 23. Ibid, nota 83.
  24. 24. Testemunho de B. J. Natale († 1995) de Pine Hill, New Jersey. Já dei essa palestra sobre a Sagrada Face, incluindo o testemunho de Bella Dodd, em diferentes partes do país, de Leste a Oeste. Praticamente, todas as vezes, pelo menos uma pessoa da audiência me disse que ele ou ela também tinham ouvido pessoalmente o testemunho de Bella Dodd nos anos 50 e confirmaram muitos pontos do que Natale havia dito.
  25. 25. “Quando a Conferência de Yalta terminou, os comunistas prepararam-se para apoiar a Carta das Nações Unidas, que seria adotada na Conferência de São Francisco a ser realizada em maio e junho de 1945. Com esse intento, organizei um grupo de oradores e fomos para as esquinas das ruas onde ficam as lojas de chapéus e roupas em New York, e realizamos reuniões a céu aberto em meio às milhares de pessoas que por ali passam na hora do almoço. Falamos da necessidade de união no mundo e a favor das decisões de Yalta.” Extraído de Bella V. Dodd, School of Darkness, [P. J. Kennedy, New York, 1959], p. 179. Da mesma forma, o ex-membro do alto escalão comunista, Joseph Z. Kornfeder, revelou em 1955: “Sua organização interna [da ONU], desenhada por comunistas, é um padrão para conquista sociológica, um padrão destinado a servir ao propósito da penetração comunista no Ocidente. É engenhoso e enganador.” Extraído de G. Edward Griffin, The Fearful Master: A Second Look at the United Nations [Western Islands, Appleton, WI, 1964], p. 75. Para testemunhos adicionais sobre as raízes comunistas das Nações Unidas, ver Global Tyranny, Step by Step, de William Jasper [Western Islands, Appleton, WI, 1996] Capítulo 4: “Reds”. Uma discussão completa sobre o nascimento das Nações Unidas a partir da “malícia dos homens rebeldes” exigiria um estudo separado.
  26. 26. Extraído da publicação do CMI “What in the World is the World Council of Churches?”, 1978.
  27. 27. Ver “O Acordo Roma-Moscou” de Jean Madiran, que publicamos no nosso site (http://permanencia.org.br/drupal/node/5267). [N. do E.]
  28. 28. Neue Ostpolitik (temo alemão para “nova política oriental”), ou simplesmente Ostpolitik, refere-se aqui à política vaticana de aproximação com a então União Soviética e demais países comunistas. [N. do T.]
  29. 29. Por exemplo, durante a IV Sessão do Vaticano II, 450 bispos fizeram uma petição para que os documentos do Concílio incluíssem uma forte condenação ao comunismo. A petição foi propositalmente (e ilegalmente) retida pelo secretário da comissão, Mons. Achile Glorieux, de Lille, França. Como resultado, os Padres Conciliares foram impedidos de ver a petição e o Concílio não contém qualquer condenação ao comunismo. O Mons. Glorieux jamais foi punido por essa ação; ao contrário, acabou sendo nomeado Delegado Apostólico no Cairo. A história completa encontra-se em O Reno se Lança no Tibre, do Pe. Ralph Wiltgen [2007, publicado no Brasil pela Ed. Permanência], pp. 275-280. Da mesma forma, o Pe. Malachi Martin explica, em seu livro The Jesuits, que o alerta dado pelo Vaticano em 1984 sobre a Teologia da Libertação foi escrito propositalmente de forma a não mencionar o comunismo; isso por causa do Acordo Roma-Moscou, ainda vigente, que impede o Vaticano de condenar o comunismo. Ver The Jesuits, [Simon & Schuster, 1987] Capítulo 3.
  30. 30. Delinear a conexão entre a influência da Maçonaria no Vaticano II e a crise pós-Conciliar vai além do escopo deste estudo (sobre esse assunto, publiquei The Permanent Instruction of the Alta Vendita – 1999, TAN Books). Aqui, bastará citar o maçom francês Yves Marsaudon, que disse: “Pode-se dizer que o ecumenismo é o filho legítimo da Maçonaria.” Com isso, não estou dizendo que todos os que praticam o ecumenismo são inimigos deliberados da Igreja. De fato, o Pe. Frederick Faber, em meados do século XIX, alertava que, no futuro, aqueles que causariam maior dano a Cristo e à sua Igreja, aqueles que fariam o trabalho do Anticristo e “crucificariam novamente Nosso Senhor”, não seriam necessariamente homens maus, mas “homens bons que estariam do lado errado.” [Extraído do livro do Pe. Fahey, The Mystical Body of Christ in the Modern World, p. xiii.] É provável que muitos na Igreja que praticam o ecumenismo sejam precisamente isto: homens bons (isto é, bem intencionados) que estão do lado errado.
  31. 31. As Nove Promessas de Nosso Senhor para os que praticarem a Devoção à Sagrada Face. Capítulo VI deste estudo.
  32. 32. VSSP, p. 384.
  33. 33. Papa Paulo VI, discurso em 26 de junho de 1972.
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