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A excomunhão injusta

3.2. A excomunhão injusta

Uma espécie de excomunhão injusta existia (e sempre existiu) entre os judeus 1 e São João nos diz que os chefes judeus favoráveis a Jesus, não ousavam declarar ser Ele o Messias prometido, por medo de serem expulsos da Sinagoga, isto é, formalmente excluídos da comunidade dos crentes por decreto da autoridade 2.

Existe, portanto, a possibilidade de excomunhão infligida injustamente. As "excomunhões" que os fariseus incrédulos e perseguidores ameaçavam infligir aos discípulos de Nossos Senhor (ou se dispunham a fazê-lo), são um exemplo de excomunhão injusta "Expulsar-vos-ão das sinagogas. E tempo virá em que os que vos matarem, julgarão prestar homenagem a Deus. Eles vos tratarão assim porque não conheceram nem o Pai nem a Mim" (Jo 16,2).

Um outro exemplo famoso (de excomunhão injusta) é o da excomunhão de Savonarola, infligida por Alexandre VI 3.

  1. 1. Cf. Das mosaische rabbinische Strafgeselze und strafrechtliche Gerichts Verfahren [o direito penal e o procedimento penal mosaico-rabinico] pelo rabino chefe Hirsch B. Fassel. Gross-Kanischa, 1870.
  2. 2. João, 12, 42-43. Encontra-se uma referência no Antigo Testamento em Pr 22, 10: "Expulsa o mofador e a querela terá fim; as disputas e os ultrajes cessarão”.
  3. 3. Cf. a biografia clássica de R. Ridolfi " Vila de São Girolamo Savonarola", Florença 1974, 5a. ed., pp. 283 seg.
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