A liturgia Católica segue um ritmo anual, durante o qual todo o mistério da vida de Jesus e de nossa Redenção aparece diante de nós, em cada missa, em cada festa, alimentando nossas almas com os textos extraídos das Sagradas Escrituras, trazendo a cada ano um aspecto novo do mesmo mistério, aprofundando assim nosso conhecimento e nossa fé.
Como a Liturgia celebra o Mistério da Encarnação e o Mistério da Redenção, podemos dividir o ano em duas grandes partes:
Ciclo do Natal - corresponde ao Mistério da Encarnação
Ciclo da Páscoa - corresponde ao Mistério da Redenção
O Ciclo do Natal se divide em três Tempos:
Tempo do Advento : preparação do Natal : 4 semanas penitenciais: cor roxa
Tempo do Natal : celebração do Natal : festa do Natal e da Epifania : cor branca
Tempo depois da Epifania: prolongamento: de 3 a 6 semanas antes da Septuagésima: cor verde
O Ciclo da Páscoa se divide em cinco Tempos:
Tempo da Septuagésima: preparação afastada : 3 semanas já sem o Aleluia: Septuagésima, Sexagésima e Qüinquagésima: cor roxa
Tempo da Quaresma: preparação próxima : 4 semanas penitenciais, começando com o jejum da quarta-feira de cinzas: cor roxa
Tempo da Paixão: preparação imediata : Domingo da Paixão, Domingo de Ramos, Semana Santa
Tempo da Páscoa : festa da Páscoa, cinco domingos depois da Páscoa, Ascensão, Pentecostes, Santíssima Trindade : cor branca
Tempo depois de Pentecostes: prolongamento: 24 semanas depois de Pentecostes : simboliza o mistério da Igreja peregrina neste mundo: cor verde.
Depois do último domingo depois de Pentecostes, volta o primeiro domingo do Advento, recomeçando o Ano Litúrgico.
O problema da data da Páscoa
O centro do Ciclo do Natal é a festa do Natal
O centro do Ciclo da Páscoa é a festa da Páscoa.
Ora, se por um lado a festa do Natal é sempre dia 25 de dezembro, por outro lado, a festa da Páscoa muda todo ano. É sempre celebrada num domingo que corresponde a um certo posicionamento da lua. A festa da Páscoa cai sempre entre 21 de março e 25 de abril.
Como antes da Páscoa temos as semanas preparatórias do Tempo da Paixão, da Quaresma e da Septuagésima, todos esses domingos também oscilarão. Se a Páscoa cair muito cedo, empurrará os outros domingos e acontecerá que não haverá domingos suficientes para todos os domingos fixos. Com isso, os últimos domingos depois da Epifania, de cor verde, são ocupados pelos domingos do Tempo da Septuagésima.
Ao mesmo tempo em que este fato empurra o Ciclo da Páscoa em cima do Ciclo do Natal, ele abre um espaço vazio no fim do ano, entre o Tempo depois de Pentecostes e o novo Tempo do Advento. Neste espaço vazio insere-se, então, os domingos que não foram celebrados no início do ano, no Tempo depois da Epifania.
Isso tudo está explicado no Missal dos fiéis.