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Santo Antônio de Pádua

Sermão do Terceiro Domingo da Quaresma

 

Em louvor da Santíssima Virgem Maria.
 
1.            Naquele tempo, levantando a voz uma mulher do meio da multidão, disse-lhe: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos a que foste amamentado etc1.
 
O esposo fala à esposa nos Cânticos2: Ressoe a tua voz aos meus ouvidos, porque a tua voz é doce. A voz doce é o louvor que se tributa à gloriosa Virgem, que nos soa dulcíssima aos ouvidos do Esposo, isto é, de Jesus Cristo, Filho da mesma Virgem. Levantemos, portanto, todos e cada um a voz em louvor da Santíssima Virgem e digamos ao seu Filho: Bem-aventurado o centre que te trouxe e os peitos a que foste amamentado.
 
2.            Bem-aventurado quer dizer bem aumentado3. Bem-aventurado é aquele que possui tudo o que quer e não quer nada de mal4 Bem-aventurado é aquele a quem sucede tudo segundo os seus desejos5. Bem-aventurado, portanto, o ventre da gloriosa Virgem, que mereceu trazer por nove meses todo o bem, o sumo bem6, a felicidade dos anjos, a reconciliação dos pecadores. Por isso, diz S. Agostinho7: Fomos reconciliados só pelo Filho segundo a carne, mas não fomos reconciliados só com o Filho, enquanto Deus. De fato, a Trindade reconciliou-nos consigo enquanto a mesma Trindade provocou a Encarnação só do Verbo. Bem-aventurado, portanto, o ventre da gloriosa Virgem, da qual escreve S. Agostinho no livro De Natura et Gratia8: Quando se trata de pecados, excetuo a Santíssima Virgem, da qual, por honra do Senhor, não quero absolutamente se faça questão alguma. De fato, sabemos que lhe foi conferida mais graça para vencer o pecado, em todos os aspectos, de maneira que merecei conceber e dar à luz aquele que seguramente não teve pecado algum. Excetuada, portanto, esta Virgem, se todos os santos e santas pudessem reunir-se e lhes fosse perguntado se tinham pecado, que responderiam senão o que diz São João9: Se dissermos que não temos pecado, a nós mesmos nos enganamos, e não está em nós a verdade? – Porém, aquela Virgem gloriosa foi prevenida e cheia de graça singular, para que tivesse como fruto do seu ventre aquele mesmo que de início o universo teve como Senhor10.
 
3.            Bem-aventurado, portanto, o ventre. Dele, em louvor de sua Mãe, diz o Filho nos Cânticos11: O teu ventre é como um monte de trigo, cercado de lírios. O ventre da Virgem gloriosa foi como um monte de trigo: monte, porque nele foram reunidas todas as prerrogativas dos méritos e prêmios; de trigo, porque nele, como em celeiro, por diligência do verdadeiro José, foi posto trigo, para não perecer de fome todo o Egito12. O trigo, assim chamado por se enceleirar quando está puríssimo, ou porque se mói e esmaga o seu grão13, que é alvo no interior e avermelhado no exterior, significa Jesus Cristo14, escondido, durante nove meses, no celeiro do santíssimo ventre da Virgem gloriosa, na mó da cruz esmagado po nossa causa, cândido pela inocência da vida, avermelhado pelo derramamento de sangue. Este bem-aventurado ventre foi cercado de lírios. Lírio, vocábulo parecido ao de leite15, simboliza, por causa do seu candor, a Virgindade da Santíssima Virgem. O seu útero foi cercado de lírios, isto é, cingido pelo vale da humildade16. Estes lírios são a dupla virgindade, interior e exterior. Donde o dizer de S. Agostinho17: O Deus unigênito, ao ser concebido, recebeu verdadeira carne da Virgem, e, ao nascer, guardou na Mãe a integridade da virgindade. Bem-aventurado, portanto, o ventre que te trouxe.
 
É na verdade bem-aventurado quem te trouxe a ti, Deus e Filho de Deus, Senhor dos anjos, criador do céu e da terra, redentor do mundo. A Filha trouxe o Pai, a Virgem pobrezinha trouxe o Filho. Ó Querubins, ó Serafins, ó Anjos e Arcanjos, adorai reverentemente de rosto baixo e cabeça inclinada o templo do Filho de Deus, o sacrário do Espírito Santo, o bem-aventurado ventre cercado de lírios, dizendo: Bem-aventurado o ventre que te trouxe. Ó terrenais filhos de Adão, a quem esta graça, esta especial prerrogativa foi concedida, compenetrados da fé, compungidos no espírito, prostrados em terra, adorai o trono ebúrneo do verdadeiro Salomão, excelso e elevado18, o trono do nosso Isaías19, dizendo: Bem-aventurado o ventre que te trouxe.
 
4.            Segue: E os seios a que foste amamentado. Deles escreve Salomão nas Parábolas20: Seja para ti como uma corça caríssima e como um veado cheio de graça: os seus seios te inebriem em todo o tempo; no seu amor busca sempre as tuas delícias. Nota que a corça, como se diz em ciências naturais21, dá à luz em caminho trilhado, sabendo que o lobo evita o caminho trilhado por causa dos homens. a corça caríssima é Maria Santíssima, que em caminho trilhado, isto é, numa estalagem, deu à luz um veado cheio de graça, porque nos deu gratuitamente e em tempo agradável um filhinho. Por isso, lemos em S. Lucas22: Deu à luz o seu filho e envolveu-o em panos, para que recebêssemos a estola da imortalidade23, e reclinou-o num presépio, porque não havia lugar pra ele na estalagem. Comentário da Glossa24: Não encontra lugar na estalagem, para que tenhamos várias mansões no céu. Os seis desta corça, caríssima ao mundo inteiro, hão-de inebriar-te, ó cristão, em todo o tempo, a fim de que, esquecido de tudo o que é temporal, como inebriado, te lances para o que antes de ti existiu25. Mas é muito de admirar que tivesse dito: inebriar-te-ão, quando nos seios não há vinho que inebrie, mas leite agradabilíssimo. Ouve o porquê: O Esposo seu Filho, louvando-a nos Cânticos26, diz: Quão formosa e encantadora és, ó caríssima, entre as delícias! A tua estatura é semelhante a uma palmeira e os teus seios a dois cachos de uvas. Quão formosa és de entendimento, quão encantadora és de corpo, minha mãe, esposa minha, corça caríssima, entre delícias, isto é, entre os prêmios da vida eterna.
 
5.            A tua estatura é semelhante a uma palmeira. Nota que a palmeira em baixo é áspera por causa de sua casca, na parte superior é bela à vista e pelo fruto27, e, como diz Isidoro28, dá fruto quando centenária. Assim a Virgem Maria neste mundo foi áspera na casca da pobreza, mas no céu é bela e gloriosa, porque rainha dos anjos. E mereceu alcançar o fruto centésimo, que se dá às virgens, ela a Virgem das virgens, acima de todas as virgens. Com razão se diz portanto: A tua estatura é semelhante a uma palmeira e os teus seis a dois cachos de uvas.
 
O conjunto de frutos reunidos fazem o cacho, por exemplo, de uvas, que nasce, na videira. Desta, na história de José, no Gênesis29, diz o copeiro do rei: Eu via diante de mim uma cepa, na qual havia três varas a crescerem pouco a pouco em gomos e, depois das flores, as uvas amadurecem. Nesta sentença, há sete coisas: a cepa, três varas, gomos, flores e uvas. Vejamos de que modo estas sete coisas convêm egregiamente a Maria Nossa Senhora. A cepa, assim chamada por ter força de ganhar raízes mais depressa, ou por se entrelaçar30, é Maria Santíssima, que, entre os outros, ganhou raízes mais depressa e subiu mais alto no amor de Deus, e de modo inseparável se entrelaçou à verdadeira cepa, ao seu Filho, que disse: Eu sou a verdadeira cepa31. De si mesma disse no Eclesiástico32: Como a cepa, lancei flores de agradável cheiro. O parto da Santíssima Virgem não tem exemplo no sexo das mulheres, mas tem semelhança na natureza das coisas. Perguntas como a Virgem gerou o Salvador. Encontrarás incorrupta a flor da cepa depois de fornecer o cheiro; também crê inviolado o pudor da Virgem por ter dado à luz o Salvador. Que é a flor da virgindade senão a suavidade do cheiro33?
 
As três varas desta cepa foram a saudação angélica, a vinda do Espírito Santo e a concepção inenarrável do Filho de Deus34. Destas três varas propaga-se, isto é, multiplica-se, pela fé, todos os dias, em todo o mundo, prole sempre renovada de fiéis. Os gomos na cepa são a humildade e a virgindade de Maria Santíssima. As flores são a fecundidade sem corrupção, o parto sem dor. Os três cachos de uvas na cepa são a pobreza, a paciência e a abstinência na Virgem Santíssima; estas são as uvas maduras de que provém o vinho maduro e odorífero, que inebria e, inebriando, torna sóbrios os corações dos fiéis. Com razão se diz, portanto: Os seus seios te inebriem em todo o tempo; e no seu amor busca sempre as tuas delícias, a fim de com o seu amor consigas desprezar o falso deleite do mundo e conculcar a concupiscência da carne.
 
6.            Refugia-te nela, ó pecador, porque ela é cidade de refúgio. Com efeito, assim como outrora, o Senhor, como se diz no livro dos Números35, separou cidades de refúgio, para nelas se refugiar quem tivesse perpetrado o homicídio involuntário, também agora a misericórdia ao nome de Maria até para os homicídios voluntários. Torre fortíssima é o nome da Senhora. Refugie-se nela o pecador e salvar-se-á. Nome doce, nome que conforta o pecador, nome de bem-aventurada esperança36. Senhora, o teu nome está no desejo da minha alma. E o nome da Virgem, diz S. Lucas37, era Maria. O teu nome é óleo derramado38. o nome de Maria é júbilo no coração, mel na boca, melodia no ouvido39. Egregiamente, portanto, em louvor da mesma Virgem, se diz: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos a que foste amamentado.
 
Nota que mamar, em latim, sugere, vem de sumendo agere, porque, enquanto Cristo tomava leite, trabalhava na nossa salvação. A nossa salvação foi o seu sofrimento: susteve o sofrimento corporal, por ter sido alimentado com leite duma Virgem. Por isso, ele mesmo diz nos Cânticos40: Bebi o meu vinho com o meu leite. Por que razão não disseste, Senhor Jesus: Bebi vinagre com o meu leite? Foste aleitado em seios virginais e deram-te a beber fel e vinagre. A doçura do leite transformou-se em amargor de fel, a fim de que o seu amargor nos proporcionasse eterna doçura. Mamou nos seios quem no monte Calvário quis ser lanceado no seio, para que seus filhos pequeninos mamassem sangue em vez de leite. Destes escreve Job41: Os filhinhos da águia chupam sangue.
 
7.            Segue: Mas ele disse: Antes42 etc. Comentário da Glossa: Maria não só deve ser louvada por ter trazido no ventre o Verbo de Deus, mas também é bem-aventurada porque realmente guardou os preceitos de Deus43.
 
Rogamos-te, portanto, Senhora nossa, esperança nossa, que Tu, Estrela do mar, irradies luz para nós, feridos pela tempestade deste mar, nos encaminhes para o porto, protejas a nossa morte com a tutela da tua presença, a fim de merecermos sair seguros do cárcere e alegres cheguemos ao gozo infindo. Ajude-nos aquele que trouxeste no teu bem-aventurado ventre, aleitaste nos teus seios sacratíssimos. A ele é devida honra e glória pelos séculos eternos44. Assim seja.
 
 
 
Fonte: SANTO ANTÔNIO DE LISBOA. Obras Completas. Sermões Dominicais e Festivos (Vol. I)
Introdução, tradução e notas por Henrique Pinto Rema.
Lello e Irmão Editores, Porto, 1987; págs 207-215.

 

  1. 1. Lc 11, 27.
  2. 2. Cant 2, 14.
  3. 3. ISID., Etym. XX, 22, PL 82, 370.
  4. 4. P. LOMB., Sent. IV, dist. 49, 1, p. 1029.
  5. 5. Cf. INOC., sermo 10, PL 217. 356 e Sermo 31, PL 217, 595.
  6. 6. Haverá aqui mais reminiscência dos escritos de SÃO FRANCISCO, nos Louvores de Deus Altíssimo, onde se lê: “Tu es bonum, omne bonum, summum bonum”. Cf. 3º Domingo da Quaresma, p. 193.
  7. 7. P. LOMB., Sent. III, dist. 1, 3, p. 553, colhido de SÃO FULGÊNCIO DE RUSPAS, De fide ad Petrum, 2, 23, PL 40, 760, que não de St. Agostinho, como se lê em St. Antônio.
  8. 8. Cf. AGOST., De natura et gratia, 36, 42, PL 44, 267; P. LOMB., Sent. III, dist. 3, 2, p. 559.
  9. 9. 1Jo 1, 8 (Vg. muda).
  10. 10. O último período é do discípulo de St. Agostinho, SÃO FULGÊNCIO DE RUSPAS, De fide ad Petrum, 2, 17, PL 40, 758, utilizado pelo Mestre das Sentenças P. LOMB., no lugar citado. Este sermão e esta passagem têm sido muito explorados pelos investigadores antonianistas e mariólogos, na tentativa de encontrarem aqui a gênese da doutrina da Imaculada Conceição de Maroa. Entre outros, escreveram especialmente sobre o assunto PINTO REMA, St. Antônio e a Imaculada Conceição, em Boletim Mensal, Braga, Dezembro 1954; LORENZO DI FONZO, La Mariologia di s. Antonio, em S. Antonio Dottore della Chiesa, Vaticano 1947, PP. 103 s; C. BALIC, S. Antonio “Dottore Evangelico” e gli altri dottori della Scolastica Francescana, em S Antº Dottore della Chiesa, pp. 26 s; BENIAMINO COSTA, La Mariologia di s. Antonio di Padova, Padova 1950, PP. 97-123; BALDUINO DE AMASTERDÃO, “Libro IV Sententiarm” Petro Lombardi in “Sermonibus” S. Antonii, in Collectanea Franciscana, 26 (1956) 113-150. No Congresso de Pádua de Outubro de 1981, o grande mariólogo RENÉ LAURANTIN disse: “Quase metade das monografias sobre Maria em St. Antônio de Pádua respeita ao problema da Imaculada Conceição. Ora, não se encontra nele, nem esta expressão, nem o ponto chave do dogma: que Maria foi preservada de todo o pecado, desde o primeiro instante da sua existência”. “St. Antônio não ignorava o problema, posto pela festa da Conceição. Não o resolveu, pode-se afirmar com DI FONZO. Não inovou nesta matéria inextrincável. Como homem tradicional e prudente, debate-se em posição aberta. Se a inclinação do coração vai em direção do futuro, enganar-nos-íamos eliminando a sua ambigüidade. Cf. La Vierge Marie chez St. Antoine, in Actas 1981, PP. 493 e 494.
  11. 11. Cant 7, 2.
  12. 12. Cf. Glo. Ord., Gen 41, 56.
  13. 13. ISID., Etym. XVII, 3, 4, PL 82, 399.
  14. 14. Cf. AMB., De institutione virginis, c. 14-15, n. 91-94, PL 16, 341-342.
  15. 15. Cf.Cf. ISID., Etym. XVII, 9, 18, PL 82-626.
  16. 16. St. Antônio traz “valle humilitatis” em vez de “valla humilitatis”, a recordar Lc 3, 5: Omnis valis implebitur. Cf. GREG., in Evang. hom. 20, 3, PL 76, 1161.
  17. 17. A sentença não é de St. Agostinho, sim de seu discípulo SÃO FULGÊNCIO DE RUSPAS, o. c., 2, 17, PL 40, 758. St. Antônio também aqui continua a ter nas mãos P. LOMB., Sent. III, dist. 5, 1, p. 567.
  18. 18. Cf. 3Reis 10, 18-20; Cant 3, 9-10.
  19. 19. Cf. Is 6, 1.
  20. 20. Prov 5, 19 (Vg. muda, omite).
  21. 21. Cf. ARIST., De hist. an., IX, 5, 611ª-15-17.
  22. 22. Lc 2, 7 (Vg... non erat eis...).
  23. 23. Glo. Ord., ibidem.
  24. 24. Glo. Int., ibidem
  25. 25. Cf. Fil 3, 13.
  26. 26. Cant 7, 6-7 (Vg. ajunta).
  27. 27. GREG., Moralium XIX, 27, 49, PL 76, 129. RICARDO DE SÃO VÍTOR (Explicatio in Cantica, 37, PL 196, 509) traz duas linhas, aliás já encontradas em São Gregório Magno, como verificou JEAN CHÂTILLON, St. Antoine et lês Victorins, in Actas 1981, p. 191, n. 71. Cf. ainda a Glo. Ord., Cant 7, 7.
  28. 28. ISID., Etym. VII, PL 82. 609, fala da palmeira, sem referir o seu fruto centenário. Deste, sim, fala A. NECKAM, poeta e naturalista, De laudibus divinae sapientiae, dist. VIII, 37-38. p. 482. Cf. PLÍNIO, Nat. hist., XIII, 8.
  29. 29. 40, 9-10.
  30. 30. ISID., Etym. XVII, 5, 2, PL 82, 602.
  31. 31. Jo 15, 1.
  32. 32. Ecli 24, 23.
  33. 33. Abade GUERRICO, In Nativitate beatae Mariae, sermo 1, 3, PL 185, 201.
  34. 34. Cf. BERN., Sermo in Domenica infra octavam Assumptionis B. V. Mariae, 7, PL 183, 533.
  35. 35. Cf. Num 35, 11-14.
  36. 36. Cf. Is 26, 8.
  37. 37. Lc 1, 27.
  38. 38. Cant 1, 2.
  39. 39. Cf. BERN., In Cantica sermo 15, 6, PL 183, 847. O que St. Antônio escreve aqui acerca do nome de Maria, São Bernardo afirma o mesmo acerca do nome de Jesus.
  40. 40. Cant 5, 1.
  41. 41. Job 39, 30 (Vg. Pulli eius lambent...).
  42. 42. Lc 11, 28.
  43. 43. Glo. Ord., ibidem.
  44. 44. As orações, mesmo as marianas, como esta, desembocam sempre em Cristo. “Isto manifesta o cristocentrismo de Antônio e o laço que estabelece entre Cristo e Maria”. A expressão “presença de Maria” já se encontra em SÃO GERMANO DE CONSTANTINOPLA: Ser. 1, In Dormit. 3, PG 98, 344 D, 345A e C; SÃO JOÃO DAMASCENO: Sermo 3 in Dormitione, 19, PG 97, 752 BC; SÃO PEDRO DAMIÃO (duvidoso): Liber salutatoriur, ed. J. Leclercq, em Ephemerides Litirgicae 72 (1958) 303. Cf. R. LAURENTIN, Couri trate sur La Vierge Marie, p. 153, n. 7, e La Vierge Marie chez st. Antoine de Padoue, em Actas 1981, pp. 514-515.
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