AS LIÇÕES DO IRAQUE
Dom Lourenço Fleichman
Certamente não deve haver maior honra para um sacerdote do que dar sua vida durante a Santa Missa, por amor de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não me parece haver dúvida, pelo relato dos jornais católicos (http://fratresinunum.com), de que o massacre, ou melhor, os massacres que são contínuos em diversos países muçulmanos, mas nunca divulgados decentemente pela mídia internacional, foram impetrados em ódio da fé católica.
Não me comove o fato de um padre ser morto pela fé de Cristo. Não me comove o fato ter de explicar aos fiéis das nossas Capelas e Priorados que, eles também, devem estar preparados para todo tipo de ataque dos inimigos da Cruz de Cristo, inclusive a própria morte violenta. Esse é o ensinamento que devemos tirar das Sagradas Escrituras e da Sabedoria dos Santos: não estamos nesse mundo para alcançar a felicidade aqui, mas para purificar nossas almas das nossas faltas e pecados, abraçando a Cruz, qualquer que seja ela, sabendo que a graça sobrenatural e divina nos sustenta sempre, em qualquer dor ou angústia dessa vida. Leia mais.
O mundo liberal está agonizando, entalado, mergulhado e lambuzado pelo próprio vômito das suas ilusões e das suas irresponsáveis loucuras. Querem liberdade total? Acham que tanto faz qualquer religião? Pois aí está. Querem a democracia liberal? Acham que os comunistas, terroristas, assassinos, podem governar um país que há duas gerações atrás os derrotou com a bravura dos nossos soldados e das mulheres católicas? Pois tomem! Recebam a paga pela cruel liberdade que engana aos velhos, controla aos maduros e corrompe a juventude.
Não é com intuito informativo que a Permanência abre suas páginas e suas preces por estas almas mártires, as de hoje como as de ontem, que morreram talvez despreparadas, que sofreram sem nem mesmo terem tempo de pedir perdão por seus pecados, mas que foram lavadas no Batismo de Sangue, tendo suas vestes batismais tingidas de rubro, como o Salvador, pisando no lagar, teve as suas ensangüentadas pelo Preciosíssimo Sangue.
Não há palavras humanas para descrever o mundo em que vivemos. Quis a Divina Providência reservar para nós tal espetáculo. Assistimos a demolição de tudo, de todas as forças espirituais dos homens. A moral já não existe. A liberdade total, tal qual deusa de tromba de elefante, de braços sensuais, de beijos mortais, é ensinada nos palanques, nos jornais e nos púlpitos. E a tromba vai sugando tudo, melando tudo na sua gosma nojenta que não larga mais. Eis aí nosso drama, esse é o mundo que prega a liberdade acima de tudo. E não larga mais. Ele não quer abandonar seu erro, é um mundo impenitente e sem forças para querer o bem. Seu caminho é o inferno e é para lá que irão os que adoram essa Besta infernal da falsa liberdade. "E adoraram a besta dizendo: quem há semelhante à besta?" (Apocalipse, 13, 4).
Por que se deixaram enganar assim? Ouviram a pregação desse Liberalismo pela boca cálida do Abismo: "E foi-lhe dada uma boca que proferia coisas arrogantes e blasfêmias... e abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar o seu nome, e o seu tabernáculo (a Igreja) e os que habitam no Céu... E foi-lhe dado poder sobre toda a tribo e povo e língua e nação; e adoraram-na todos os habitantes da terra, cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi imolado desde o princípio do mundo" (idem)
Católicos tenham fé! Abram seus corações à vida sobrenatural, à inteligência sobrenatural das coisas reveladas por Deus. Católicos, fujam desse Liberalismo que invadiu a Igreja com Vaticano II. Creiam em Deus e na sua Igreja Católica, sem os ecumenismos liberais, sem as liberdades falsas das seitas e religiões dos homens. Só há uma Revelação, é a que Jesus Cristo entregou à sua Igreja. Fora dessa Revelação, fora dessa Fé, não há salvação. Se vamos estar prontos para morrer, que seja pela Fé verdadeira. Porque, de outro modo, quando eles entrarem atirando, veremos um espetáculo ainda mais triste: os ecumênicos e liberais abrirão os braços num grande e sorridente diálogo ecumênico, renegando sua fé, ao som das metralhadoras.