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11. As Sagradas Chagas e a Igreja

As Sagradas Chagas e a Igreja

 

Nosso Senhor renova muitas vezes à Irmã Maria Marta a promessa do triunfo da Santa Igreja, pelo poder das suas Chagas e da Virgem Imaculada:

“Minha filha, é preciso que desempenhes bem a tua missão, que é de oferecer muitas vezes as minhas Divinas Chagas a meu Eterno Pai, porque por esse meio há-de vir o triunfo da Igreja, o qual passará por minha Mãe Imaculada.”

Mas, desde o princípio, Nosso Senhor previne qualquer ilusão ou equívoco. Não se trata do triunfo material, visível, com que sonham certas almas!... Nunca as ondas se hão-de curvar com perfeita docilidade diante da barca de Pedro; muitas vezes até poderão tremer ante a sua furiosa agitação... Lutar, lutar sempre, é uma lei vital da Igreja:

“Não compreendem o que pedem, pedindo o seu triunfo... A minha Igreja jamais terá triunfo visível.”

Contudo, através das lutas e agonias, continua a cumprir-se, na Igreja e por meio da Igreja, a obra de N. S. J. C.: a salvação do mundo.

A obra de N. S. J. C. executa-se tanto melhor quanto a oração - que tem o seu lugar no plano divino - implorar mais os socorros do Céu. E compreende-se que o Céu se deixe especialmente vencer quando o invocarem em nome das Chagas redentoras.

Jesus insiste freqüentemente sobre este ponto:

“As invocações às Santas Chagas obter-lhe-ão uma incessante vitória... É preciso que tu bebas sem cessar nestas fontes pelo triunfo da minha Igreja.”

“-Ah! meu bom Mestre, há que tempos Vós me mandais fazer isso!... e o triunfo não chega”, exclamou ela com a sua familiar simplicidade.

“-Minha filha, respondeu o nosso benigno Salvador, devíeis estar bem contentes por eu não castigar mais... Tu seguras-me o braço. - Prometo dar-te o triunfo, mas pouco a pouco.”

E o Santo Fundador vem completar a lição do Mestre:

“Ainda que Nosso Senhor prometa o triunfo por Maria Imaculada, não deveis afrouxar na oração e na oferta das Santas Chagas.”

No momento duma grande perseguição da Igreja, a Irmã Maria Marta pedia muitas vezes a Jesus que cobrisse, com a proteção das Sagradas Chagas, o Soberano Pontífice. Esta oração agradava muito a Nosso Senhor, que mostrou à nossa Irmã Maria Marta que a graça abundava sobre o Santíssimo Padre Pio IX e que as orações feitas pela Comunidade tinham contribuído muito para isso:

“Das minhas Chagas sai para ele uma graça particular.”

Pelo fim de 1867, Nosso Senhor revelou-lhe que “Sua Santidade teria ainda muito que sofrer, que não haveria mais paz, mas que, graças à oração, o Papa poderia subsistir na Santa Sé, em meio à tribulação.”

Vê-se que Nosso Senhor não quer ilusões, o que não O impede de exigir sempre orações:

“Eu quero que esta Comunidade seja o amparo da Santa Sé pela oração e sobretudo pela invocação às minhas Santas Chagas. Vós oporeis assim uma barreira aos meus inimigos.”

Depois, N. S. exprime a satisfação pelas orações feitas:

“Estou contente com as orações que a tua Comunidade faz para amparar a Igreja. Tereis um grau de glória a mais, por terdes sido bons soldados do Santo Padre. - Estareis sempre no caso de o ser. É preciso orar muito pela Santa Igreja.”

Por último, conclui com a certeza duma Proteção, contra a qual nada pode prevalecer:

“Enquanto as minhas Chagas vos guardarem, nada tendes a temer, nem para vós nem para a Igreja! Se esse bem viesse a faltar-vos, compreenderíeis então o que possuíeis.”

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