Skip to content

Conclusão: nossa atitude em face da nova missa

Pe. François-Marie Chautard

 

Se juntarmos as diversas peças deste dossiê, poderemos constatar sobretudo:

- A existência de uma clara protestantização do novo rito da missa com uma desagregação da fé: “se nós considerarmos as inovações sugeridas ou dadas por definitivo, as quais podem naturalmente serem avaliadas de diferentes modos, o Novo Ordinário representa, tanto em seu todo como nos detalhes, uma nova orientação teológica da Missa, diferente daquela que foi formulada na Sessão XXII do Concílio de Trento.”1 Essa missa protestantizada engendra naturalmente, naqueles que a assistem regularmente, uma perda do senso de fé2 

- Um risco de invalidade.

 

Esses dois defeitos levam a duas conclusões:

  • Uma missa que afasta as almas da fé não pode vir do Espírito Santo e até mesmo se pode dizer que se opõe a Ele. Não se trata de uma missa católica; 
  • Assim sendo, não se deve participar dela, não apenas para não se deixar gangrenar, mas mesmo para não cooperar com um rito que destrói a fé na Igreja, e para não participar de uma profissão de fé equívoca. “Esta missa está envenenada. Esta missa é má, ela conduz à perda da fé pouco a pouco, logo, nós nos vemos obrigados a recusá-la.”3

“No tocante à missa nova, afastemos logo essa idéia absurda: se a missa nova é válida, podemos participar dela. A Igreja sempre proibiu assistirmos as missas dos cismáticos e dos hereges, mesmo se fossem válidas. É evidente que não se pode participar de missas sacrílegas, nem a missas que põem a fé em perigo.”4

 

Consequência prática

“Os católicos fiéis devem fazer de tudo para guardar a fé católica intacta e íntegra: logo, assistir a missa de sempre quando acessível, ainda que fosse uma vez por mês; oferecer sua colaboração ativa para ajudar os padres fiéis na celebração dessas missas de sempre, com os sacramentos segundo os antigos ritos e o catecismo tradicional.

Aqueles que estiverem impossibilitados de assistir a missa, rezem o missal aos domingos em família se possível, como fazem os católicos em terras de missão, que não tem a visita do padre por mais de duas ou três vezes no ano, às vezes, uma única vez no ano!

Essas instruções são dadas afim de que cada um possa adotar a linha de conduta mais favorável para a preservação da fé. É claro que o preceito dominical obriga quando a missa de sempre é normalmente acessível.

É a época do heroísmo; não é uma graça de Deus viver nesses tempos conturbados, afim de reencontrar a Cruz de Jesus, seu sacrifício redentor, estimar em seu valor justo essa fonte de santidade da Igreja, de recolocar em honra, de melhor apreciar a grandeza do sacerdócio? Melhor compreender a Cruz de Jesus é elevar-se no Céu e aprofundar a verdadeira espiritualidade católica do sacrifício, do sentido de sofrimento, de penitência, de humildade e de morte.”5

  1. 1. Breve exame crítico, no. 1.
  2. 2. Isto se perceber notadamente na concepção ecumênica e salvífica da salvação. Para aqueles que, habitualmente, seguem a missa nova, as almas podem continuar a praticar qualquer religião, ainda que fosse melhor se converter. Aconteça o que acontecer, irão para o céu, como a grande maioria das almas.
  3. 3. Dom Marcel Lefebvre, Conferência espiritual, Écône, 21 de janeiro de 1982.
  4. 4. Dom Marcel Lefebvre, 8 de novembrode 1979. Nota sobre o NOM e o papa.
  5. 5. Dom Marcel Lefebvre, 20 de janeiro de 1978.
AdaptiveThemes