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Artigo 2 - Se o intelecto faz parte da prudência.

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O segundo discute-se assim. – Parece que o intelecto não faz parte da prudência.

1. – Pois, coisas que formam os termos opostos de uma divisão não podem fazer umas, partes das outras. Ora, o intelecto é considerado virtude intelectual, entrando na mesma divisão que a prudência. Logo, o intelecto não deve ser considerado parte da prudência.

2. Demais. – O intelecto é considerado um dos dons do Espírito Santo e corresponde à fé, como se estabeleceu. Ora, a prudência é virtude diversa da fé, segundo resulta do que foi dito. Logo, o intelecto não pertence à prudência.

3. Demais. – A prudência versa sobre os nossos atos particulares, como diz Aristóteles, Ora, o intelecto conhece o universal e o imaterial, conforme o mostra Aristóteles: Logo, o intelecto não faz parte da prudência.

Mas, em contrário, Túlio considera a inteligência parte da prudência; e Macróbio, o intelecto - o que dá no mesmo.

SOLUÇÃO. – Intelecto não é tomado aqui no sentido de potência intelectiva, mas enquanto implica uma estimação reta de um princípio extremo, considerado evidente, no mesmo sentido em que dizemos que inteligimos os princípios primeiros das demonstrações. Ora, toda dedução racional procede de certos princípios considerados como primeiros. Por onde, é necessário que todo processo da razão proceda de algum intelecto. Ora, sendo a prudência a aplicação da razão reta aos nossos atos, necessariamente todo processo da prudência há de derivar do intelecto. E por isso o intelecto é considerado parte da prudência.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. – A prudência termina, por natureza, como numa certa conclusão, num ato particular, a que aplica o conhecimento universal, como do sobredito resulta. Ora, uma conclusão particular se deduz de uma proposição universal e de outra particular. Por onde, é forçoso que a prudência, por natureza, haja de proceder de um duplo intelecto. - Dos quais, um conhece o universal, e esse é o intelecto considerado virtude intelectual; pois, conhecemos naturalmente, não só os princípios universais especulativos, mas também os práticos, como - a ninguém devemos fazer mal, segundo resulta do que foi dito - Outro intelecto é o, como diz Aristóteles cognoscitivo do extremo, isto é, de um primeiro operável, particular e contingente, a saber, a proposição menor, que há de ser particular, no silogismo da prudência, como dissemos. Ora, este primeiro particular é um fim particular, segundo dissemos no mesmo lugar. Por onde, o intelecto, considerado parte da prudência, é uma avaliação reta de um fim particular.

RESPOSTA À SEGUNDA. – O intelecto, considerado como dom do Espírito Santo, é uma certa vista penetrante das coisas divinas, como do sobredito resulta. Ora, é diferente o intelecto considerado parte da prudência, como se disse.

RESPOSTA À TERCEIRA – A avaliação reta de um fim particular chama-se intelecto, quando se refere a um princípio; e senso, quando tem por objeto o particular. E tal é o que diz o Filósofo: Estas coisas isto é, as particulares não podemos apreendê-las senão pelo senso; ora, este é o intelecto. Mas não devemos entendê-lo, do sentido particular, pelo qual conhecemos os sensíveis próprios, mas do senso interno, pelo qual julgamos do particular.

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