Pondera bem, ó alma de minha alma, o incerto traçado de nossa vida, linha torta, irregular, e sobretudo quebrada. Pondera e considera bem, ó alma de minha alma, a miséria extrema de nossa condição: com os olhos do espírito abertos para a visão do infinito, com a boca da alma aberta para o bem supremo, que fazemos nós de tão preciosos dons? Vivemos apenas o minuto que passa, o presente que nos estraçalha, nos pulveriza e nos permite que um ou dois grãos desse pó tenha frêmitos de amor e deslumbramentos de inteligência.