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Art. 4 ─ Se este sacramento deve ser conferido às crianças.

O quarto discute-se assim. ─ Parece que este sacramento deve ser conferido às crianças.
 
1. ─ Pois, das mesmas enfermidades podem sofrer tanto as crianças como os adultos. Ora, à mesma doença se deve aplicar o mesmo remédio. Logo, este sacramento deve ser conferido tanto aos adultos como às crianças.
 
2. Demais. ─ Este sacramento é ministrado para purificar das relíquias do pecado, como se disse ─ tanto das do pecado original como das do atual. Ora, as crianças também sofrem as consequências do pecado original. Logo, deve-lhes ser conferido este sacramento.
 
Mas, em contrário, a ninguém deve ser ministrado este sacramento, a quem não seja susceptível da forma dele. Ora, às crianças, que não pecaram pela vista e pelos ouvidos, como reza a fórmula, esta não se lhes aplica. Logo, não lhes deve ser ministrado este sacramento.
 
SOLUÇÃO. ─ Este sacramento exige, como a Escritura, a devoção atual em quem o recebe. Por onde, assim como a Eucaristia não deve ser dada às crianças, assim nem este sacramento.
 
DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. ─ As doenças não são causadas, nas crianças, como nos adultos, pelo pecado atual. Ora, este sacramento é sobretudo ministrado como remédio contra os que são uns como restos dos pecados que as causaram.
 
RESPOSTA À SEGUNDA. ─ Este sacramento não é conferido contra as relíquias do pecado original, senão enquanto de certo modo fortificadas pelos pecados atuais. Por isso é o principalmente conferido contra os pecados atuais, como resulta da própria forma; e esses não existem nas crianças.

 

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