Skip to content

Art. 1 ― Se o bem e o mal está, primeiro, no ato exterior, que no ato da vontade.

  • O arquivo selecionado /tmp/fileX3hBEP não pôde ser enviado, pois a pasta de destino sites/default/files/languages/pt-br_c29e0da42b8c9ce7c01143926f055c18.js não esta configurada corretamente.
  • O arquivo selecionado /tmp/file1x1iW6 não pôde ser enviado, pois a pasta de destino sites/default/files/languages/pt-br_c29e0da42b8c9ce7c01143926f055c18.js não esta configurada corretamente.

(De Malo, q. 2, a . 3).
 
O primeiro discute-se assim. ― Parece que o bem e o mal estão primeiro no ato exterior que no ato da vontade.
 
1. ― Pois, a vontade tira a sua bondade do objeto, como já se disse1. Ora, o ato exterior é o objeto do ato interior da vontade; assim, falamos em querer o furto ou, dar esmola. Logo, o bem e o mal estão primeiro no ato exterior que no ato da vontade.
 
2. Demais. ― O bem se atribui primeiramente ao fim, porque a bondade dos meios deriva da do fim. Ora, o ato da vontade não pode ser fim, como já se disse2, ao passo que o pode o ato de qualquer outra potência. Logo, o bem está primeiro no ato de outra potência que no da vontade.
 
3. Demais. ― O ato da vontade se comporta formalmente em relação ao ato exterior, como já dissemos3. Ora, como a forma advém à matéria, o que é formal é posterior. Logo, o bem e o mal estão primeiro no ato exterior que no ato da vontade.
 
Mas, em contrário, diz Agostinho, que pela vontade pecamos e por ela vivemos retamente4. Logo, o bem e o mal moral existem primeiro na vontade.
 
Solução. ― Certos atos exteriores podem ser considerados bons ou maus, em duplo sentido. Genericamente e levadas em conta as circunstâncias em si mesmas; assim, diremos que dar esmola, conforme às circunstâncias devidas, é um bem. Ou de outro modo, em ordem ao fim, e assim, dar esmola por vanglória reputamos por mal. Ora, sendo o fim o objeto próprio da vontade, é claro que a razão de bondade ou malícia, do ato exterior, em ordem a ele, está primeiro, no ato da vontade, donde deriva para o ato exterior. A bondade porém ou a malícia do ato exterior, em si mesmo, por causa da matéria devida e das devidas circunstâncias, não lhe deriva da vontade, mas antes da razão. Por onde, se considerarmos a bondade do ato exterior, relativamente à razão que o ordena e o apreende, ela é anterior à bondade do ato da vontade. Considerada porém na execução do ato, supõe a bondade da vontade, que lhe é o princípio.
 
Donde a resposta à primeira objeção. ― O ato exterior é objeto da vontade, enquanto à razão lho propõe como um bem que apreende e ordena; e então a sua bondade é anterior à do ato da vontade. Mas considerado na sua realização, é efeito da vontade e posterior a esta.
 
Resposta à segunda. ― O fim é primeiro na intenção; mas último na execução.
 
Resposta à terceira. ― A forma, enquanto recebida na matéria, é-lhe posterior, na via da geração, embora seja por natureza anterior; mas enquanto existente na causa agente, é a todas as luzes anteriores. Ora, sendo a vontade relativamente ao ato exterior causa eficiente, a bondade do seu ato é a forma do ato exterior, como existente na causa agente.

  1. 1. Q. 19, a. 1, 2.
  2. 2. Q. 1, a. 1 ad 2.
  3. 3. Q. 18, a. 6.
  4. 4. Lib. I Retract., cap. IX.
AdaptiveThemes