Category: Garrigou-Lagrange, Réginald , O.P.
Dominicano, autor de livros de teologia, filosofia e espiritualidade, foi um dos grandes espirituais do século XX.
O título destas páginas, tiradas da obra de Garrigou-Lagrange, é de nossa autoria. Julgamos que, embora escritas em 1928, permanecem impressionantes por sua atualidade e vigor.
Diz-se que S.S Pio X, solicitando as crianças a fazer a primeira comunhão a partir da idade da razão, disse : « haverá santos entre as crianças ».
Podemos aprofundar-nos, de modo abstrato e especulativo, na doutrina cristã e católica do sacrifício da missa; igualmente, podemos fazê-lo de modo concreto e vivido, unindo-se à oblação do Salvador de forma pessoal e, mais particularmente, fazendo por antecipação o sacrifício da própria vida, para obter a graça de uma morte santa.
A necessidade da Fé impõe-se absolutamente no fato de Deus nos chamar a um fim sobrenatural — viver com Ele no Céu.
Para dirigirmo-nos ao Céu, ou orientar nossos atos para a vida eterna, é preciso pelo menos conhecer, embora obscuramente, este fim e os meios sobrenaturais, que são os únicos capazes de nos fazer consegui-lo.
Deve-se, desde o início, falar da necessidade de uma fé mais profunda, por causa dos perigos provindos de erros gravíssimos, atualmente espalhados pelo mundo, e por causa da insuficiência dos remédios a que freqüentemente recorremos contra eles.
Costuma-se separar demais o estudo da vida interior, e não se observa o bastante a belíssima gradação que se encontra no cap. 48 da Regra de São Bento: “lectio, cogitatio, studium, meditatio, oratio, contemplatio”. Santo Tomás, que recebeu sua primeira formação dos beneditinos, conservou esta gradação admirável na sua Suma Teológica, no lugar onde trata da vida contemplativa (IIa. IIae. q. 180, a. 3).
Coube a São João Batista a missão de anunciar a vinda imediata do Messias. Pode-se pois dizer que ele foi o maior dos precursores de Jesus no Antigo Testamento. É assim que Santo Tomás entende a palavra de Jesus em São Mateus (11, 11): "Em verdade, vos digo, entre os nascidos de mulheres não surgiu alguém maior do que João Batista".
Nos longos anos em que estudamos o dogma da Providência e aquele da Predestinação, buscamos sobretudo os princípios revelados que tais dogmas supõem. Por um lado, é certo que Deus é o autor de todo bem: “Que tens tu que não tenhas recebido?” (1 Cor 4,7). Por outro, Deus não é a causa do pecado, mas o permite, e mais, “Deus não ordena jamais o impossível", porém, ao dar-nos alguns preceitos, Ele nos adverte fazer o que podemos, pedir-lhe o que não podemos; e concede-nos Sua graça para que o possamos. É o que diz Santo Agostinho (De natura et gratia, c. 43, n. 50. M. L. 44, 271), confirmado pelo Concílio de Trento (Denzinger, 804).
1. Que significa espírito nesta expressão ? Significa uma maneira especial de julgar, amar, querer, agir; uma tendência ou mentalidade particular da alma, por exemplo, uma inclinação à oração, à penitência ou, ao invés, à contradição; é desse modo que falamos de um espírito de contradição ou ainda, de insubordinação.
2. Como classificamos na espiritualidade os diversos espíritos? Classificamos geralmente em três tipos de espíritos: o divino, o diabólico e o humano.