Category: História
O episódio do Centro Dom Vital, que só se esclarecerá no dia do Juízo, desviou-nos da história que vínhamos contando — a história da infiltração no Brasil que colocou os comunistas no poder até o inacreditável desenlace, em 1964. Já contei essa história mais de uma vez com o título de Lembrança de um Pesadelo e de um Milagre, e não resisto ao prazer de inseri-la nesta Introdução, que já ameaça tomar o livro todo. Ei-la:
Comecei hoje. Começo agora, nestas linhas, um livro com que venho sonhando há mais de quatro anos e que agora, depois de muitas hesitações, resolvi começar, mas logo pressenti que este livro, como todos os que quis escrever e escrevi, e como os milhares que não escrevi, está rigorosamente acima de minhas forças.
Nos dias de abril e maio que andei pelo Velho Mundo, vi muita coisa que me encheu os olhos e a alma de admiração. Não discorda Platão das Sagradas Escrituras, quando diz que a admiração é o princípio da sabedoria, porque o temor filial, segundo São Gregório e Santo Tomás, é um estremecimento da alma agradecimento que permanece e resplandece no céu. Torno a dizer: vi muita coisa que me encheu os pulmões da alma de gratidão e admiração.
Em artigo anterior referi-me a um sensacional estudo do professor Jeffrey Hart publicado em National Review de janeiro de 1973 com o título "The Great Guernica Fraud", no qual se vê que o famoso bombardeio de Guernica não houve. Simplesmente, não houve. E o famosíssimo quadro com que Picasso impingiu a todo o mundo a impostura, passa a ser um quadro comemorativo de um brutal feito de guerra que não houve.
A história em todos os tempos tem mais nódoas do que brancuras, ou mais buracos do que queijo, como o suíço; mas pode-se dizer que a mais falsificada das histórias é justamente a dos anos em que o mundo dispõe do aparatoso instrumental de comunicações, com que tanto se empolgam hoje os religiosos.