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Introdução ao quinto domingo depois da Epifania

“Enquanto dormiam, veio o inimigo e semeou a cizânia”

 

Paramentos verdes

A nossa vocação à Fé é uma graça. Fomos chamados por misericórdia a fazer parte do Corpo Místico do Senhor, e é necessário agora, em virtude deste procedimento do Senhor para conosco e da nossa própria natureza renovada de membros de Cristo, é necessário, digo, que usemos da misericórdia com todos. Esta caridade perfeita é difícil, sem dúvida. Supõe a perseverança e o esforço continuado e faz-nos muitas vezes deixar sangue no caminho, porque o Reino de Deus na terra está em via de consumação. Ainda não é perfeito. E entre o trigo louro da seara que ondeia em vagas inebriantes de bondade, lá aparece o joio, que nos morde com fereza indomada de pragana estéril. Mas não nos compete arrancá-lo. Não. Transformá-lo em trigo, sim. E podemo-lo fazer se o regarmos com o sangue da nossa dor e da nossa caridade. Às vezes há joio, que o é, por falta de quem lhe dê sangue.

 

Missal Quotidiano e Vesperal por Dom Gaspar Lefebvre, Beneditino da Abadia de S. André. Bruges, Bélgica: Desclée de Brouwer e Cie, 1952.

 

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