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Art. 2 — Se os pecados são a matéria própria deste sacramento.

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O segundo discute-se assim. — Parece que os pecados não são a matéria própria deste sacramento.
 
1. — Pois, nos outros sacramentos, a maté­ria é santificada por certas palavras proferidas; e, santificada, produz o efeito do sacramento. Ora, os pecados, contrariando ao efeito do sacramento, que é a graça remitente do pecado, não podem ser santificados. Logo, os pecados não são a matéria própria deste sacramento.
 
2. Demais. — Agostinho diz: Ninguém pode começar vida nova senão arrependendo-se da vida passada. Ora, a vida passada inclui não só os pecados, como também certas penalidades. Logo, os pecados não são a matéria própria da penitência.
 
3. Demais. — Dos pecados, um é o original, outros são mortais e outros, veniais. Ora, o sacramento da penitência não se ordena contra o pecado original, delido pelo batismo; nem con­tra o pecado mortal, perdoado pela confissão do pecador; nem enfim contra o venial, perdoado quando batemos no peito, tomamos água benta ou praticamos atos semelhantes. Logo, os pe­cados não são a matéria própria da penitência.
 
Mas, em contrário, o Apóstolo: Não fizeram penitência da imundície e fornicação e desones­tidade que cometeram.
 
SOLUÇÃO. — Há duas sortes de matéria – a próxima e a remota; assim, a matéria próxima da estátua é o metal; a remota, a água. Ora como dissemos, a matéria próxima deste sacra­mento são os pecados de que se arrepende que confessa e pelos quais satisfaz. Donde se con­clui que a matéria remota da penitência são os pecados, não enquanto queridos intencional­mente, mas enquanto devem ser detestados e delidos.
 
DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. — A objeção colhe, quanto à matéria próxima. do sacramento.
 
RESPOSTA À SEGUNDA. — A vida passada e mortal é o objeto da penitência, não em razão da pena, mas, da culpa anexa.
 
RESPOSTA À TERCEIRA. — Num certo sentido, a penitência tem como sua matéria todo gênero de pecados; mas não do mesmo modo. - Assim, a matéria própria e principal da penitência é o pecado mortal atual. Própria, porque propria­mente nos penitenciamos do que voluntariamen­te cometemos. Principal, porque este sacramento foi instituído para delir o pecado mortal. - Os pecados veniais constituem matéria pró­pria da penitência, enquanto voluntariamente os praticamos; mas o sacramento não foi instituído para os ter como matéria principal. - Quanto ao pecado original, nem é matéria principal da penitência, pois este sacramento não se ordena principalmente contra ele, mas antes o batismo; nem matéria própria, porque o pecado original não o praticamos por nossa vontade, salvo con­siderando-se como nossa a vontade de Adão, ao modo de falar do Apóstolo, quando diz: No qual todos pecaram. Mas, tomando-se a penitência em sentido lato, pela detestação de atos passa­dos, podemos falar em penitência do pecado original, como o diz Agostinho.

 

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