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Tiago Ferreira da Costa
Acabamos de assistir ao impressionante filme “A Paixão de Cristo” que tem suscitado tanta polêmica. O trabalho que vou apresentar tem por finalidade mostrar como o Santo Sudário de Turim corresponde perfeitamente a tudo que Nosso Senhor sofreu, em sua flagelação, em sua Via Sacra, na sua horrível morte na Cruz. Permanece para nós a imagem rápida, sutil, mas quão bela e verdadeira, do “esvaziamento" do sudário, como o filme nos apresentou. Que seja esta imagem o ponto de partida do nosso estudo.
1 - O objeto Sudário
1.1. - A mortalha
O Sudário é uma mortalha de linho, um tecido de boa qualidade, trançado em “espinha de peixe” no Oriente Próximo; “uma sarja facilmente encontrada nas lojas de Jerusalém no princípio do séc. I”. Mede 4,30 m x 1,10 m e tem estampada a figura bem esmaecida de um corpo de homem, tanto de frente quanto de costas, em posição de sepultamento. Vêem-se ainda marcas de queimaduras, de dobras e alguns remendos. Muito importante também são as marcas de cor sépia que, à primeira vista, nos leva imediatamente a pensar em sangue emanado das feridas que se pode apenas perceber no corpo, visto a olho nu. Voltaremos a este assunto mais à frente, pois ele tem uma importância capital.
O quadro de Giovanni Battista della Rovere nos mostra com muita propriedade como os judeus costumavam preparar o morto para o enterro, envolvendo-o numa mortalha comprida que passava por baixo, pelas costas, dobrava pela cabeça e voltava novamente cobrindo a parte da frente do corpo. Esta a razão dos 4,30 m de comprimento. (Continue a leitura)