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Category: Santo Tomás de AquinoConteúdo sindicalizado

Questão 18: Da bondade e da malícia dos atos humanos em geral.

 

Em seguida devemos tratar da bondade e da malícia dos atos humanos. Primeiro, de como é uma ação humana boa ou má. Segundo, do que resulta da bondade ou da malícia dos atos humanos, p. ex., o mérito ou o demérito, o pecado e a culpa.
 
Sobre o primeiro ponto ocorre tríplice consideração. A primeira é sobre a bondade e a malícia dos atos humanos em geral. A segunda, da bondade e da malícia dos atos interiores. A terceira, da bondade e da malícia dos atos externos.
 
Sobre a primeira questão onze artigos se discutem:

  

 

Art. 9 ― Se os membros do corpo obedecem à razão.

(I, q. 81, a . 3 ad 2; infra, q. 56 a . 4, ad 3; q. 58, a . 2; II Sent., dist. XX, q. 1, a . 2, ad 3; De Pot., q. 3, a . 15, ad 4).
 

Art. 8 ― Se os atos da alma vegetativa estão sujeitos ao império da razão.

(II ª, II ª, q. 148, a . 1, ad 3 III, q. 15, a . 2, ad 1; q. XIX, a . 2; II Sent., dist. XX, q. 1, a . 2, ad 3; De Verit., q. 13, a . 4: Quodl., IV, q. 11, a 1).
 

Art. 7 ― Se um ato do apetite sensitivo pode ser ordenado.

(I. q. 81. a . 3; infra, q. 56, a . 4 ad 3; q.58, a . 2; De Verit., q.25, a. . 4 De Virtut., q. 1, a . 4).
 
O sétimo discute-se assim. ― Parece que um ato do apetite sensitivo não pode ser ordenado.
 

Art. 6 ― Se um ato da razão pode ser ordenado.

(De Vertut., q. 1, a . 7).
 
O sexto discute-se assim. ― Parece que um ato da razão não pode ser ordenado.
 

Art. 5 ― Se o ato da vontade é ordenado.

(I Ethic., lect. XX).
 
O quinto discute-se assim. ― Parece que o ato da vontade não é ordenado.
 

Art. 4 ― Se o ato ordenado e a ordem são um mesmo ato.

(III, q. 19, a . 2; De Unione Verbi, a . 5).
 
O quarto discute-se assim. ― Parece que o ato ordenado e a ordem não são um mesmo ato.
 

Art. 3 ― Se o uso precede a ordem.

O terceiro discute-se assim. ― Parece que o uso precede a ordem.
 
1. ― Pois, a ordem é ato da razão, que pressupõe o da vontade, como já se disse1. Ora, o uso é ato da vontade, como também já se disse2. Logo, precede a ordem.

  1. 1. Q. 17, a. 1.
  2. 2. Q. 16 a. 1.

Art. 2 ― se ordenar convém aos brutos.

O segundo discute-se assim. ― Parece que ordenar convém aos brutos.
 
1. ― Pois, segundo Avicena, a força que ordena o movimento reside no apetite; e a que executa o movimento, nos músculos e nos nervos1. Ora, ambas existem nos brutos. Logo, podem ordenar.

  1. 1. De anima, part. 1., cap. V.

Art. 1 ― Se ordenar é ato da razão ou da vontade.

(II ª, II ª, q. 83, a . 1; IV Sent., dist. XV, q. 4, a . 1, q ª 1, ad 3; De Verit., q.22, a 12, a . 12 ad 4. Quodl. IX, q. 5, a . 2).
 

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