Testemunho (32)
Apresentamos transcrição de importante Conferência pronunciada em 28 de outubro de 2020 por Dom Carlo Maria Viganò.
O ex núncio apostólico nos Estados Unidos confirma o que já vem declarando há alguns meses sobre o envolvimento da "Outra", dessa nova Igreja Conciliar, no eclipse da verdadeira Igreja Católica, e no conluio com uma Nova ordem mundial, anti-católica e maçônica.
A declaração de hoje é um marco no combate pela fé nos tempos de perseguição que continuamos sofrendo.
Rezemos por este bispo que acordou para as evidências, rezemos por todos os bispos, padres e fiéis da Tradição que, de algum modo, receberam de Dom Marcel Lefebvre e de Dom Antônio de Castro Mayer a formação que nos permitiu resistir às perseguições que já duram 60 anos.
Acesse aqui a transcrição da conferência
ou, se preferir, assista o vídeo aqui.
Como já é do conhecimento de muitos acaba de ser reeditado o primeiro livro de Gustavo Corção - A Descoberta do Outro. Durante muitos anos várias editoras procuraram em vão os herdeiros de Corção para pedir autorização de publicar esta obra-prima do nosso fundador e mestre. Agora foi acordado à Vide Editorial. Mérito deles.
Não posso deixar de recomendar vivamente a leitura deste livro e a Editora Permanência não deixará de promover sua venda. Por outro lado, resta-nos uma ponta de tristeza pois, sendo os herdeiros espirituais do pensamento e do combate de Gustavo Corção, seria muito mais coerente e natural que nós pudéssemos difundir a obra de Gustavo Corção. Mas não nos foi acordada essa possibilidade.
No intuito de aconselhar a leitura e de assinalar os aspectos mais importantes desse livro único no seu gênero, e para ajudar o leitor menos acostumado com as belas letras, escrevi o Prefácio que segue.
Foi aos dezesseis anos que eu li pela primeira vez A Descoberta do Outro. Abri-o como quem abre um testamento, tão grande era a presença do autor em minha vida. Em casa o chamávamos Vovô Corção, pois de fato ele fora um pai para o meu próprio pai. O pensamento e a obra de Gustavo Corção tornaram-se como uma herança espiritual que recebi enquanto crescia, e que assumi na Permanência.
Ao longo desses 40 anos reli este livrinho dezenas de vezes, ora por gosto, ora por estudo. Em 1980, por exemplo, foi para ajudar na revisão da edição francesa, publicada em 1987. Mais recentemente, colaborei na preparação de uma matéria sobre Gustavo Corção, na Revista Conhecimento Prático de Literatura[1], e mais uma vez fui buscar o primeiro livro do grande escritor para ilustrar o artigo que escrevi para a ocasião.
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50 Anos da Permanência
Dom Lourenço Fleichman OSB
No dia 29 de setembro de 2017 a Permanência completou 49 anos. Isso significa que já entramos no quinqüagésimo ano de existência, que se completará em 29 de setembro de 2018.
A inauguração da Permanência se realizou por uma missa celebrada pela então Arcebispo do Rio de Janeiro, o Cardeal Dom Jaime Câmara. Essa missa foi celebrada no auditório da primeira sede do nosso movimento, na rua das Laranjeiras.
Igualmente fora realizada uma cerimônia no auditório do Ministério da Educação e Cultura, na presença de muitas autoridades civis e religiosas, onde Gustavo Corção lançara o movimento católico, anunciando para setembro o primeiro número da Revista Permanência.
Eram outros tempos! Os jornais da época anunciaram o lançamento do movimento Permanência e de sua Revista com chamadas nas primeiras páginas. O catolicismo ainda fazia parte da civilização, mesmo sendo um aspecto apenas cultural da nossa Religião.
Seriam outros tempos? Nem tanto. O Concílio Vaticano II já tinha aberto as portas da Igreja ao mundo, abraçara-o e já se tornara cúmplice das suas liberdades, dos seus valores igualitários, da sua marcha para a socialização. O ciclope do fim do mundo já nascera e cuspia seu fogo que tudo destruiu.

Luiz Carlos Ramiro Junior
(Nota do Editor: o presente artigo foi originalmente publicado na série "Intelectuais brasileiros" da Biblioteca Nacional)
Foi Nelson Rodrigues quem disse, em “O Óbvio Ululante” (1968): “Tudo em Corção é amor”. Explicava o cronista que o modo como Corção batia forte nos assuntos nada mais era do que sempre amor, de um coração atormentado e puro de menino. Seus textos fazem prova disso. Como o relato autobiográfico de sua conversão religiosa, “A Descoberta do Outro” (1944), que se tornou um poderoso livro à conversão de quem o lê.
Polemista, radical, persistente e peculiarmente irreverente, Gustavo Corção é um dos mais profundos escritores brasileiros. Segundo Oswald de Andrade surgia como Machado de Assis enquanto nosso mestre no século XX, enquanto Manuel Bandeira o sugeriu ao Prêmio Nobel, depois de ter lido “O Desconcerto do Mundo” (1965).
Corção causava espécie, turvava a cabeça da intelectualidade. Pude apurar isso quando mexia nos arquivos de João Camilo de Oliveira Torres, no acervo da PUC-Minas. Nas cartas endereçadas ao discreto historiador mineiro algumas citavam os artigos e entreveros do escritor carioca, e era sempre um tom de espanto, como Washington Vita que chegou a perguntar, num ar de mistério: “como você definiria Gustavo Corção?”
Em uma palavra, católico. Nasceu em 17 de dezembro de 1876 no Rio de Janeiro, fez Engenharia na antiga Escola Politécnica, foi estudioso, inventor e professor na área da eletrônica aplicada às telecomunicações, astronomia de campo, radiocomunicações. Sobre isso já havia feito um bocado de coisas, mas fez um tanto mais na crônica jornalística e numa série de reflexões sobre o destino do mundo ocidental e da Igreja. Aliás, foi essa a sua sina, apaixonado pela teologia e pela cruz.
Corção escreveu textos marcantes de cunho religioso. Foi chestertoniano em Três alqueires e uma vaca de 1946, ao abordar o distributivismo à realidade brasileira. Num título bastante agostiniano, Dois Amores e Duas Cidades (1967) foi tomista, o sendo mais ainda em O Século do Nada (1973), talvez o livro o mais importante na sua crítica católica sobre a crise da filosofia ocidental e da Igreja.
Deixou apenas um romance, Lições do abismo, lançado em 1950, e que já naquela década ganhou diversas traduções e foi premiado pela UNESCO em 1966.
Líder no Centro Dom Vital, até o rompimento com Alceu Amoroso Lima em 1963, Gustavo Corção fundou, em 29 de setembro de 1968, o movimento e a revista Permanência. Foi um evento importante, que teve lugar no auditório do Ministério da Educação, no Palácio Capanema. Não apenas a Permanência existe, quanto quase tudo o que Corção escreveu está acessível nos jornais arquivados na Hemeroteca Brasileira, em especial o que publicou na Tribuna da Imprensa, no Diário de Notícias, n’O Estado de São Paulo.
Por algum tempo proscrito do quadro cultural brasileiro, Corção tem sido republicado e relido. A Biblioteca Nacional é fonte privilegiada a qualquer pesquisa sobre o autor. Em 26 de outubro de 1992 a instituição recebeu da senhora Hebe Corção o acervo pessoal, com correspondências ativas e passivas, textos e recortes de periódicos de Gustavo Corção. O conteúdo encontra-se na seção de Manuscritos. Detalhes podem ser encontrados no Guia de coleções da Divisão de Manuscritos da Biblioteca Nacional (2018).
Abaixo algumas possibilidades de pesquisa à partir da obra de Gustavo Corção na Hemeroteca Digital Brasileira:
Contra a Novacap: Corção compreendeu um dos maiores desafios a qualquer comunhão política no Brasil: a demofobia, e esse havia sido seu diagnóstico a respeito da construção de Brasília, que foi sua batalha perdida. Deixou diversos artigos descrevendo o absurdo da Novacap, em frases bombásticas que circulavam em notas nos jornais:
"Eu não imagino como possa ser possível governar um país de costas para 90% da população e sem saber o que está acontecendo nos lugares onde ainda moram os desventurados habitantes que se deixaram ficar estupidamente no litoral, como caranguejos, em vez de optarem inteligentemente pelo deserto, como gafanhotos".
Tribuna da Imprensa, 28 de julho de 1959
http://memoria.bn.br/DocReader/154083_01/45164
Para Corção a construção de Brasília era uma verdadeira "Ideia de Faraó", título de artigo publicado no Diário de Notícias, 1 de maio de 1957: "Ouvi dizer, por pessoas muito bem informadas, que as primeiras construções de Brasília estão sendo feitas com areia e tijolos transportados por via aérea. E não admira. No regime em que tudo anda pelo ar, não admira que também as paredes das casas aproveitem nossa magnífica frota aérea. Antigamente, quando se desejava frisar a dificuldade extrema de algum feito, dizia-se que era mais fácil um burro voar. Hoje, graças ao progresso do Brasil, voam os burros e os tijolos".
http://memoria.bn.br/DocReader/093718_03/60181
Sobre a ideia mirabolante de Brasília
http://memoria.bn.br/DocReader/154083_01/34874
Dinheiro enterrado em Brasília pagaria obras no Rio e sobrariam mais de três bilhões, Gustavo Corção explicou na Tribuna da Imprensa em 2 de outubro de 1958:
http://memoria.bn.br/DocReader/154083_01/42772
Contra o imobilismo: o reacionarismo de Corção não significava um imobilismo quanto as mudanças. Vivia impaciente com certos entraves brasileiros. Em artigo de 04 de abril de 1956 no Diário de Notícias, escreveu "Nada Acontece": "Todo o mundo no Brasil se queixa da inconsequência dos fatos. Denuncia-se o ladrão, aponta-se o prevaricador, prova-se o crime - e nada acontece. Nada acontece no Brasil, a não ser nas colunas sociais. Ninguém é punido, a não ser o batedor de carteiras que também é habilidoso, mas não tem um mandato que faça da sua habilidade uma virtude suprema".
http://memoria.bn.br/DocReader/093718_03/59360
Analista político: artigo “Um homem político”
http://memoria.bn.br/DocReader/093718_03/5369
Com se via e como foi visto: entrevista na Revista O Cruzeiro de 1967 - O segredo da vida:
http://memoria.bn.br/DocReader/003581/165723
Raquel de Queiroz homenageia o 70º aniversário de Corção, na revista O Cruzeiro, janeiro de 1967:
http://memoria.bn.br/DocReader/003581/160237
Joaquim de Sales escreveu sobre Corção: “Para a Glória do Brasil”:
http://memoria.bn.br/DocReader/093092_03/15143
Reportagem de Luiz Santa Cruz, "Corção e Chresterton", no Diário de notícias de 10 de novembro de 1946:
http://memoria.bn.br/DocReader/093718_02/30487
Em 17 de dezembro de 1958, nota do Jornal do Brasil sobre o sucesso dos livros de Corção no exterior:
http://memoria.bn.br/DocReader/030015_07/96691
Em 1963 quatro nomes circularam como possíveis indicados ao Nobel de Literatura: Jorge Amado, Gustavo Corção, Guimarães Rosa e Gilberto Freyre
http://memoria.bn.br/DocReader/030015_08/63502
Um autor maldito nas páginas do Pasquim, segundo Millôr Fernandes:
http://memoria.bn.br/DocReader/124745/737
A influência de Corção sobre Carlos Lacerda: reportagem da Revista Manchete:
http://memoria.bn.br/DocReader/004120/290192
Dom Lourenço Fleichman OSB
O anúncio da Sagração episcopal que será realizada no Mosteiro da Santa Cruz, em Nova Friburgo, nesta quinta-feira 19 de março, tomou de surpresa os católicos da Tradição. Há certo tempo que se especulava sobre a possibilidade dos dissidentes da Fraternidade São Pio X, comandados por Dom Williamson, chegarem a esse extremo, mas a coisa ia sempre se perdendo no tempo. Agora parece que se tornou realidade.
Não poderia deixar de escrever algumas linhas que expressem a tristeza e a preocupação que tal atitude provoca nas almas. Não dizemos que estejam fazendo cisma, ou um ato cismático, como o Vaticano afirmou na época da sagração de 1988. Uma sagração episcopal pode ser uma necessidade para o bem da Igreja, como coube a Dom Lefebvre fazer, com toda prudência e propriedade. O que incomoda é a falta de prudência, a falta de peso de um grupo de dissidentes sem expressão e sem futuro; e a falta de argumentos válidos para que seguissem um rumo acéfalo.
Impressiona o tom ufanista, de salvadores da Igreja, que adotam em seus escritos, mesmo com a Divina Providência dando mostras de que erraram em suas constantes imprudências.
Impressiona a argumentação vazia de fundamentos, baseada em falsas interpretações, como repetir incansavelmente que a Fraternidade S. Pio X já teria feito um acordo com o Vaticano.
Impressiona o orgulho de jamais reconhecerem que erraram em suas avaliações.
Não são capazes de esperar, de sofrer uma situação desfavorável; querem resolver seu problema particular, querem impor à Divina Providência seus pensamentos particulares; são incapazes de perceber que Deus não agiu assim, em nenhum momento da vida de Dom Marcel Lefebvre. O uso do nome do fundador da Fraternidade é, por isso, mais um abuso realizado por aqueles que Dom Williamson arrastou.
Agora assumem uma atitude grave, que só pode trazer um prejuízo imenso à causa da Tradição.
Nossos leitores sabem muito bem que jamais consideramos como sendo uma possibilidade fazermos algum tipo de acordo ou reconhecimento com o Vaticano, enquanto perdurar em Roma o espírito do Concílio, essa Outra igreja protestantizada. Mas afirmar que a Fraternidade S. Pio X pactua com essa Roma modernista é falso, injusto, e descabido.
Perdemos mais uma vez.
Se o orgulho já tornava difícil o retorno dos dissidentes ao combate em torno da Fraternidade, com essa sagração, cava-se um abismo muito maior.
Perdemos nossos bons companheiros de combate, padres amigos de longa data. E nesse desalento e tristeza só nos sobrou São José. No dia da sua festa, pedimos e suplicamos ao esposo da Virgem Maria, ao pai adotivo de Jesus, ao padroeiro da Santa Igreja que tantas provas já deu de proteção à causa da Tradição, que interceda junto ao trono de Deus para que essas almas sejam esclarecidas, saiam da sua cegueira, do seu orgulho, abandonem esse combate menor por suas causas pessoais, para abraçarem novamente o bom e verdadeiro combate pela Santa Igreja.
Dom Lourenço Fleichman OSB
Conversávamos outro dia, num grupo de colaboradores da Permanência, sobre como aumentar a difusão da nossa Revista. Completamos dois anos de um trabalho importantíssimo para a formação católica, e estamos preocupados em levá-lo a mais e mais leitores.
Para que nossos leitores entendam melhor o porquê dessa nossa preocupação, tomarei a liberdade, ousadia talvez, de transcrever alguns elogios que temos recebido pela qualidade da Revista Permanência.
Comecemos pelos bispos: No ano passado, Dom Galarreta esteve em Fortaleza, onde pode ler um ou outro exemplar, ficando admirado pelo conteúdo e pela qualidade editorial. Em muitos momentos de descanso eu o via com a Revista nas mãos.
Esse ano de 2013 foi a vez de Dom Tissier de Mallerais estar entre nós, em Niterói. No dia da conferência que amavelmente nos concedeu, um dos nossos colaboradores perguntou se conhecia a Revista que acabara de sair. "– Já li... li tudo!" respondeu o bispo. Para mim, em particular, elogiou muito a Revista, a qualidade dos artigos, a diversidade dos assuntos.
No Seminário de La Reja, na Argentina, os padres comentavam um ou outro artigo, nas conversas animadas após as refeições, o que é também sinal da boa aceitação desse trabalho.
Não é fácil "permanecer". Este ano de 2013 completamos 45 anos de combate. Durante muitos anos a Revista Permanência foi o único canal da Tradição para muita gente pelo Brasil, e muitos dos lugares onde hoje há grupos ligados à Tradição, iniciaram seus contatos com a Fraternidade São Pio X porque recebiam a nossa Revista.
Em sua última viagem ao Brasil antes de falecer na França, Dom Anjo, fundador e prior de Bellaigue dizia num sermão, falando sobre a importância da Permanência na sua conversão: "Não desistam!" E o Alexandre, editor-chefe da Revista, acrescenta: "Essa Revista não é feita só para nós, para os fiéis das nossas Capelas e Priorados; ela é feita para nossos filhos, e para os futuros fiéis".
E você, leitor? Já comprou algum número? Já leu com atenção e aproveitou da variedade de artigos para a sua formação na doutrina e na cultura católica? Temos certa pretensão, é verdade, de oferecer uma Revista e os livros que editamos, como antídoto ao veneno da internet, dessas leituras de curiosidade, sem fundamentos, sem profundidade, que dá a impressão ao curioso de que sabe muita coisa, mas na verdade não sabe nada!
O número que acaba de sair é o 272, do Tempo de Natal. Não perca tempo, não deixe de ter sempre à mão o último número da Revista Permanência.
Leia aqui o Editorial do nº 272 - O Oráculo dos Deuses
Dom Lourenço Fleichman OSB
Faleceu neste dia 31 de julho, aos 93 anos, Jean Madiran, o famoso diretor da Revue Itinéraires, revista fundada por ele em 1956, e que congregou a nata do pensamento católico francês na 2ª metade do século XX. Dono de um pensamento lógico imbatível, tornou-se temido por seus adversários, sobretudo no campo da política francesa e no combate ao progressismo católico. CONTINUE LENDO
Há quase um ano, o Capítulo Geral da Fraternidade São Pio X reunificou em um mesmo espírito algumas diferenças que haviam surgido ao longo do ano de 2011 e início de 2012, diante da possibilidade de haver um acordo prático com as autoridades do Vaticano. Infelizmente, nessa ocasião, alguns padres da Fraternidade e outros de comunidades religiosas amigas da Fraternidade, resolveram precipitadamente romper com a Fraternidade, alegando que esta já havia traído a orientação de Dom Marcel Lefebvre. Não havia atos ou documentos que pudessem servir de base segura para tal atitude, e esses padres, insistindo em analisar argumentos anteriores ao Capítulo de julho de 2012, cometeram um grave equívoco que só serviu para dividir a Tradição. Da nossa parte, insistimos em que se devia desviar a atenção da internet e seus blogs e redes sociais, para nos dedicarmos à oração e ao silêncio, muito necessários nessas horas para guardarmos um mínimo de sabedoria. Após o Capítulo, o próprio Dom Fellay, assim como Dom Galarreta, fizeram sermões e conferências mostrando que o Capítulo tinha, de fato, sido um momento da graça, retomando critérios importantes para evitar quedas e divisões da Fraternidade. Mas os dissidentes insistiam em afirmar que um acordo já tinha sido feito e que Dom Fellay estava apenas enganando os resistentes. Uma calúnia, na verdade, sem fundamento. Hoje, queremos publicar a Carta aos amigos e benfeitores que Dom Fellay acaba de escrever, onde fica definitivamente marcada a defesa da fé, como sempre foi a pauta da Fraternidade São Pio X ao longo desses anos todos. Pedimos a São José que amanse os corações endurecidos trazendo-os à humildade, para que saibam retornar a essa unidade que, só ela, pode nos manter fortes no combate.
Dom Lourenço Fleichman OSB
Como foi difundido na internet que os quatro bispos da Fraternidade São Pio X teriam sido levados ao seminário por um esotérico islâmico, chamado Rama Coomaraswamy, discípulo de Frithjof Schuon, damos aqui os esclarecimentos devidos, que não deixam sombra de dúvidas.
A Fraternidade S. Pio X e os esotéricos
Não é a primeira vez que o Olavo de Carvalho dirige elogios à nossa Permanência, o que muito nos honra. Repetiu-se o fato, recentemente, numa de suas emissões pela internet ao declarar equivocadamente, que o prof. Antônio Araújo, que mantém o blog do Angueth (http://angueth.blogspot.com/) pertence ao nosso movimento. O próprio autor citado tratou de esclarecer, com o texto "Quem sou eu", de 10/6, que não é assim, apesar dos pontos em comum que encontramos no combate. Acontece que em sua emissão de áudio, Olavo voltou a afirmar certos relacionamentos entre autores esotéricos e islâmicos e a Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Como a coisa ganhou certa importância, pareceu-me necessário esclarecer alguns pontos do debate. Mesmo não sendo da Fraternidade S. Pio X, convivi e convivo ainda hoje com os padres e com os bispos desta instituição católica. Dois dos padres tradicionais saídos da Permanência foram ordenados por Mons. Lefebvre (Dom Tomás de Aquino e eu mesmo). Os outros seis foram ordenados pelos bispos sagrados por Mons Lefebvre. Além disso, a Permanência está engajada neste combate há quarenta anos, tendo certa experiência no assunto. Por isso tudo, sinto-me à vontade para trazer a público as seguintes correções: