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Category: Júlio FleichmanConteúdo sindicalizado

Discípulo e colaborador de Gustavo Corção, com quem fundou o movimento Permanência, que presidiu até sua morte, em 2005.

Dignidade da natureza, não da pessoa

A noção da dignidade não pode ter a conotação, insinuada em nossos dias, de um valor absoluto. E tampouco pode ganhar essa conotação com a ligeireza com que os mais altos dignatários da Igreja se permitiram aceitá-la. A linguagem católica pode falar em dignidade da natureza humana, dignidade que lhe advém sobretudo porque a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, o Verbo de Deus, preferiu esta natureza e não outra e assumindo-a, fazendo-a sua, emprestou-lhe um valor inesperado e uma eminência imerecida.

A crise é de Fé e é grave

Alguns anos antes de falecer, após 35 anos de militância como presidente da Permanência, Júlio Fleichman narrou sua trajetória ao lado de Gustavo Corção — o mais firme de nossos polemistas católicos — os eventos decisivos na formação de seu posicionamento diante desta terrível crise de nosso tempo, e de seu combate aos inimigos da Igreja. 
 
Hoje, os membros de Permanência e os novos católicos que vão se convertendo à defesa da Tradição, reúnem-se na Capela S. Miguel Arcanjo, às sextas e domingos, no Cosme Velho, para assistir a "Missa de sempre" — a Missa Tridentina, celebrada por D. Lourenço Fleichman, OSB — e prosseguir no combate.

Dom Vital e a Maçonaria

Nenhum lutador mais impetuoso, mais tenaz e mais capaz que D. Vital, bispo de Olinda, e a impressão que este me deixou foi extraordinária" 
Machado de Assis
 
"Peçam-nos o sacrifício de nossos cômodos; peçam-nos o sacrifício de nossas faculdades, peçam-nos o sacrifício de nossa saúde; peçam-nos o sangue de nossas veias... Mas pelo santo amor de Deus não nos peçam o sacrifício de nossa consciência, porque nunca o faremos. Sic nos Deus adjuvet. Nunca!"
D. Vital, bispo de Olinda

A desmoralização do partido comunista

Os caminhos já percorridos até aqui pelos comunistas, em seu papel que permanece ativo na decomposição do mundo, permitem-nos uma tentativa de avaliação de suas possibilidades de ainda impressionar a inteligência e a retidão de muitas pessoas que se vêm sem alternativas ou que julgavam encontrar nas vias de esquerda a única maneira de dar sentido à sua vida pela dedicação aos outros.

Por Cristo, com Cristo, em Cristo

“Regi saeculorum immortali et invisibili soli Deo honor et
gloria in saecula saeculorum, amem” (Ofício de Matinas).
 
“Tudo aquilo que nos torna dignos de ser amados aos olhos de Deus nos vem d’Ele mesmo e só nos pode ser dado por seu amor soberanamente livre e gratuito. Digno de ser amado é o Bem, e nenhum bem, seja de que natureza for, pode vir senão da Bondade essencial, fonte de todo bem. De toda a eternidade Deus ama necessariamente esta Bondade infinita que é Ele mesmo, nela encontra sua beatitude essencial. Ele não tinha nenhuma necessidade de nos criar, porque Ele não é maior, nem mais feliz, nem mais sábio por ter criado o universo (ver S. Tomás, 1, q. 19, a. 3). Mas Deus quis manifestar sua bondade livremente, fazer-nos participar das riquezas que estão n’Ele. Ele quis raiar, como o sol; como o rouxinol enche o ar com seu canto, assim quis Ele cantar para fora de Si mesmo, para outras inteligências e outras vidas, suas perfeições infinitas. ‘Coeli ennarant gloriam Dei.’ O amor de Deus é criador: longe de supor que são dignos de ser amados os seres que Ele ama, Deus cria neles a amabilidade por um bem-querer puro, soberanamente livre e gratuito (I. q. 20, a. 3). É por este amor gratuito que Deus nos deu a existência, a vida do corpo, a vida da alma espiritual e imortal; é por amor que Ele no-las conserva livremente, que nos dá a cada instante o socorro indispensável para que possamos fazer os atos de inteligência e vontade indispensáveis à conquista da verdade e do bem. Mesmo aquilo que parece ser exclusivamente nosso, a livre determinação pela qual escolhemos o bem de preferência ao mal, mesmo isso nos vem dele. De nós, com exclusividade, provém apenas a desordem, a fraqueza que se mistura freqüentemente a nossos atos e que exige apenas uma causa deficiente (I, IIa., q. 79, a. 1 e 2). Mas, quando escolhemos o bem, é Deus, causa primeira, inteligência primeira, primeira liberdade e fonte de todo o bem, que no-lo faz escolher vitalmente e livremente (ver  I, q. 19, a. 8 e também q. 83, a. 1, dif. 3). Deus é mais intimo a nós do que nós mesmos. Se retirássemos de nossa vida, de nossos atos tudo aquilo que provém dele, no mais estrito rigor das palavras não sobraria absolutamente nada. Este é o fundamento da virtude cristã da humildade: o dogma da criação ex nihilo e o da necessidade da graça para o menor ato de salvação. Assim, Deus nos amou de toda a eternidade e manifestou este amor no instante da criação, instante que se renova pela criação quotidiana de almas, que se renovou pela criação de nossa alma individual, a qual Deus conserva livremente neste minuto presente, depois de ter criado. Por amor Ele deu, originariamente, a vida natural ao primeiro homem, que no-la devia transmitir; mas Ele lhe deu também, por um amor ainda mais gratuito, a vida da graça, que ultrapassa sem medida a vida natural da alma e a dos anjos mais perfeitos, porque ela é uma participação na vida divina propriamente dita. Ele deu ao primeiro homem, para no-la transmitir, a semente da vida eterna, que consiste em contemplar a Deus como Ele se contempla e a amá-lo como Ele se ama. Esta graça santificante, semente da glória, o primeiro homem perdeu-a, para si e para nós (Concílio de Trento, ses. V, Denziger 789), do mesmo modo que a havia recebido para si e para nós (I, q. 95 e q. 1 00 e I, II, q. 81).”
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Defendamos nossos critérios católicos

A revista espanhola “CRISTANDAD” — número 548 — publica interessante editorial sob o título “DIREITOS HUMANOS e DESPREZO PELO HOMEM”. Chamamo-lo interessante porque em muitos aspectos nos agradou pondo em boa linguagem, simples e concisa, idéias com as quais comungamos. Por exemplo, diz na sua introdução:

A História do Brasil é mais rica do que parece

O péssimo nível cultural dos nossos centros de ensino (compreenda-se: péssimo nível, em primeiro lugar, dos professores) em geral não permite que os feitos de nossos antepassados sejam mostrados aos meninos brasileiros em toda a sua verdadeira grandeza. Justamente por falta de critério (principalmente por inadequado critério de valor) a beleza de nosso passado não se desvenda de modo feliz aos olhos dos brasileiros — adultos ou crianças. Não por culpa dos fatos. Não por falta de heróis.

Para aqueles que não tem missas

Nossa angústia permanece por nossos filhos e amigos, exilados de centros tradicionalistas nos quais a missa tradicional é preservada; aqueles que são obrigados por circunstâncias várias a viver longe de padres tradicionalistas e de sacramentos; nossa angústia perene por milhões de fiéis católicos (ou já ex-católicos) que perderam há muitos anos contato com ambientes de fé e sacramentos preservados, sobretudo pela observância tradicional, por padres formados como sempre o foram pela Igreja Católica, idêntica a si mesma pelos séculos afora, essa angústia que nos acompanha sempre, filhos enjeitados por hierarcas furiosamente obstinados contra nós, levou-nos à surpreendente observação relativa às palavras de Nossa Senhora em Fátima como relata Irmã Lúcia, em entrevista, ao Padre Fuentes conforme relato publicado no “O Cruzado de Fátima” (versão em inglês) de Fevereiro/Abril de 1986:

A vida familiar de pequeno-burgueses

O jornal “O Catolicismo” teve idéia feliz de nos lembrar, arrostando as antipatias de esquerdistas, que o ideal cristão (católico) de vida na terra deveria eleger um modo de viver modesto, pacífico, um ambiente de recado e calma felicidade, como se pode, às vezes, descobrir na vida familiar dos simples. Procuraram discernir este modo de viver nos quadros de vida doméstica da Holanda antiga que Vermeer pintou tomados como exemplo visual. E em três desses quadros, assim escolhidos e publicados como exemplos, mostram-nos a paz risonha, o ambiente acolhedor, cheio de sinais de simplicidade e recolhimento, de naturalidade, calma e aconchego, como diz o jornal que citamos. Eis a descrição que fazem de um dos quadros:

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